CLÁSSICO-REI SOTEROPOLITANO!

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VIVAMOS EM PAZ! (Foto Divulgação).

COLUNA DO NOBRE

Advíncula Nobre

CLÁSSICO-REI SOTEROPOLITANO!

Bem amigos estou em tratamento e em recuperação, mas não poderia me furtar de escrever, afinal de contas após mais de 120 dias de confinamento e tratamento, as minhas mal traçadas linhas são uma das minhas principais válvula de escape que impelem a seguir em frente sem perder a fé em Deus.

Vou ser breve para dizer que das duas partidas das semifinais, mesmo correndo o risco de ficar no lugar comum, Fortaleza x Ceará, indiscutivelmente, se constituiu no principal jogo do certame, diria que se assemelha à uma final antecipada.

Evidentemente que os dois clubes se enfrentaram na Fase Classificatória, mas a partida não tinha a conotação especial que tem a de hoje, haja vista que mesmo valendo pontos, não estava em jogo nenhuma classificação.

Nessa partida os ingredientes são outros, visto que pela primeira vez os dois clubes disputam um jogo eliminatório fora das fronteiras do nosso estado, sem torcida e lutando por um bicampeonato da Copa do Nordeste.

Quem passar fica mais perto do sonho e quem perder volta para casa, para chorar as suas mágoas e certamente, em um primeiro momento, sem um ombro amigo, isto porque a sua torcida também estará chorando as suas desditas.

Dependendo do espírito de luta do time, paradoxalmente, o perdedor poderá ser aplaudido, isto porque a torcida que age com emoção é a mesma que usa da razão para reconhecer a bravura e a entrega do seu time, e acredito não faltará disposição para lutar a nenhum dos dois contendores.

Com referência ao “Clássico-Rei Exportação” os matemáticos avaliam que, no tempo normal, o Fortaleza é o favorito com 47% de chances de sair vitorioso, contra 27% do Ceará, ficando 36% para o empate.

Embora acredite piamente no Fortaleza, na minha avaliação não haverá facilidades para nenhum dos lados, posto que, o prenúncio é o de uma partida acirrada, em que os litigantes lutarão de forma implacável.

Um clássico dessa natureza tanto pode ser decidido a favor de quem apresentar melhor técnica, quanto pode ter o seu final determinado por detalhes, como costumam afirmar os analistas, isto é, por uma falha individual ou coletiva, por uma bola vadia, ou por um erro de arbitragem que, esperamos em Deus que não ocorra.

Na outra semifinal entre Bahia e Confiança eu dizia que nem precisaria dos prognósticos dos experts em previsões matemáticas para fortalecer a minha previsão de que o Bahia é o favorito absolutíssimo, ponto de vista da grande maioria.

E segundo os especialistas e não podemos desconhecer os seus vaticínios que, in casu, se coadunam com os nossos pontos de vista, o Bahia é indicadíssimo para vencer o confronto, com 63% de probabilidades, ficando 11% para o Confiança.

O raciocínio, entretanto, é o mesmo do Clássico-Rei, pois apesar do confronto não ser um grande dérbi nordestino, o Confiança não chegou às semifinais por acaso. Chegou com méritos e louvores.

Na fase classificaria foi o primeiro do grupo, à frente de clubes renomados como Ceará, Vitória, Santa Cruz e Náutico e nas quartas de final superou mais uma vez o tradicional Santa Cruz.

Isto posto, avalio o Bahia como favorito, mas com a devida cautela de quem já viu grandes clubes serem surpreendidos por clubes tidos e havidos como de menor porte.

Voltando ao nosso Tricolor, rogamos aos deuses do futebol que façam os bons ventos soprarem para o nosso lado, transformando as lufadas, antes que nos alcancem, em brisas mansas.

Que a confiança no nosso time seja tamanha que nos dê forças para superar o medo que se apropria do nosso ser e nos causa angústia.

Com a graça de Deus o Fortaleza fará uma grande partida e as nossas emoções serão de alegrias! Que tenhamos sorte no nosso Clássico-Rei salvadorense, que também pode ser chamado de soteropolitano!

Por hoje c’est fini.