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O SUSTO E A VIRADA!


WELLINGTON PAULISTA - O ARTILHEIRO DA PARTIDA! (Foto Divulgação).



O SUSTO E A VIRADA!


No jogo isolado da última rodada da Copa do Nordeste, cujo desfecho dar-se-á na noite de hoje, o Fortaleza venceu, de virada o América (RN) por 3 x 1 e deu um passo importante para confirmar a primeira posição no grupo e na classificação geral, supremacia, primazia que disputa com o Bahia.


Foi uma partida de certa forma atípica no primeiro tempo, isto porque o Tricolor teve as rédeas da partida, mas não agredia o adversário de forma consistente, naquilo que os analistas costumam denominar de domínio aparente


O Fortaleza tinha o controle do jogo, mas faltava intensidade ou mais força ofensiva e num dos poucos lances de ataque do América, o Romarinho, o americano, chutou do bico da área esquerda com a bola resvalando num defensor tricolor e entrando no ângulo esquerdo do Felipe Alves, que nada poderia fazer para desviar a sua trajetória.


Ressalve-se que o América, nesse interstício da partida acertou a marcação e conseguiu neutralizar as investidas do Fortaleza. Por outro lado, empolgado pela abertura do marcador foi para cima e conseguiu construir duas boas jogadas com chances reais de ampliar o marcador.


A leitura que a partida nos permitia fazer era a de que o Fortaleza, não obstante ter o controle de bola, se ressentia da falta da saída em velocidade, aliada à ausência de uma das suas características letais, representada passagem dos laterais, em jogadas agudas pela linha de fundo.


O Carlinhos que é especialista no assunto ficou muito preso à defesa, apenas com algumas poucas estocadas e pela direita o Derley como não tinha muita familiaridade com a posição de lateral, de modo que o Rogério se viu despojado de uma das suas boas alternativas táticas.


No meio de campo o Romarinho e o Vasquez atuavam relativamente bem, mas faltava aquela tradicional tabela curta e envolvente, sempre muito perigosa, afora se manterem distante dos atacantes.


Apesar desses problemas de natureza tática, ainda assim o time, no primeiro tempo, criou duas chances para empatar e até virar o jogo, a mais cristalina com o Yuri César que, frente à frente com o gol chutou em cima do goleiro, quando poderia ter tirada a bola do seu alcance com um leve toque.


O Rogério no segundo tempo acionou o David, logo ao término do intervalo, na vaga do Derley que não vinha rendendo a contento, até porque, como dissemos não está muito acostumado à função, deslocando o Marlon para o setor.


Essa alteração começou a render dividendos de imediato, uma vez que o Marlon deu mais dinamismo à lateral e dialogou mais com o David que, por sua vez, passou a trocar mais passes com os meios campistas, que passaram a trocar passes com mais celeridade.


A troca do Roger Carvalho pelo Bruno Melo, presumidamente ocorreu por razões físicas, contudo o Bruno se houve bem e trouxe mais segurança ao setor, liberando o Carlinhos para atuar com mais agudez, exatamente o que faltou na primeira etapa.


Então veio a modificação que mudaria a configuração do Fortaleza e da própria partida, a alteração do Yuri, que não vinha rendendo o esperado, pelo Osvaldo, que deu ao time a versatilidade ofensiva de que precisava.


Fácil de explicar. Em decorrência do time não ter apresentado a eficiência pelas laterais do campo, que lhe é peculiar, o Wellington Paulista ficou perdido no meio da defesa adversária, limitando-se a cumprir o seu papel tático de marcar e sem possibilidades de concluir em gol.


O Osvaldo e o Carlinhos passaram a se revezar pela esquerda, trocando passes com muita eficiência e rapidez, permitindo ao Osvaldo o protagonismo na consecução dos três gols.


Na construção dos dois primeiros tentos fez os cruzamentos perfeitos para o Wellington Paulista, que não perdoou, fazendo o gol do empate e o da virada e, numa incursão em diagonal, viria a sofrer a penalidade que seria convertida pelo Éderson.


O Edson Cariús substituiu o Romarinho e teve papel preponderante na construção dos gols, atuando como pivô e chamando a marcação para si e me fazendo lembrar o Evair. O Éderson atuou mais fixo no meio de campo, pela intermediaria ofensiva, oferecendo suporte ao ataque e proteção à defesa.


O Wellington cumpriu muito bem o seu papel de artilheiro, merecendo louvores, mas a minha referência foi o Osvaldo, que deu outra dinâmica ao time, alterando consubstancialmente o seu desenho tático e fazendo do Tricolor outra equipe no segundo tempo. Méritos para o Ceni.


Por hoje c’est fini.


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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