TEREMOS FORÇAS PARA SUPORTAR O NOSSO “FARDO” E O NOSSO “FADO”?
- ADVÍNCULA NOBRE
- 5 de abr. de 2020
- 3 min de leitura
COLUNA DO NOBRE
ADVÍNCULA NOBRE

O FARDO

...E O FADO!
TEREMOS FORÇAS PARA SUPORTAR O NOSSO “FARDO” E O NOSSO “FADO”?
“Será irresponsabilidade falar agora em data para à volta do Estadual”? Essa foi a pergunta do Mauro Carmélio, que reputo como pertinente e de muita coragem, visto que, qualquer pessoa que fizer esse tipo de indagação e de divagação, principalmente se o Presidente da República, será execrada publicamente pela grande imprensa e por determinados segmentos ideológicos, como se fosse inimiga da humanidade.
Temos que lembrar que existem ferramentas muito importantes na Administração, como o Planejamento Estratégico, importantíssimo na tomada de decisão e que significa “ato ou efeito de planejar e criar um plano para otimizar o alcance de um determinado objetivo”, in casu, o Estadual.
Agregados ao Planejamento vêm outras ferramentas, a exemplo da da “Execução”, da “Avaliação” e da “Correção de Rumos”. Desse modo o Planejamento pode ser utilizado, desde o presidente da República ao síndico de um edifício, isto porque trata-se tão somente de uma projeção.
Supondo que o Mauro Carmélio planeje o reinício do campeonato para primeiro de maio, qual o crime há nisso! É a mesma coisa de afirmar que “a qualquer hora vai ter que ser lançado mão do “confinamento vertical”, porque o futebol, o Brasil e o Mundo não podem parar.
Nesse período entra a Avaliação, em que o “cenário” é observado e se as condições forem favoráveis, o reinício dar-se-á na data marcada. Sendo desfavoráveis, haverá a “Correção”, mediante à fixação de um novo plano de ação e, por conseguinte, uma nova data será prevista e, assim sucessivamente.
Será que o Coronavírus nos proíbe até de planejar o futuro? Para alguns oportunistas e defensores do caos e do pandemônio, certamente que sim. Para os que têm compromisso com a preservação da Saúde e do bem-estar da população, preocupados evidentemente que com a produção de alimentos e dos demais recursos essenciais à vida, planejar não faz mal.
Os nossos clubes pequenos já pedem arrego à CBF e tenho defendido a premissa de que o órgão máximo do futebol brasileiro, que tem cabedal para tanto, deve socorrê-los para evitar o colapso do nosso futebol.
Por mais que existam pessoas, inclusive na nossa imprensa, que defendam apenas a preservação dos grandes clubes por toda a eternidade, esses não existiriam se não fossem os pequenos e até mesmo os nanicos, isto porque, tanto o “Mundo Capitalista”, como o “Socialista”, presumidamente s inimigo do “Capital”, mas sem o qual não sobrevive, os pequenos são os trampolins para os grandes.
Os nossos principais clubes, Fortaleza e Ceará, começarão a enfrentar problemas para fechar as contas, haja vista que as cotas do Nordestão, para falarmos somente de uma, estão suspensas “sine die”, contudo o “trabalhador não pode ficar sem o seu salário”, e é bíblico. Então o que fazer?
O Tricolor partiu na frente de todos os clubes do Brasileirão e encetou uma boa negociação com o seu elenco, servindo de exemplo para os demais. Esse foi o Planejamento, mas em decorrência da possível turvação do cenário, ´podem surgir problemas quanto ao cumprimento do acordo. Estamos torcendo para que tudo corra bem.
Não havendo mudança na atual conjuntura, mais dia e menos dias os grandes clubes decerto, também estarão pressionando à CBF na busca de soluções para os seus problemas financeiros. Uma saída e já me reportei a esse assunto, seria solicitar do governo que estendesse para os clubes o aporte financeiro à disposição das empresas.
Uma reivindicação das mais justas, , afinal de contas o futebol, além de “lazer”, também é uma “atividade empresarial”, que emprega um contingente incalculável, pertencente ao nível da “mão de obra não qualificada”, que mais preocupa, visto que os seus componentes lutam, quase que integralmente, pela sobrevivência no dia-a-dia.
São fatores que devem ser observados, porque nem o Brasil e tampouco qualquer país do mundo, conseguem sobreviver por muito tempo, sem a atividade produtiva e chego à essa conclusão, sem defender qualquer bandeira, mas somente debruçando-me na realidade.
Só me resta rezar para que tudo volte à realidade para que, fortalecidos pela fé em Deus, todos nós tenhamos forças para lutar contra esse mal invisível, cruel, inexorável e implacável, mormente nós do grupo de risco, que carregamos um grande fardo sobre a cabeça, posto que fomos condenados ao juízo final extemporaneamente.
O nosso “fado” é o de suportarmos esse “fardo”, com um sorriso no rosto e crendo no amanhã. Infelizmente muito de nós estão sucumbindo, como que pagando por um crime que não cometeram. Que Deus se apiede de todos nós e tenha misericórdia para com a “Humanidade”.
Por hoje c’est fini.
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