GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA!
- ADVÍNCULA NOBRE
- 4 de dez. de 2019
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GIGANTES PELA PRÓPRIA NATUREZA!
O Fortaleza pela 36ª rodada do Brasileirão venceu o Goiás fora de casa por 2 x 1 e se classificou antecipadamente para as disputas da Copa Sul-Americana de 2020. Na rodada anterior ao vencer o Santos, também por 2 x 1, em casa, havia assegurado a permanência na Série A, com três rodadas de antecedência.
Duas rodadas magníficas para o Tricolor, que vai fazendo história, dentro do pioneirismo que lhe é peculiar, de forma que pela primeira vez disputará um torneio oficial internacional, embora a sua participação em competições internacionais não seja inédita, visto que em 1962 foi campeão da Paramaribo Cup, que levava o nome da capital da então Guiana Holandesa, hoje Suriname.
A Panamaribo Cup de 1962 foi um torneio-amistoso de futebol disputada na cidade de Paramaribo, no Suriname. Foi disputada entre o Fortaleza, e as equipes locais do Sport Vereniging Transvaal (Campeão Nacional de 1962), Sport Vereniging Robinhood (Campeão Nacional de 1958 e 1959) e Sport Vereniging Leo Victor (Campeão Nacional de 1961).
O Fortaleza foi o campeão invicto do torneio constituindo-se no primeiro time cearense a conquistar um título internacional. O Flamengo avaliando que era fácil, em razão da conquista tricolor, à época, foi fazer um amistoso com o Transvaal e foi derrotado por 2 x 1.
Consoante os jornais de Belém, o nosso rival, seguindo o mesmo caminho do Flamengo e avaliando equivocadamente que o time guianês seria presa fácil, foi jogar um amistoso á época e consoante os jornais paraenses foi goleado por 5 x 1.
Essa derrota acachapante e vergonhosa, consoante informações, teria sido devidamente abafada pela nossa imprensa. O certo é que a excursão foi devidamente noticiada pelos nossos informativos. Verdade ou apenas uma lenda urbana? Pesquisem.
Alguém pode dizer, e isso é comum para os que não têm títulos nacionais ou internacionais, que tanto a Série B quanto esses torneios internacionais não têm o menor valor. Será pura inveja? Ah! Se o Fortaleza tivesse pelos menos uns três títulos da Série B e mais uns dois internacionais para se somar aos 5 vice-campeonatos das Séries A, B e C. Eu os reverenciaria em prosas e em versos!
Os que acham que não tem importância pesquisem a história, por exemplo, do Real Madrid, e verão que, orgulhosamente o clube madrilenho exibe as 8 conquistas do Torneio Internacional Amistoso Teresa Herrera, também arrebatados pelos clubes brasileiros Santos, Vasco, Fluminense e Botafogo.
Mudamos o tom da prosa para dizer que logo mais o Tricolor entrará em campo para enfrentar o Fluminense e, se vencer, poderá ficar mais perto de outra conquista que, para nós, que somos humildes e que valorizamos todos os feitos tricolores, que têm enriquecido o nossos “Panteão” e que são importantíssimas, muito mais do que prata e ouro.
Somos da opinião de que a classificação para a Sul-Americana, já conseguida ou para a Pré-Libertadores, que estamos buscando, equivalem praticamente a um título, pois ficarão perenemente registradas no nosso currículo. Quem pensar o contrário, por favor, deixem de dissimulação e admitam a nossa grandeza!
Será que o Fortaleza não é grande? Na minha humilde opinião é simplesmente o maior das nossas plagas, até porque não tem títulos fajutos. Vejamos algumas das conquistas que o engrandecem:
Campeão da Série B;
Campeão da Copa Internacional, Paramaribo Cup;
5 vezes vice-campeão nacional: 2 da Série A, 2 da Série B e 1 da Série C.
3º do Brasil em média de público (perde apenas para os gigantes Flamengo e Corinthians).
Ora, desde a Série C que o Fortaleza vem sendo um clube de ponta em termos de público, situando sempre entre o oitavo e décimo segundo lugar e esse ranking envolve os 128 clubes das quatro divisões.
Se tivermos no nosso estado um clube com torcida maior, só se for de “pé de rádio” e somente poderá se manifestar que tiver conquistas maiores do que as nossas. E não temos títulos fajutos. Sinceramente torcemos para que outros clubes cheguem aonde chegamos e para que continuemos avançando.
Para fechar as nossas modestas linhas de hoje quero afirmar que fomos de Série C com muito orgulho e não precisam nem lembrar isso em mosaico, porque é pura perda de tempo. Fomos de Série C e saímos para a Série B como vice-campeões. Imediatamente fomos campeões da B e na Série A galgamos a Sul-Americana.
Lanterna da A nunca fomos. Não temos essa mancha no currículo. Nem precisaria dizermos isso, mas também é preciso que mostremos os nossos feitos, para sermos melhor compreendidos ou para aumentar a inveja dos que não aprenderam ainda a conviver com a nossa magnitude. Somos gigantes pela própria natureza!
Por hoje c’est fini.
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