O VAR VEIO PARA AJUDAR OU PARA A -“VAR”-CALHAR?
- ADVÍNCULA NOBRE
- 14 de out. de 2019
- 4 min de leitura

VAR QUE O PROBLEMA É TEU!
O VAR VEIO PARA AJUDAR OU PARA A -“VAR”-CALHAR?
Video Assistant Referee em inglês ou Árbitro Assistente de Vídeo em português é um árbitro assistente de futebol, que analisa as decisões tomadas pelo árbitro principal com a utilização de imagens de vídeo e de uns auscultadores para comunicação.
O VAR, sigla em inglês, conforme pesquisamos, foi introduzido pela FIFA na Copa do Mundo de Clubes de 2016 e a Liga Australiana é a pioneira na sua utilização, no seu campeonato, que teve início no dia 7 de abril de 2017 e, ao que consta, não existem muitas reclamações acerca do seu uso em outros países.
No Brasil as reclamações são gritantes, tanto é que no campeonato da Série A, tudo aquilo que acontece de errado com relação à arbitragem “a culpa é do VAR”. Aproveitamos para ressaltar que o sistema de monitoramento é perfeito, cujas imagens são nítidas, não dando margem para quaisquer dúvidas de interpretação.
Para que o sistema funcione com perfeição, conforme ocorre em todos os países tem que acabar com esse negócio de “lance interpretativo” que, assim como ocorre com as leis brasileiras é um estímulo para o erro e a corrupção, de modo que o resultado expresso pelas imagens tem que ser absoluto.
No Brasil, o país da impunidade é assim: O cidadão sendo árbitro é elevado à categoria de semideus e não pode ser punido, assim como não o são os ministros do supremo e os congressistas corruptos. Alguém pode afirmar que estou usando esse espaço para doutrinação política, o que não é verdade.
Aproveito o ensejo para fazer uma campanha, contra os erros e os desmandos, que grassam em todos os níveis e patamares da nossa sociedade e que, por não serem punidos, assumem ares e status de normalidade e passa a ideia de que “o errado é que está certo”.
A esse respeito faço coro com o pensamento de Martin Luther King que afirmava que “o que o preocupava não era nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que o preocupava era o silêncio dos bons”.
Jesus nos ensinou em São Lucas 19:40 e São Paulo repetiu em 1 Coríntios13 que: “Se você ficar calado, as pedras clamarão no seu lugar”. Então é hora de reclamarmos não do VAR, mas dos seus operadores, isto porque quando apenas um clube reclama devemos ficar atentos, mas quando três em dez jogos colocam a boca no trombone seguramente tem coisa errada.
Tenho visto os perdedores reclamando do VAR, mas pela primeira vez vi um vencedor! O Flamengo venceu o Athlético Paranaense por 2 x 0, porém, e até parece um contrassenso, o seu treinador soltou os cachorros contra o sistema:
“Não vinha preparado para jogar contra duas equipes, contra o árbitro e mais contra o Athlético. Esse árbitro tem que ser penalizado. Não pode estar no próximo jogo para fazer outras asneiras. Esse senhor que tomou a decisão do VAR tem que ir para a casa de férias. Não pode passar impune. Não é só no jogo do Flamengo” e completou:
“Eu sou defensor do VAR, mas o protocolo tem que ser melhorado. Hoje tá muito confuso e o VAR parece que quer apitar o jogo. Se for assim, nem precisa de árbitro. E o VAR não é pra isso, mas sim pra ajudar as decisões do árbitro. Hoje, muitos atrapalham”.
“ E o cartão para o Everton Ribeiro? Foi na lateral, uma falta normal, não tinha perigo nenhum... É muita coincidência junta isso que estão fazendo com o Flamengo. Mas a gente continua na luta.
O Flamengo reclama da violência, que tirou o Rafinha da partida e provavelmente de vários jogos e de um pênalti legítimo cometido pelo Léo Pereira, quando o jogo ainda estavas em zero a zero, assinalado pelo árbitro e anulado pelo VAR.
O Avaí reclama do gol do Ceará, em que o zagueiro Betão foi empurrado e ainda por cima o Juninho Quixadá teria atrapalhado o goleiro quando tentava a defesa e, de acordo com os analistas, o clube tem razão.
O Fortaleza, por sua vez, reclama, também com justa razão, da penalidade inexistente, presumidamente cometida pelo Adalberto e que, em que pese os esforços do Boeck, redundou no gol da vitória vascaína e nesse caso o VAR, nem sequer revisou.
Gostaria de repetir que o sistema de vídeo é infalível. Nesses três casos os responsáveis são os árbitros de campo e de vídeos que o ou são incompetentes ou pusilânimes, vez que não podemos afirmar que são venais. Posso dizer que que não há como sermos veniais para com esses árbitros.
Vasco 1 x 0 Fortaleza: Árbitro: Daniel Nobre Bins e árbitro de vídeo: Leandro Pedro Vuaden. Ceará 1 x 0 Avaí: Árbitro: Marcelo Lima Henrique e árbitro de vídeo: Carlos Eduardo Nunes Braga. Athlético 0 x 2 Flamengo: Árbitro: Bráulio da Silva Machado e árbitro de vídeo: Rodrigo Guarizo Fernandes Amaral. A culpa tem que ser imputada a estes.
O nosso caso é o Fortaleza e cabe a pergunta: Diante da quarta ou quinta garfada prejudicial ao Tricolor na competição vamos calar? Em ficando calados devemos nos preparar para contritamente sofremos a próxima.
Por hoje c’est fini.
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