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- ADVÍNCULA NOBRE
- 17 de set. de 2019
- 3 min de leitura

CONCENTRAÇÃO MENTAL - FOTO/DIVULGAÇÃO
PARA O SEGUNDO TURNO A PALAVRA-CHAVE SERÁ “CONCENTRAÇÃO”!
Iniciamos a coluna de hoje fazendo uma análise do desempenho do Zé Ricardo nesses 5 jogos à frente do Fortaleza, cuja produtividade é somente de 33,33% relativa a 5 pontos conquistados em 15 possíveis.
À frente do Tricolor conquistou 1 vitória, 2 empates e sofreu 2 derrotas. Os 2 empates ocorreram fora de casa, contra o Santos, em 3 x 3, então líder da Série A, e que abrira uma vantagem de 3 x 0 no primeiro tempo, resultado que podemos rotular como épico e heroico.
Amealhou outro resultado importante contra o Bahia, fora de casa, na última rodada do turno, quanto empatou em 1 x 1, após sair na frente no placar, em que o time mostrou a “intensidade” com a qual sonhamos.
Em 3 jogos em casa perdeu o da estreia contra o Internacional por 1 x 0, que veio com time alternativo e para o Fluminense, na 18ª pelo mesmo placar. Sem tirar o mérito dos adversários, em razão de termos desperdiçados inúmeras oportunidades e de alguns erros que foram cruciais, podemos dizer que perdemos para nós mesmos, castigados pelas chamadas “bolas vadias”.
A única vitória foi conquistada também em casa, na 17ª rodada, sobre o Goiás por 2 x 0 resultado que nos animou, assim como o empate, que nos deixaram mais confiantes quanto às nossas possibilidades futuras.
Tivemos uma equipe em campo bem distribuída e que soube mesclar magistralmente a velocidade que lhe é peculiar, mas sem abdicar dos cuidados defensivos.
Ficamos com a impressão de que o Zé Ricardo encampou de vez essa característica marcante do time, que se notabiliza pela velocidade nas ações ofensivas, um dos legados do Rogério Ceni, formatando, contudo, um time firme na marcação, passando a utilizar com sabedoria essa duas estratégias.
Voltamos à questão do desempenho para dizer que a pior performance do Zé Ricardo na carreira ocorreu no Botafogo, a quem dirigiu em 41 jogos conquistando 17 vitórias, 11 empates e 13 derrotas. Obteve 62 pontos em 123 possíveis, apresentando um percentual de produtividade de 50,41%.
E porque o Zé Ricardo está tão abaixo, em termos de produtividade no Fortaleza, com 17% a menos? Simplesmente porque perdemos à míngua duas partidas em casa, para Internacional e Fluminense, adversários que na ocasião foram inferiores tecnicamente, em que criamos inúmeras oportunidades, infelizmente desperdiçadas aos borbotões.
Tivéssemos tido mais eficiência e capricho nas conclusões e a história seria outra, posto que estaríamos mais longe do Z-4, de quem distamos apenas 4 pontos, situando-nos na faixa de classificação para a Sul-Americana.
Nessas duas derrotas em casa, se tivéssemos evitado pelos menos uma, e podemos escolher qualquer da duas, o Fortaleza teria somado 8 pontos nesses 5 jogos e a sua produtividade, assim como a do Zé Ricardo, seria de 53,33%, bem acima do seu desempenho no clube carioca.
Vemos dessa forma que 3 pontos, num certame disputado como este, fazem a diferença entre o “paraíso astral” e o “inferno zodiacal”, posto que, com 25 pontos teríamos fechado o turno na 12ª posição, à frente do Vasco, e na Sul-Americana.
Tivéssemos vencido as duas somaríamos 28 pontos, que nos guindariam à 8ª posição, colocando-nos na briga pela Libertadores. Infelizmente tem a condicional “se” que se transformou na fonte de todas as nossas frustrações. Sonhar, no entanto, não é proibido e realizar o sonho é sublime. Oxalá!
E o que esperar do Zé Ricardo e, por extensão do time no segundo turno? Se o nosso treinador encontrar o ponto do doce, ou seja, o equilíbrio entre todos os compartimentos tricolores, dando mais solidez, inclusive, ao sistema defensivo, poderemos navegar por águas mais profundas.
Equiparando o seu desempenho ao obtido na época em que dirigia o Botafogo somaríamos 28 pontos (50,40% x 57 em disputa) e terminaríamos na zona de classificação para a Sul-Americana.
Em termos práticos o Fortaleza para chegar a esses 28 pontos terá que manter os 4 empates da primeira fase, , preferencialmente fora de casa, e alcançar 2 vitórias a mais, saindo dos 6 triunfos da primeira fase para 8.
Num primeiro momento, entretanto, não queremos exigir tanto assim do Zé Ricardo, pois tudo tem que ser ao seu tempo. Basta que este obtenha um desempenho de 44% sobre os 57 pontos em disputa, somando 25 pontos no segundo turno e fechando a participação do Tricolor na competição com 47 pontos e, portanto, classificado para 2020.
Em termos práticos será necessário tão somente que o Tricolor mantenha os 4 empates do Primeiro Turno e conquiste 7 vitórias, uma a mais do que as 6 conseguidas na fase aludida. Nesse sentido terá que aumentar a pegada em casa, não podendo dar sopa para o azar e evitar derrotas bobas, como as que citamos. A palavra-chave será “concentração”.
Por hoje c’est fini.
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