RECEITA PARA SE MANTER NA SÉRIE A!
- ADVÍNCULA NOBRE
- 11 de set. de 2019
- 3 min de leitura

RECEITA PARA SE MANTER NA SÉRIE A
A derrota para o Fluminense é página virada, de modo que é chegada a hora de iniciarmos o planejamento para o segundo turno, visto que falta apenas uma rodada, mas a partida dar-se-á fora de casa contra o Bahia, que vem em franca ascensão, razão por que se constitui num dos adversários mais complicados e qualificados deste turno.
Depois que se encerrar o primeiro turno nos reportaremos ao planejamento do Tricolor para os jogos fora de casa, por enquanto vamos nos ater à nossa estratégia nos nossos domínios, lembrando que enfrentaremos inicialmente um período de muita turbulência até à 10ª rodada, em que nos digladiaremos com pesos pesados do nosso futebol.
Neste primeiro turno fizemos 9 jogos em casa que correspondiam a 27 pontos em disputa. Vencemos 4: 2 x 1 Athlético (PR); 2 x 1 Cruzeiro; 2 x 0 Avaí e 2 x 0 no Goiás. Empatamos 1: 1 x 1 com o Vasco e perdemos 4: São Paulo 1 x 0; Corinthians 3 x 1; Internacional 1 x 0 e Fluminense 1 x 0.
Nesses jogos assinalamos 10 gols, índice de 1,11 gols por partida e sofremos 9, que corresponde a um índice de 1 gol por jogo. Os nossos 13 pontos conquistados em 27 em disputa nos remetem a um percentual de eficiência de 48,14%, abaixo do ideal para um time que pretenda se manter na competição.
Diante desses números e objetivando estancar os pontos de estrangulamento, até porque o Planejamento Estratégico prevê a correção de rumos, temos que fazer comparações com a performance em edições anteriores e, in caso, com 2005, ano em que nos mantivemos na competição.
Naquele ano, até à 18ª rodada, havíamos conquistado 6 vitórias: 2 x 1 na Ponte Preta; 2 x 0 no Brasiliense; 2 x 1 no Corinthians; 2 x 0 no Juventude; 5 x 2 no Figueirense e 2 x 1 no Flamengo. Empatamos em 0 x 0 com o Santos e fomos derrotados por 1 x 0 pelo Coritiba e por 4 x 1 pelo Atlético (MG).
Em 2005 o time somou 19 pontos em 27 possíveis, apresentando um percentual de desempenho de 70,37%, contra os 13 pontos atuais, que equivalem a um percentual de 48,14%. A diferença no desempenho nos anos cotejados é de 6 pontos, ou duas vitórias, que conquistamos a mais em 2005.
No ano em curso apanhamos demais em casa, contrariando o perfil e a própria história tricolor, que tem sido respeitado nos seus domínios, em qualquer divisão, precisamente por se notabilizar como um clube dos mais eficientes enquanto mandante. Temos que reescrever essa história.
Outro ponto a se considerar é o desempenho qualitativo do Fortaleza nas duas edições. Em 2005 venceu dentro de casa grandes clubes como Corinthians e Flamengo. Neste ano não logrou vencer nenhum clube top de linha do eixo Rio/São Paulo. Esperamos que este quadro seja revertido.
O Fortaleza até aqui somou 21 pontos e precisa de mais 24 para se manter na competição, que correspondem a 8 vitórias, visto que no ano em curso tudo indica que nenhum clube com 45 pontos será rebaixado.
Enfrentará em casa 10 clubes concorrendo a 30 pontos: Na 20ª rodada o Palmeiras; na 22ª o Botafogo; na 24ª a Chapecoense; na 26ª o Flamengo; na 27ª o Grêmio; na 30ª o Atlético (MG); na 32ª o Ceará; na 33ª o CSA; na 35ª o Santos e na 38ª o Bahia.
Na disputa destes 30 pontos em casa terá que, obrigatoriamente, melhorar esse desempenho de 48,14% para no mínimo 60%, sendo 70% o percentual ideal, significando dizer que das 10 partidas terá que sair vitorioso em 6 ou 7.
Vencendo 7 partidas somará 21 pontos e totalizará 42, ficando os jogos fora de casa e necessitando somente de um triunfo para complementar os 45 pontos necessários para se manter.
Vencendo 6 partidas nos seus domínios chegará a 18 pontos que, somados aos 21 atuais, totalizarão 39, ficando dependendo de 2 vitórias fora para se manter no Brasileirão. Abaixo disso passa a depender de uma combinação de resultados e muita gente ficará sem unhas.
Fica evidente que em casa, sob o incentivo e o calor da torcida, fica mais fácil melhorar, de pouco mais de 48%, para no mínimo 60%. Fora de casa, em que somou 9 pontos até aqui, há condição também de evoluir. O empate contra o Bahia ajudaria muito na luta contra o descenso. A vitória seria de importância inestimável. Nada é impossível para quem crer!
Objetivando atingir o planejamento mínimo o técnico Zé Ricardo terá que encontrar o equilíbrio entre todos os compartimentos do clube, até porque no momento “a grande vilã” é a defesa, contudo, os zagueiros não têm culpa dos gols perdidos e dos erros de passes que redundaram em contragolpes mortais.
Não há milagres. Essa é a realidade dos números que, na verdade, parecem implacáveis, mas que fazem parte do nosso cotidiano, mormente no futebol, onde deitam e rolam e ditam as normas.
Por hoje c'cest fini.
Por hoje c’est fini.
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