É SÓ ACREDITAR E TRABALHAR!
- Advíncula Nobre
- 7 de ago. de 2019
- 3 min de leitura

É SÓ ACREDITAR E TRABALHAR!
O Brasileirão se configura como o campeonato mais difícil do planeta, pois enquanto os mais renomados, como o Espanhol e o Inglês contam no máximo com 4 clubes com condições de arrebatar o título, o nosso tem pelo menos dez equipes credenciadas a conquistar o cetro máximo.
O Fortaleza, que não se insere nesse rol dos que lutam pelo título, queiramos ou não, enfrenta uma situação das mais complicadas, isto porque vem de 8 anos na Série C e de um na Série B, razão por que tem sérios problemas estruturais, agravados ainda pela distribuição desigual das cotas de televisão, que cria uma casta, onde os grandes serão sempre grandes e os demais clubes estão fadados a continuarem sempre pequenos.
Em meio a todas essas dificuldades surge o Fortaleza, que nos três últimos anos vem de uma ascensão esplendorosa, mas que empaca nas dificuldades que citamos, além daquelas que fazem parte do contexto do nosso futebol, de modo que manter-se na elite se configura como um ato de bravura e de heroísmo.
Nesse aspecto o Tricolor, para continuar na elite, que seria importante para a retomada do seu crescimento, terá que somar 46 pontos em 114 possíveis, que equivalem a um desempenho de 40,36%, enquanto o seu desempenho atual é de 35,9%. Há, por conseguinte uma defasagem de 4,36%.
O percentual de 4,36% corresponde aos aludidos 4,97 pontos de déficit, arredondados para 5 donde deduzimos que o desempenho ideal do Tricolor nessas 13 rodadas deveria ser de 19 pontos.
Em outro cálculo, uma espécie de prova dos noves da metodologia anterior, divide-se 46 pontos necessários para a permanência na competição, pelo número de partidas, 38, deduz-se que o Fortaleza necessitaria de uma produtividade por jogo de 1,21 pontos, contra os 1,07 atuais (14 pontos : 13 jogos).
Não sou Matemático, contudo, desde que comecei a escrevinhar essas mal traçadas linhas, e já lá se vão 12 anos, tenho me valido das estatísticas, ferramentas importantíssimas para direcionar e balizar o planejamento de qualquer empresa, incluindo-se os clubes de futebol e até da nossa nação.
Para elaborarmos o planejamento para os próximos 6 jogos com o objetivo de recuperar o terreno perdido, há que se considerar o desempenho pregresso com o fito de identificar os erros e de fazer as correções devidas para que os mesmos sejam extirpados.
Ora, num campeonato difícil como esse não podemos desperdiçar pontos em casa, pelo menos na proporção que os deixamos escapar, haja vista que em 12 pontos possíveis disputados em casa, nada mais e nada menos do que 11 foram jogados pelo ralo: Derrotas para São Paulo, Corinthians e Ceará e no empate com o Vasco e tanto desperdício é inadmissível.
Nas próximas 5 rodadas, que encerram a primeira, a nossa tese é a de que todas as medidas necessárias têm que ser imprimidas agora, enquanto há tempo. A justificativa de que ainda temos muito campeonato pela frente não se justifica, pois de repente, quando nos dermos conta do prejuízo, poderá ser muito tarde.
Há que se elaborar um planejamento muito rígido, do qual não poderemos nos desviar por um milímetro. Temos que eleger como primeira meta a vitória em todos os nossos jogos em casa; Internacional, Goiás e Fluminense. Temos jogos difíceis, mas ou vencemos ou perdemos o fio da meada.
A segunda meta deve ser traçada para os jogos fora de casa, contra CSA, Santos e Bahia. Vencer o CSA é imperioso e contra o Bahia teremos que pelo menos empatar, ou seja, nesses dois embates há que se conquistar no mínimo 4 pontos.
Contra o Santos, o líder do campeonato, a parada será mais difícil, uma espécie de prova de fogo, contudo temos que enfrentá-lo de cabeça erguida, até porque quem morre de véspera e peru.
Somando 13 pontos nesses 18 possíveis, terminaremos o primeiro turno com 27 pontos no bisaco e na faixa da Sul-Americana. É só acreditar e trabalhar.
Por hoje c´est fini.
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