PRECISAMOS DE SANGUE NOVO NA DEFESA.
- COLUNA DO NOBRE
- 29 de jul. de 2019
- 3 min de leitura

PRECISAMOS DE SANGUE NOVO NA DEFESA.
Vou analisar a nossa derrota de ontem, contudo antes de fazê-lo, necessariamente tecerei considerações quiçá importantes. Parabenizo de início a Nação Tricolor que, mesmo concorrendo com a realização de dois eventos de grande apelo público, o Fortal, de cunho profano e o Halleluya, de natureza religioso-católico, deu uma grande demonstração de amor e de apoio ao clube.
Em termos de presença de público perdeu apenas e tão somente para o clássico carioca Flamengo 3 x 2 Botafogo e por uma diferença razoavelmente pequena de 943 torcedores: 42.483 contra 41.540. Para que se tenha uma ideia o público da partida Palmeiras 1 x 1 Vasco, que valia a liderança para o time paulista foi o que mais se aproximou com 37.754 expectadores. Internacional 1 x 0 Ceará foi de apenas 10.392.
Temos ainda a questão da arbitragem que vem sendo repetitiva, visto que, para alguns analistas o seu desempenho não influiu no resultado da partida. Há controvérsias, posto que em dois lances sobre o Wellington Paulista, um deles não deixando dúvidas quanto à falta máxima e outro que mereceria análise o VAR não foi acionado.
Cabe então a pergunta: O VAR só é utilizado para outros clubes ou contra o Tricolor e quando é a favor nunca é consultado? Os acontecimentos em pelo menos três partidas mostram que isso é verdade, cabendo na minha ótica pelo menos uma representação.
Não bastasse intimidou o time do Fortaleza, deixando de aplicar cartões em jogadores do Corinthians em faltas por trás, uma delas por exemplo no Osvaldo, que caminhava célere para o ataque e. Cabe afirmar que em faltas semelhantes, quando contra o Fortaleza eram marcadas, mas contra o Corinthians fazia vistas grossas e mandava simplesmente o lance prosseguir. Fica difícil jogar nessas condições adversas.
Quando o Fortaleza perde e em circunstâncias semelhantes à derrota de ontem sou muito cobrado na saída do estádio, vez que muitos torcedores, presumidamente mais esclarecidos querem que eu chute o pau da barraca e faça críticas contundentes. Não posso fazê-las, seria injusto.
Posso sim analisar o jogo dentro da minha ótica, procurando ser o mais fiel possível às ocorrências dentro em campo e reconhecendo as falhas, porém de modo racional e sem ferir a ninguém, principalmente porque o time, mesmo perdendo não foi negligente e se esforçou bastante.
Nesse diapasão, numa das minhas últimas colunas, analisei que seria um confronto entre um ataque que não vinha sendo dos melhores, o do Corinthians, contra uma defesa que, não obstante ter melhorado nos três últimos jogos, vinha se escancarando, não tendo ainda encontrado a estabilidade.
Antes deste jogo o sistema defensivo tricolor havia sofrido, em 11 partidas, 15 gols, apresentando uma média de 1,36 gols por jogo. Ao término da 12ª etapa esse número se elevou para 18 e a média subiu para 1,5 gols por partida, quando o ideal, no máximo é de 0,7.
A minha linha de raciocínio inicia por esse detalhe, pois mesmo na lançando fagulhas para todos os lados, contra tudo e contra todos, no meu entendimento três pontos foram fundamentais para a derrota e passarei a examiná-los.
Começo pela defesa para dizer que nos dois primeiros gols as falhas foram gritantes e incontestáveis, haja vista que no primeiro o atacante corintiano cabeceou na trave e teve tempo que se antecipar aos dois zagueiros e chutar com o gol vazio. Faltou atenção no lance.
No segundo tento o Roger falhou na cobertura, perdendo em velocidade para o Pedrinho que, sozinho praticamente desmanchou todo o nosso sistema defensivo, faltando alguém para pôr uma rolha no ladrão.
O Roger Carvalho tem história, é um grande profissional, mas não tem mais a mobilidade de antão, havendo a necessidade de contratar, para ontem, um zagueiro mais novo, de excelente qualidade técnica, aliada à velocidade e que venha para ser titular. Os que estão no Pici, salvo melhor juízo, não têm essas qualidades.
O segundo ponto passa pelo preparo físico, tendo em vista que o Tricolor dominou até meados do segundo tempo, mas cansou repentinamente, perdendo as forças para reagir e tentar o empate. A partir desse momento o time se mostrou extenuado e passou a ser presa fácil para o Corinthians.
Em terceiro lugar não podemos culpar o Rogério, que tentou, mas as peças que entraram não corresponderam, ademais não tinha muitas opções. O Marlon, que esperávamos fechasse mais os espaços por onde o Pedrinho deitava e rolava, teve que ser deslocado par ao meio. Talvez mereça reparo pelo fato de ter insistindo com o Kieza, que mais uma vez não se encontrou.
Por hoje c’est fini.
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