ROGÉRIO CENI – O MAIOR TREINADOR DA NOSSA HISTÓRIA.
- ADVÍNCULA NOBRE
- 18 de jul. de 2019
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França - Vice-Campeão Brasileiro- 1960 (O primeiro) - Rogério Ceni - Campeão Brasileiro 2018 (O mais recente)
ROGÉRIO CENI – O MAIOR TREINADOR DA NOSSA HISTÓRIA.
Ontem completaram-se 90 anos da goleada histórica e estonteante do Fortaleza sobre o Ceará, por 8 x 0 e, infelizmente, em razão de me encontrar resolvendo assuntos particulares relacionados à minha esposa Isabel, que está necessitando de cuidados médicos, mas que, com a graça de Deus superara as dificuldades atuais, não pude prestar a homenagem devida a esse triunfo histórico do nosso Tricolor de Aço.
Vamos ao fato histórico. No campeonato Cearense de 1927, vencido pelo Fortaleza, o Tricolor se notabilizou por impor grandes goeladas aos seus oponentes, 7 x 3 no Guarany; 9 x 2 no Brasil; 7 x 0 no América e a maior goleada aplicada no seu maior rival em todos os tempos: 8 x 0, razão por que prestamos essa singela homenagem ao time de então.
Os gols tricolores foram assinalados por Hildebrando (3), Pirão (2), Xixico, Humberto Ribeiro e Juracy e o Esquadrão e Aço, um dos lemas com que o Tricolor foi conhecido até à década de 60, formou com Rolinha; Moacir e Correia; Hildebrando, Zezé e Calixto; Xixico, Roque, Humberto Ribeiro, Juracy e Pirão.
O nosso preito de gratidão e de reconhecimento à essa brava gente tricolor, que repousa perenemente no panteão dos grandes ídolos do clube, principalmente porque esse time em 1928 viria a se sagrar tricampeão cearense.
Feita a devida homenagem vamos abordar um assunto dos mais chatos, sobre o qual não podemos calor, porque se calarmos até as pedras falarão por nós. São Lucas 19:40: Eu digo a vocês", respondeu ele; "se eles se calarem, as pedras clamarão”.
Vamos fazer uma analogia de parte da nossa imprensa esportiva com a hierarquia da Igreja Católica da Idade Média, da qual sou um fiel convicto, com parte da imprensa esportiva cearense, que, similarmente à igreja daquele período histórico, também, grosso modo, se divide em Alto e Baixo Clero.
O Alto Clero é poderoso e pode falar tudo, sem nenhuma censura. O Baixo Clero, no qual me insiro, não pode falar nada e se ousar censurar o “substrato superior e nobiliárquico da imprensa esportiva cearense” será execrado e banido para o resto da vida.
O alto Clero pode dizer abertamente que é melhor que os colegas de profissão, incompetentes e meras tapiocas; pode execrar publicamente jogadores que não aprovaram, especialmente no nosso rival, e nem se preocupam se os mesmo têm famílias que eventualmente possam estar assistindo os seus programas.
Para o Alto Clero esses jogadores são letrecas e refugos, tratamento que também é dispensado para treinadores e dirigentes que não rezem pelas suas cartilhas. O que causa espécie é que não recebem nenhuma censura por quem de direito, provavelmente porque são muito poderosos.
Intitulam-se de “donos da verdade” e se acham os reis da cocada preta, enquanto os concorrentes não passam de “tapiocas” e de profissionais incompetentes e insignificantes. Quem duvidar basta assistir um programa do Alto Clero.
Como homem de fé peço proteção a Deus, por ter ousado fazer essa censura e como tal acredito piamente que serei atendido. E dentro da minha ingenuidade acredito piamente que não recebem reprimendas por mera coincidência e não por medo ou por corporativismo.
Pois bem, desde que o Fortaleza ousou contratar o Rogério Ceni que o Alto Clero da Imprensa Esportiva o execra diariamente, quer chova, quer faça sol.
Se o Ceni for elogiado pelo Marcelo Paz é idolatria e se sugeri e indicar jogadores, atribuição que faz parte da sua função, é porque manda no Fortaleza, não passando o Marcelo Paz de uma figura decorativa.
Se do contrário o Rogério não indicasse, não tenho dúvidas de que seria chamado de pau mandado, porque só descansarão se um dia conseguissem tirar o nosso treinador do Fortaleza que, para tristeza deles somente sairá quando quiser. Quem tiver inconformado “pode morrer do baba”.
As críticas são tantas que já se tornaram ridículas bestiais e a tradução de tudo isso é muito simples: Fosse o Rogério contratado pelo Time de Porangabuçu e tivesse conquistado, em condições adversas, todos esses títulos, estariam defendendo o soerguimento de uma estátua sua em Porangabuçu.
Ocorre que foi o Fortaleza quem trouxe aquele que se constitui, que queiram ou não, no maior treinador da sua história e isso incomoda a muita gente. É verdade que tivemos outros grandes treinadores nesses cem anos, dos quais o Moésio Gomes é um verdadeiro ícone, contudo todos eles nos legaram apenas títulos de vice-campeonatos nacionais, em número de cinco, mas nenhum nacional.
Todos eles foram importantes e fazem parte do panteão da nossa história, contudo somente o Rogério Ceni conquistou a Tríplice Coroa: Brasileiro da Série B, Copa do Nordeste e Campeonato Cearense e esse feito ninguém apaga da história dele e do Marcelo Paz.
Conclamo à torcida tricolor a não se deixar levar pela opinião desses profissionais da imprensa que não morrem exatamente de amores pelo Fortaleza.
Apoiemos o Marcelo Paz e o Rogério Ceni, seguramente duas das maiores figuras da nossa história, que é repleta de grandes vultos que, similarmente a eles, honraram as nossas cores.
Por hoje c’est fini.
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