UMA ANÁLISE DO PLANTEL TRICOLOR
- ADVÍNCULA NOBRE
- 12 de jul. de 2019
- 3 min de leitura

REFORÇO PARA O MEIO-CAMPO - MARIANO VÁZQUEZ
UMA ANÁLISE DO PLANTEL TRICOLOR.
Reconheço que o Fortaleza tem problemas, principalmente por ter sofrido uma baixa de cinco jogadores, que não poderiam ser evitadas, haja vista que não detém os direitos sobre todos os jogadores do elenco, mormente sobre os que saíram.
Espero que muito em breve o Tricolor forme um plantel que possa chamar de seu, contudo, para que isso venha a ocorrer, tem que se estruturar financeiramente, vez que há apenas dois anos estava na Série C e sem muitas perspectivas quanto ao futuro.
Alguém pode dizer que esses argumentos não justificam as perdas, pode ser, mas com certeza explicam o seu porquê, cabendo uma indagação: Será que a diretoria está insensível a esses problemas e ao clamor da torcida? Certamente que não e não tenho dúvidas de essa situação será resolvida de pronto, pois costumo dizer que “só existem problemas porque há soluções”.
Ouso analisar o time do Fortaleza, após essas baixas, reconhecendo, evidentemente que o Rogério tem problemas, no que concerne às peças de reposição, isto porque reduzindo-se o elenco, reduzem-se as suas alternativas técnicas e táticas. Vamos ao ponto:
No gol não há problemas, pois se optar pelo Boeck ou pelo Felipe Alves, qualquer um deles dar conta do recado, sem falar no Max Walef que, sempre que acionado, tem correspondido.
Nas laterais, pela direita temos o Tinga, que tem sofrido algumas críticas, mas que estando bem fisicamente é um bom lateral e ainda o Gabriel Dias, que tem atuado a contento na posição. Na lateral-esquerda temos o Carlinhos e o Bruno Melo estando a posição, portanto bem servida.
O miolo da zaga precisa de reforços. Quintero e Roger Carvalho vêm passando confiança, mas o Nathan tem oscilado um pouco e o Diguinho necessita de mais experiência. Há que se ter dois reforços, um de imediato.
O setor de contenção, no qual o time não perdeu ninguém, independe de reforços, a não ser para qualifica-lo mais ainda. Pode ser que um ou outro jogador não venha correspondendo, mas no futebol é comum, o Romarinho que o diga, um atleta muito criticado, de repente deslanchar e nunca mais perder a titularidade.
O setor de engenharia continua necessitando de um jogador, uma vez que chegou o Mariano, mas saiu o Dodô e diz o ditado popular que “quem tem dois, tem um e quem tem um, não tem nenhum”. Vejam o caso do Ederson que se contundiu e corre o risco de não voltar a jogar neste certame.
Avaliemos o ataque, onde o time perdeu três: Marcinho e Mateus Alessandro pela esquerda e o Júnior Santos, que tanto atuava pelos lados, como centralizado.
Na esquerda, como especialista temos somente o Osvaldo que, por vezes enfrenta problemas de natureza física, de forma o setor necessita de mais um reforço. Na direita temos o Edinho em processo de recuperação e o Romarinho. O Edinho voltando tudo volta à normalidade.
O miolo do ataque ainda não atingiu o ponto do doce, pois o Wellington Paulista tem feito gols importantes, mas não com a frequência que se espera de um artilheiro. Vem desempenhando um importante papel tático, mas a torcida anseia por vê-lo balançar as redes mais amiúde. Bola nas redes dos adversários é o sonho de todo torcedor.
Neste compartimento o Kieza até o momento não correspondeu, pode até deslanchar, mas o seu desempenho futuro ainda é uma incógnita. O André Luiz entrou muito bem contra o Cruzeiro e se constituiu numa esperança para a torcida. Dessa forma avalio que o elenco necessite de mais um atacante-referência, não tão de imediato.
Vejamos as peças de reposição, preocupação que tem dado dor de cabeça no Rogério Ceni e nesse quesito identificamos problemas no miolo da zaga que conta apenas com os atletas que citamos, um dos quais ainda inexperiente.
No setor de criação ou de engenharia o Marlon pode atuar e recompor, tanto pelos flancos como pelo meio e no ataque, considerando o Osvaldo, o Edinho e o Wellington Paulista como titulares temos Romarinho, Kieza e André Luiz.
Afora estes atletas, contamos somente com alguns meninos da base, de modo que, por enquanto as alternativas do treinador estão muito reduzidas. O importante é que o Osvaldo, e acredito que não tenha falado apenas por si, deixou claro que os remanescentes darão tudo de si para dar conta do recado. Temos que dar um voto de confiança ao elenco.
Por hoje c’est fini.
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