"VÃO-SE OS ANÉIS E FICAM OS DEDOS"
- ADVÍNCULA NOBRE
- 9 de jul. de 2019
- 3 min de leitura

Foto: Divulgação
“VÃO-SE OS ANÉIS E FICAM OS DEDOS”.
A Executiva do Tricolor e de modo especial o presidente, estão sendo relativamente massacrados nas redes sociais e por parte da imprensa, em razão das cinco perdas momentâneas, que podem chegar a seis, em se confirmando as especulações de que o Atlético Mineiro, detentor da maior fatia dos direitos econômicos do Edinho, estaria disposto a negociá-lo para o Exterior.
Existem alguns pontos a serem considerados em relação à essa notícia, que no momento está mais para factoide: O Fortaleza em decorrência de acertos financeiros com o time mineiro, aumentou o seu percentual de direitos sobre o atleta, em torno de 30%, porcentagem não confirmada oficialmente, que lhe dá um poder maior de barganha.
Como segundo ponto temos o acerto, não sei se apenas verbal ou formal, entre o Fortaleza e o Atlético Mineiro que, ao que consta, se comprometeu a não negociar o atleta no decorrer deste ano.
Em sendo verdade vamos dar um voto de confiança aos dirigentes do clube mineiro, embora no futebol a “palavra empenhada” não seja exatamente um “fio de cabelo de bigode”, forma contratual consagrada pelos nossos avós.
Ocorre que nessas perdas tricolores o Fortaleza tem sido o clube brasileiro que mais se prejudicou e a esse respeito tenho encontrado alguns tricolores que avaliam que não houve os cuidados devidos do staff tricolor no sentido de evitar essa revoada que, diga-se de passagem, não estava nos planos de ninguém.
Reiteramos o nosso ponto de vista de que o nosso clube, recém-saído de uma Série C, onde hibernou durante oito anos e que somente agora vem se reestruturando, não tem ainda possibilidades de formar um plantel majoritariamente seu, tendo que recorrer aos empréstimos e sujeitando-se às condições do clube dono dos direitos do atleta.
Recordo por oportuno que em 2017 o time estava na “Terceirona” e atravessando uma crise financeira sem precedentes, sendo salvo pelo gongo, com a chegada do Eduardo Girão, que não apenas injetou capital no clube, mas o impregnou de confiança e de otimismo, concorrendo para que saíssemos da crise e ainda conquistássemos um vice-campeonato da citada divisão.
Em 2018 o Fortaleza ascendeu à Série B, todos sabem, mas não custa rememorar e as perspectivas não eram boas, já sob a batuta do Marcelo Paz, apresentado pelo Eduardo Girão, de quem foi vice, e que tinha o seu aval como alguém que realmente daria curso ao projeto administrativo e à sua filosofia de gestão.
Como fruto dessa nova diretriz administrativa o Marcelo Paz, de forma arrojada contratou o Rogério Ceni que, formatou um plantel, dentro das possibilidades financeira do clube, que nem de longe era tido pelos especialistas com o melhor da Série B, os quais apostavam no Goiás, Coritiba, Figueirense, Ponte Preta, além de outros pesos pesados.
O fruto desse trabalho profícuo se revestiu em conquistas para o clube que, no ano do seu Centenário sagrou-se, de forma inédita, Campeão Brasileira da Série B e na sequência, Campeão Cearense de 2019 e da Copa do Nordeste do ano em curso.
Todas essas conquistas pela importância, fazem do Rogério Ceni o treinador mais laureado da história tricolor, assim como colocam a gestão do Marcelo Paz no elevado patamar de “a mais vitoriosa”, sem desmerecer as antecessoras, que deram inegável contribuição para o crescimento do Tricolor.
Não podemos desconhecer, tirar o brilho ou esmaecer a contribuição inestimável dos Poderes do clube, Conselho de Ética, Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal, do apoio inconteste de grandes tricolores, da dedicação e entrega do elenco, capitaneado pelo Boeck e, sobretudo do imprescindível amparo da Nação Tricolor, que costuma carregar o time nos braços.
De modo que, sem ter procuração para defender a Diretoria Executiva, não posso entender a abordagem que me fazem alguns torcedores e, principalmente os amigos, que sustentam que essas conquistas de nada valerão se o time for rebaixado.
Como não amigos? Esses feitos memoráveis, além de passarem a fazer parte da História, são importantes para o Ranking Nacional, por servirem de critérios de desempate no tocante à classificação para determinadas competições, de que é exemplo a Copa do Brasil
Não bastasse isso, o Fortaleza, que nos oito anos de Série C perdeu muitas posições, mediante às mesmas avançou nove posições no Ranking e, muito em breve, reassumirá a posição que lhe é de direito.
Para encerrar os nossos modestos escritos de hoje e voltando ao nosso tema central, prefiro fazer coro com o ditado popular que enfatiza que “vão-se os anéis e ficam os dedos”, isto porque, sem alarde a diretoria está trabalhando, e de forma muito criteriosa, para repor as baixas, que são normais, mormente em clubes em fase de estruturação, como é o caso do Fortaleza.
O DIA DE HOJE NA HISTÓRIA TRICOLOR
09 de julho de 1955 – Fortaleza 1 a 0 Gentilândia
Por hoje c’est fini.
Comments