a
- ADVÍNCULA NOBRE
- 23 de jun. de 2019
- 3 min de leitura

Everton "Cebolinha" - Foto Divulgação.
A VERDADEIRA HISTÓRIA DA VENDA DO EVERTON.
O Everton começa a brilhar numa competição de nível internacional e, como há muito tempo vem despertando o interesse de clubes, a exemplo do Milan, após o término da competição, inexoravelmente, será assediado por várias agremiações, dentre elas o Paris Saint Germain.
O clube francês tem como Executivo de Futebol o ex-jogador Leonardo que, quando exercia a mesma função no clube italiano, tentou levar o nosso “Cebolinha” e, ao que parece e pelo que se noticiam, ainda não desistiu do intento.
O jogador, revelado pelas Categorias de Base do Fortaleza, onde ficou de 2009 a 2012, impressionou os olheiros do Grêmio, quando da disputa da Copa Carpina de 2012, em Pernambuco sendo, então, emprestado ao clube gaúcho, que passou prioritariamente a exercer o direito de compra do seu passe.
Em razão das suas grandes atuações nas categorias de base do Grêmio o clube gaúcho se interessou por contratá-lo em definitivo e fez uma proposta ao Fortaleza de R$. 500.000,00 para adquirir os seus direitos econômicos na sua totalidade.
O presidente da época era o Osmar Baquit, que se encontrava em licença do cargo, sendo as démarches de venda, se não me falha a memória, conduzidas pelo Daniel Frota, presidente em exercício, que submeteu a proposta gremista ao Conselho Deliberativo.
Vale salientar que o Fortaleza passava por inúmeras dificuldades financeiras e a oferta gremista veio a calhar, que era de R$. 500.000,00 e não de R$. 300.000,00, como noticiam os meios de comunicação.
O Grêmio, no entanto, pretendia ficar de posse dos 100% dos direitos econômicos do atleta que, na verdade ainda era uma aposta, embora fosse diferenciado, até porque vemos aos borbotões atletas nas mesmas condições que não vingam.
Lembro nitidamente desses detalhes, visto que, na condição de membro assíduo que sempre fui do Conselho Deliberativo, que era presidido pelo Dr. Elpídio Brígido, cuja assembleia autorizou a venda, contudo sob uma determinada condição.
A venda foi autorizada e chancelada pelos R$. 500.000,00, entretanto o Fortaleza teria que ficar como detentor de 10% do passe, ou dos direitos econômicos do jogador, posto que, se assim não fosse a negociação não deveria acontecer.
O Grêmio, que se aproveitou das dificuldades financeiras do Fortaleza para adquirir um jogador dos mais promissores que, praticamente havia lhe caído no colo, não pestanejou e aceitou as condições propostas.
Aliás, se não me falha a memória já havia adiantando o dinheiro, assertiva que pode ou não, ser confirmada pela diretoria de antão. O certo é que o nosso jogador demonstrou muitas qualidades e o time gaúcho tem em mãos um diamante já devidamente lapidado.
Alguém pode criticar a diretoria da época por ter vendido o atleta por um preço hoje tido como irrisório. Acontece que diante da situação pré-falimentar do clube, e essa é a verdade absoluta, o staff executivo se viu obrigado a se desfazer de alguns jogadores, objetivando que as suas despesas mínimas de manutenção mensais fossem honradas.
Não faz mal lembrar que o Osmar Baquit, e não tenho procuração para defende-lo, assumiu o mandato sem que o clube tivesse um time para colocar em campo, eram apenas 14 atletas das categorias de base, e às voltas com 42 ações trabalhistas.
Na administração dos processos trabalhistas e no que concerne ao seu pagamento, não posso deixar de enaltecer os esforços do Dr. Daniel de Paula Pessoa, então Diretor Jurídico do clube, e da sua esposa Aline Prata, baluartes nessa luta, lembrando que o Grupo dos 100, criando por mim e que teve a adesão de grandes tricolores por todo o Brasil, teve a sua inestimável parcela de contribuição.
Recebendo doações a partir de R$. 10,00, porém a grande maioria era de R$. 50,00 e R$. 100,00, contribuímos para a quitação de duas dessas ações, uma delas do Cleiton e outra de um atleta paranaense, cujo nome não me recordo.
Na impossibilidade de me lembrar o nome de todos os colaboradores, mormente de outros estados, homenageio-os na pessoa do Francisco Barbosa, de Brasília, sócio proprietário e conhecido nas redes sociais como Francisco BSB.
Da nossa terrinha, além, de outros que não consigo nomeá-los, quem participou do nosso projeto foi o professor Hélder Ponte. Reporto-me a esses assuntos não para me enaltecer, a mim e ao meu grupo, mas para patentear as dificuldades vivenciadas pelo Fortaleza, quando da venda do Everton.
Por hoje c’est fini.
Comments