VITÓRIA DA RAÇA E DA ENTREGA!
- ADVÍNCULA NOBRE
- 13 de jun. de 2019
- 3 min de leitura

Dodô - O Dono do Jogo

Felipe Alves - Defesa Milagrosa
VITÓRIA DA RAÇA E DA ENTREGA!
Não sou crítico de arbitragem, contudo a arbitragem brasileira está praticamente na UTI, isto porque até mesmo o Corinthians, que se configura como o clube brasileiro mais beneficiado pelos “erros” de arbitragem, ontem, após o embate contra o Santos na Vila Belmiro, em que foi derrotado por 1 x 0, reclamou ostensivamente.
O seu treinador, reconhecidamente uma pessoa ponderada e tranquila, invadiu o campo de jogo após a partida e trocou impropérios com o árbitro, que havia errado ao confirmar a marcação do assistente que assinalou um impedimento do Gustagol, numa bola oriunda de uma cobrança de tiro de meta.
Nesse aspecto a regra é clara: Não há infração de impedimento quando um jogador recebe a bola diretamente de: Tiro de meta; arremesso lateral e tiro de canto. O Corinthians tinha razão. Errou, porém, na intensidade da reclamação.
No caso do Fortaleza, que não tem se dado bem com as arbitragens, são três jogadores expulsos nas últimas três partidas e em momento algum podemos concordar com isso, vez que os atletas têm que se conscientizar de que, em sendo expulsos prejudicam tanto o time quanto aos colegas, que ficam sobrecarregados.
Não entendo, contudo, como é que um árbitro, deixa de expulsar um zagueiro do Cruzeiro por uma jogada violenta e exclui do jogo um zagueiro do Fortaleza por duas reclamações.
Deduz-se que, do ponto de vista da arbitragem brasileira e a cearense não fica atrás, matar pode, mas reclamar não. Ressalte-se que em outro lance o lateral-esquerdo cruzeirense entrou com o pé no pescoço do André Luiz, sob as benesses do árbitro.
Eu havia dito que o Heber Roberto Lopes não era bem visto por cerca de três dúzias de clubes brasileiros, excetuando-se o Corinthians e o Ceará e, em razão dos seus equívocos no jogo de ontem, conclui que eu estava certo.
Quanto ao jogo tivemos um Fortaleza modificado, a partir do esquema tático. Eu havia aventado na coluna de ontem a possibilidade do Dodô entrar na equipe, o que efetivamente ocorreu e de forma proativa, haja vista que o mesmo fez uma boa partida, a melhor nesse ano, desde que retornou ao clube.
E voltou na posição de meia, diferentemente das suas escalações em partidas anteriores, em que entrava no decorrer das mesmas e sempre mais recuado, como se fora um volante de contenção. Ontem foi escalado com meia, posição que lhe rendeu grandes atuações na Série B, desempenhando muito bem a missão que lhe foi confiada.
Nessa posição se configurou como um dos melhores jogadores em campo, se não o melhor, ao lado do Quintero, do André Luiz, do Felipe e do Felipe Alves.
No primeiro tempo o Fortaleza foi bem, contudo, num determinado interstício do jogo abusou de errar passes e parecia até brincadeira de crianças, vez que os atletas tricolores erravam e davam a bola nos pés dos cruzeirenses que, agradecidos devolviam a gentileza.
O Fortaleza foi muito eficiente, visto que conseguiu converter, com o André Luiz, de cabeça, as duas chances que sugiram e que não estavam nem muito claras, donde há que se enaltecer os méritos do atacante.
No segundo tempo, com um homem a mais desde os vinte minutos, o Cruzeiro pressionou muito, mas o sistema de defesa do Fortaleza, muito bem compactado, anulou todas as investidas do time mineiro.
A verdade é que o Cruzeiro dominou as ações, mas sem muita objetividade, tanto é que teve apenas uma chance real e já nos acréscimos, numa cabeçada do Dedé, à queima-roupa, em que o Felipe Alves, no cantinho e embaixo, fez uma defesa milagrosa, mandando a bola para corner. Defesa que valeram três pontos.
O Fortaleza também teria uma chance clara quando o Dodô, no bico da pequena área, chutou nas redes, pelo lado de fora. Aliás, precisa acertar também quem cobra faltas, pois numa posição em que o Juninho é expert, já tendo feito até no Fortaleza, o Carlinhos cobrou e desperdiçou uma grande chance. O Tinga também teve uma outra chance, mas chutou muito mal.
Enfim, valeu a vitória que deu mais confiança ao time e que nos tirou da zona de rebaixamento. Foi um triunfo maiúsculo, conquistado graças a muito sangue nas veias por parte dos atletas, muito suor e muita entrega.
Por hoje c’est fini.
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