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- ADVÍNCULA NOBRE
- 3 de mai. de 2019
- 3 min de leitura

NOVAMENTE O ATHLETICO!
Vamos virar a chave, termo muito em voga no futebolês que, de vez em quando apresenta os seus modismos, alguns dos quais passageiros, para dizer que temos que, por um momento, mudar o foco ou a atenção para as “oitavas” da Copa do Brasil.
As oitavas são compostas pelos 5 heróis, remanescentes dos 80 clubes que iniciaram a competição e mais 11 equipes, cujo pelotão é formado por 8 clubes oriundos da Libertadores e mais 3 complementares: campeões da Série B, Copa do Nordeste e Copa Verde.
Ontem foi o sorteio na sede da CBF e como a palavra sorteio vem de sorte, alguns sortudos se deram bem. Casos do Palmeiras e do Grêmio que se digladiarão com adversários tidos e havidos como mais fracos, pelo na atual conjuntura.
Segue-se ainda nesse grupo dos favoritíssimos o Internacional, que enfrentará o Paysandu, que perdeu o paraense para o arquirrival Remo e que deve priorizar a Série C.
No grupo dos confrontos equilibrados teremos São Paulo x Bahia, em que o time paulista vem procurando se afirmar com um time relativamente jovem e Fluminense x Cruzeiro, embora o time mineiro tenha um leve favoritismo.
Nos três embates reputados como mais difíceis alinham-se Fortaleza x Athletico Paranaense; Atlético Mineiro e Santos e Corinthians e Flamengo. Corinthians e Flamengo reeditarão o confronto das semifinais de 2018, em que o time carioca foi eliminado.
Nesses três confrontos os especialistas estão apostando no Flamengo, que desta vez passaria pelo Corinthians; no Atlético Mineiro, pelo seu histórico na competição e no Fortaleza, em razão do equilíbrio técnico e do comando do Rogerio. Com relação ao Fortaleza, oxalá estejam certos.
Examinando as duas partidas do Fortaleza, contra o Palmeiras e Athletico fizemos algumas ilações, especialmente com relação ao meio de campo. Iniciamos pela contenção e a conclusão a que se chega é a de que o Paulo Roberto não tem reeditado as suas boas atuações do início do campeonato.
A torcida tem se manifestado em favor da dupla Felipe e Araruna, este produzindo mais no setor de meio campo do que na lateral, embora no jogo contra o Athletico tenha atuado a contento na lateral.
Ainda no meio de campo, embora o termo “posição” esteja quase em desuso no futebol moderno, vez que taticamente os treinadores enfatizam a “função” desempenhada pelo jogador, a conclusão a que se chega é que o time se ressente da ausência de um meia que dê mais equilíbrio ao time.
Na partida contra o Palmeiras o Edinho, em decorrência do apagão total por que passou o time, e ainda em razão da forte marcação do adversário no setor, não teve chances de desenvolver um bom futebol na “função” de meio campista.
Contra o Athletico, porém, teve um excelente rendimento, que deve animar o Rogério Ceni a continuar aproveitando-o nessa posição, vez que teve grande atuação.
O atleta Paulo Roberto Valoura Junior, o Juninho foi regularizado e já se encontra à disposição do Rogério Ceni. O atleta que vinha atuando pelo Ceará, não tem qualquer problema para entrar em campo, visto que não lhe falta ritmo de jogo, pode ressentir-se um pouquinho da falta de entrosamento.
Boa parte da torcida aposta na futura dupla Felipe e Juninho no setor de contenção, haja vista que os dois são bons marcadores, sabem o que fazer com a bola e chutam à média distância.
Muita gente tem feito críticas por avaliar que o Rogério, de forma muito afoita, atua com quatro atacantes, por não ter tido a sensibilidade para enxergar a distribuição tática da equipe, que não é das mais rígidas.
Todos voltam para marcar e o Edinho tem muita liberdade para criar e, inclusive, concluir em gol. Acredito que falte encontrar o ponto do doce apenas com relação ao atacante fixo, que atue mais próximo da pequena área.
A nossa esperança é a de que o Edinho, que não é um neófito, vez que atuava como meia nas categorias de base, possa se readaptar com brevidade à nova atribuição, acabando com a dor de cabeça nossa e do Rogério Ceni.
Por hoje c’est fini.
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