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- ADVÍNCULA NOBRE
- 23 de abr. de 2019
- 3 min de leitura

O TÍTULO É NOSSO E NINGUÉM TASCA!
Antes da primeira partida da final do Cearense poucos avaliavam e acreditavam que o Fortaleza pudesse vir a ser campeão, a não ser os tricolores, que acreditavam no trabalho que estava sendo desenvolvido.
Em primeiro lugar porque havia se classificado no “pau do canto” e graças às defesas milagrosas do Felipe Alves, que salvou o Fortaleza, como aquela cabeçada à queima roupa defendida no último segundo da partida contra o Floresta.
Em segundo lugar porque o nosso rival vinha apresentando uma campanha irreparável, estava invicto na competição, possuía um ataque avassalador e uma das melhores defesas do campeonato, perdendo apenas para a do Fortaleza.
O Fortaleza que iniciou claudicante, começou a apresentar evolução e um padrão de jogo bem definido nos embates com o Guarany e confirmou o seu avanço técnico na goleada aplicada sobre o Vitória por 4 x 0.
Nas partidas contra o Ceará deixou patente que o seu progresso não havia acontecido por acaso, ao apresentar um time bem postado, esbanjando segurança e muito ofensivo.
Essa postura agressiva da equipe surpreendeu e deixou boquiabertos até aqueles que apostavam cegamente no nosso rival, tanto a imprensa como à sua própria torcida, que já se via com a faixa no peito.
O que vislumbrávamos no Fortaleza era uma equipe de muita personalidade, muito voluntária e solidária na marcação, desde à linha ofensiva à defesa e, sobretudo, muita comprometida com os objetivos do clube.
Comprometimento, garra, força de vontade, superação e elevado senso de profissionalismo, desde à Diretoria, Comissão Técnica e jogadores, sem esquecer o papel importante da torcida, foram os ingredientes que compuseram esse prato saboroso e apimentado, cujo tempero maior foi o amor.
Todos merecem os nossos encômios pela conquista desse título importante, o primeiro do segundo centenário e o segundo sob o comando do Rogério Ceni, decididamente um profissional da mais elevada monta.
Falo isso com altivez, pois quando todos o execravam no início do ano passado, até porque vinha fragilizado de uma passagem meio conturbada no São Paulo, eu o defendia e todos que acompanham as minhas mal traçadas linhas são testemunhas.
Por essa razão parabenizo de modo especial esse grande profissional que, apesar de ser cognominado de forma jocosa de “brindado” tem como uma das suas principais virtudes a humildade, e fico a cavalheiro para falar isso porque praticamente não o conheço e nem privo da sua amizade.
Os meus 61 de futebol me permitem ao luxo de fazer avaliações mais comedidas e mais próximas da realidade e ao me posicionar em defesa do Rogério Ceni, não o fiz por pura intuição, mas por ter levado em conta o caráter desse profissional que passou a vida inteira em um só clube, o São Paulo, e sem nenhuma mácula no seu currículo.
Rogério Ceni, que demonstrou caráter e lealdade ao permanecer no Fortaleza, especialmente após o assédio do Atlético Mineiro, necessitava se firmar e escrever o seu nome no cenário nacional como treinador, num momento em que o Fortaleza buscava reassumir o seu lugar de destaque no cenário esportivo nacional.
Na nova função, esteve à frente do São Paulo por 37 jogos e conquistou em 2017 a Flórida Cup. No Fortaleza em 76 jogos conquistou os seus dois primeiros títulos oficiais na nova profissão: Campeonato Brasileiro da Série B de 2018 e Campeonato Cearense de 2019.
Devemos muito ao Rogério Ceni, por tudo que tem feito no Fortaleza, mais precisamente por tê-lo transformado num clube vencedor a nível nacional. O Rogério Ceni é um profissional fadado para ser vencedor. Teve uma carreira vitoriosa no São Paulo e começa a fazer história no Fortaleza.
Somos campeões mediante o trabalho do Rogério Ceni e de todos os tricolores irmanados dos mesmos propósitos e fizemos por merecer esses galardões. Esse título é nosso Nação Tricolor e ninguém tasca!
Por hoje c’est fini.
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