CEARENSE: UMA CONQUISTA DE BRAVOS!
- ADVÍNCULA NOBRE
- 22 de abr. de 2019
- 3 min de leitura

CEARENSE: UMA CONQUISTA DE BRAVOS!
Para os adversários do Fortaleza, o que inclui boa parte da imprensa, especialmente o segmento que trabalha, atendendo a interesses não confessos, para tirar o Rogério Ceni do clube, possivelmente por inveja ou aversão, avaliava que o título do nosso rival eram favas contadas, servindo os dois jogos apenas para confirmação.
Os números arrasadores do time corroboravam com esse ponto de vista. O Ceará chegou à final apresentando números tidos como irrefutáveis, que o credenciavam como virtual campeão: 19 pontos, relativos à 5 vitorias, 4 empates e nenhuma derrota.
Ataque demolidor que havia assinalado 22 gols e a defesa, por sua vez, havia sofrido apenas 6. O saldo positivo de 16 gols, por si só era quase o dobro da artilharia do Tricolor.
Esqueceram apenas de um ponto, muito comum e que de quando em vez se repete de forma frustrante: O Futebol é pontilhado de subjetividade não apresentando, pois, consonância com as ciências exatas.
Na Matemática 2 + 2 são quatro, enunciado que permanecerá imutável até à consumação dos séculos. No futebol 2 + 2 podem ser 5, pois basta uma bola perdida para pôr fim a qualquer teoria científica.
A subjetividade estava no fato de que o Ceará vinha ciando de produção, embora a vitória sobre o Floresta tenha maquiado um pouco a situação. Havia sido desclassificado da Copa do Brasil e da Copa do Nordeste, surpreendido nesta competição pelo Náutico dentro de casa.
O Fortaleza, mesmo passando na bacia das almas pelo Floresta, e deve agradecer muito ao goleiro Felipe Alves, havia vencido o Guarany nas semifinais por dois resultados magérrimos, ambos de 1 x 0, mas vinha de um triunfo esmagador sobre o Vitória, por 4 x 0, animando de vez o torcedor.
O time cresceu ainda mais de produção contra o Ceará, fez 2 gols, mas poderia ter marcado mais, e naquela partida o adversário andou pressionando no final do jogo, mas agia como se não mais acreditasse nas suas probabilidades.
Veio para o jogo de ontem e teve até mais posse de bola, tendo em vista que o Fortaleza, optou por espera-lo no seu campo para sair no contra-ataque, mas o seu domínio era muito frágil e insipiente, como se lhe faltasse atitude.
Essa foi a sensação que me ficou, vez que a meu ver faltou raça ao nosso adversário, como se os jogadores estivessem em campo apenas para cumprir a obrigação. Sentia-se a ausência do “estalo” e do ímpeto, ou como dizem modernamente os treinadores, faltou intensidade.
O Fortaleza foi um time que sabia o que queria, não se acovardou, tanto é que entrou em campo com 4 atacantes, com o objetivo claríssimo de dobrar a marcação e de neutralizar as investidas dos laterais do oponente obtendo sucesso na empreitada.
Até que aos 10 minutos de jogo o Edinho, que não é exatamente um especialista nesse quesito, cobrou com maestria uma falta na entrada da área pela esquerda e a bola se chocou com o travessão sobrando livre para o Roger Carvalho mergulhar de peixinho, como se fora centroavante e decretar a vitória e o título do Tricolor
Vitória merecida. Alguém pode afirmar que o Ceará criou mais chances de gol, tanto é que o Felipe Alves fez milagres quando se fez necessária a sua intervenção, mas na verdade o Fortaleza esteve muito mais perto do segundo gol, do que o Ceará do tento de empate.
O Fortaleza foi muito mais objetivo nas poucas chances que criou e além da tradicional valentia, durante toda a partida esteve muito compenetrado e focado na consecução dos seus objetivos.
Os dois melhores jogadores do Fortaleza no campeonato foram o Edinho e o Osvaldo, seguidos do Felipe Alves e do Felipe, mas todos estiveram num mesmo nível e merecem os nossos parabéns e agradecimentos. Uma conquista de bravos.
Por hoje c’est fini.
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