O FORTALEZA MOSTROU CLARAMENTE QUE CONTINUA EVOLUINDO.
- ADVÍNCULA NOBRE
- 19 de mar. de 2019
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EDINHO - O NOME DO JOGO
O FORTALEZA MOSTROU CLARAMENTE QUE CONTINUA EVOLUINDO.
As nossas ações estão voltadas, evidentemente que para o Cearense, em que na quarta-feira teremos uma verdadeira e importante decisão contra o Floresta, em cujo confronto somente a vitória nos interessará.
Vamos, no entanto, falar um pouco do jogo de ontem, mais um empate, para dizer que discordamos de alguns analistas que classificaram o Clássico-Rei com nota 4. No meu ponto de vista esteve à altura da tradição do maior clássico cearense e um dos maiores do Brasil.
No início do primeiro tempo o Fortaleza foi mais agressivo, tanto é que o Edinho, num lançamento sob medida da esquerda do ataque tricolor, entrou sem marcação, mas não conseguiu finalizar com precisão, perdendo uma grande chance de abrir o marcador.
A partir dos vinte minutos o Tricolor começou a perder terreno, em função da atuação abaixo da média do seu meio campo, que não esteve nos seus melhores dias e que foi dominado pelo adversário, sem contar que não tínhamos um meia de ofício.
Para complicar o Paulo Roberto, sempre muito seguro, errava muitos passes e ainda por cima, perdeu uma bola, que por muito pouco não redundou no gol do Ceará, não fora o Boeck, que praticou uma grande defesa.

BOECK QUANDO CHAMADO A ATUAR FEZ GRANDES DEFESAS
O Ceará passou a fazer blitz na defesa tricolor e o gol estava amadurecendo, até porque colocou uma bola nas traves e pôs o nosso goleiro para trabalhar, que ainda viria a fazer duas grandes defesas. Na minha ótica o Boeck foi um dos melhores da partida.
O gol surgiu num cruzamento vindo da direita, por onde o Ceará concentrou as suas ações, que o nosso zagueiro cortou de cabeça, mas a bola ficou limpíssima para o Baixola que sem marcação assinalou o primeiro gol. Faltou no meu ponto de vista a cobertura de um dos volantes.
No final do primeiro tempo, o Paulo Roberto, que não vinha se segurando em campo, e que vinha com problemas estomacais, foi substituído pelo Dodô, numa decisão de coragem do Ceni, que colocou o time mais ofensivo, ficando apenas com o Felipe para proteger a zaga, que teve essa incumbência facilitada pelo próprio Dodô.
Veio o segundo tempo e só deu Fortaleza, muito mais coeso e mais ofensivo e que poderia ter empatado de cara se o Júnior Santos, num passe de puxeta, como se diz popularmente, do Quintero, não tivesse perdido o gol mais fácil de fazer. O mais difícil era perder e ele perdeu! Uma pena!
O domínio tricolor continuou até que numa bola quase perdida na esquerda do nosso ataque, o Osvaldo cruzou na medida para o Ederson, com 1,70m considerado baixinho cabecear longe do alcance do goleiro do rival, um belo gol.
Aliás, na área o Ederson diz que tem um metro e oitenta e mostrou isso pela impulsão, no momento do gol. Os grandalhões da defesa do Ceará ficaram olhando o nosso baixinho dar uma de beija-flor e parar no ar, similarmente ao “Dadá Maravilha”.
Mais um grande jogo em que eu destacaria praticamente todos os jogadores, até mesmo o Paulo Roberto, que com problemas de saúde mostrou valentia, fazendo lembrar o Quintero que, com um corte que levou 8 pontos jogou como um leão e até fez um gol.
Os laterais estiveram bem, embora o Araruna, pelo que jogou no São Paulo possa render mais, o que é compreensível vez que pouco treinou. O Carlinhos foi muito bom no apoio e sofreu um pouco com o dois em um feito pelo ataque do Ceará no primeiro tempo.

QUINTERO - RAÇA E CATEGORIA
O miolo de zaga esteve impecável e o setor de contenção melhorou no segundo tempo, assim como o de criação, de engenharia, possibilitando o crescimento técnico e tático do Tricolor.
Todo o time merece o meu aplauso, mas o ataque precisa ser mais efetivo. O Edinho foi o melhor jogador do Fortaleza e da partida, seguido de perto pelo Quintero e pelo Boeck. Nota 9 para o time, até porque todos achavam que não tinha forças para enfrentar o todo poderoso Ceará. Não só tem como vem evoluindo.
Por hoje c’ést fini.
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