FORTALEZA – UMA ANÁLISE DO ELENCO
- ADVÍNCULA NOBRE
- 26 de fev. de 2019
- 3 min de leitura

FORTALEZA – UMA ANÁLISE DO ELENCO
Tenho observado com muita atenção e com isenção parte da imprensa questionando os nossos dois times, concluindo que os mesmos ainda não estão prontos para o rojão, ou a jornada das mais difíceis da Série A. Não vou me preocupar com a situação do rival, pois o nosso foco é o Fortaleza.
Fácil de responder sem nenhuma guerra de nervos ou sensacionalismo. Eu, a Nação Tricolor, a Diretoria e o Rogério Ceni sabemos que o time ainda não está pronto, especialmente por contar com alguns claros no elenco e em posições-chaves.
Começamos a nossa análise, evidentemente que pelo gol e a nossa conclusão é de que estamos bem servidos. O Boeck, por exemplo, no último jogo esbanjou categoria e passou confiança para a torcida. O Felipe Alves vem buscando o seu espaço e não tem decepcionado e o Max, sempre que acionado tem dado conta do recado.
O jovem Mateus Jesus ainda não foi devidamente testado, enquanto o Matheus Inácio, mais experiente, sofreu uma contusão séria e ainda se encontra em recuperação. Também é um bom goleiro.
Na lateral direita o Tinga que vinha apresentando cansaço ao final das partidas se recuperou fisicamente e o Diego Ferreira ainda precisa de mais oportunidades para que possamos avaliar o seu desempenho. Ainda temos dúvidas nessa posição.
Na lateral esquerda o Bruno Melo tem se destacado e na minha ótica está mais inteiro que o Carlinhos e deveria ser o titular. O Carlinhos vem atuando com frequência, é um excelente jogador, mas precisa de cobertura, pois tem levado bolas nas costas.
Posso estar enganado, mas a impressão que tenho é que o Carlinhos precisa se recondicionar um pouco mais. Mesmo com esse problema momentâneo, nessa posição não temos carência.
No miolo da zaga temos apenas três jogadores, num setor em que as contusões e suspensões são frequentes: Quintero, Patrick e Roger Carvalho e o mais interessante é que o trio é destro, de modo que aquele que atuar pela esquerda, de certa forma, estará sempre improvisado.
O ideal é que tenhamos pelo menos 5 zagueiros, um dos quais canhoto e outro ambidestro. Analisando por essa ótica ver-se que há um déficit de dois zagueiros e urge que seja feita a contratação de pelo menos um. No jogo contra o Horizonte há o risco da equipe não puder contar com nenhum dos três defensores.
No setor de contenção não temos problemas, haja vista que contamos com o Derley, que também tem atuado na zaga e mais o Paulo Roberto, Romero, Gabriel Dias e Sérgio, todos de excelente qualidade técnica.
Na meia temos apenas o Marlon, que não é meia de ligação e o Dodô, que se houve bem na Série B, mas ainda não demarcou o seu território no retorno, descontando-se o fato de que não vinha jogando necessitando de ritmo de jogo. Não sabemos, contudo, se terá o mesmo protagonismo na Série A. Torcemos e esperamos que sim.
É precisamente na meia que o Fortaleza há que contratar, pelo menos um jogador, visto que num setor dos mais importantes de uma equipe contar apenas com uma opção é uma temeridade. O novo contratado, na minha ótica tem que ser diferenciado, pois não adianta trazer um profissional apenas para compor elenco.
O ataque, entre atacantes que atuam pelas laterais, os antigos pontas, que aos poucos vão ganhando os seus espaços e meias atacantes, posição mais próxima dos antigos pontas de lança, o Fortaleza conta com Madson, Edinho, Mateus Alexandre, Marcinho, Romarinho, Osvaldo e Júnior Santos, num total de 7 jogadores.
O Júnior Santos, não obstante, vir jogando mais enfiado no meio da área, não é centroavante de ofício, de modo que o Fortaleza terá que contratar dois camisas nove e, de imediato, pelo menos um.
No momento em que essas providências forem adotadas e o elenco for montando, quase em definitivo, poderemos então responder à pergunta, afirmando de forma positiva que o time estará apto para participar da Série A.
O que estamos vendo e ouvindo na imprensa, no dia de hoje, mormente daqueles que se acham donos da verdade, é que falta dinheiro no Fortaleza, numa maneira sutil de decrescer o nosso amado clube e de elevar às alturas o nosso rival, como se este estivesse nadando em dinheiro.
O Fortaleza não tem dinheiro, mas afora Flamengo e Palmeiras quem é que tem? O Ceará? Façam-me cócegas que eu quero rir. A falta de dinheiro é um problema de quase todos os clubes brasileiros e não apenas do Tricolor.
Por hoje c’est fini.
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