CEARÁ, DONO DE UM PENTA QUE NUNCA EXISTIU.
- Advíncuila Nobre
- 5 de fev. de 2019
- 3 min de leitura

CEARÁ, DONO DE UM PENTA QUE NUNCA EXISTIU
O Fortaleza, que entrou em campo neste sábado pela terceira rodada da Copa do Nordeste, perdendo para o Botafogo (PB), por 1 x 0, fora de casa, volta aos gramados nesta quarta-feira, às 20 horas, pelo primeira rodada da segunda fase do Cearense, enfrentando o campeão da fase inicial, o Barbalha, teoricamente um compromisso dos mais difíceis.
O Barbalha na primeira fase, disputada por oito clubes em turno único e sem a presença de Fortaleza e Ceará, situação que evidenciamos para a eventualidade de consultas futuras, terminou aquela etapa invicto, numa demonstração inequívoca de ser um time competitivo.
Na fase inicial somou 15 pontos, relativos a 4 vitórias e 3 empates, em 21 possíveis, apresentando um percentual de desempenho de 71,42%. Marcou 12 gols e sofreu apenas 7, saldo de 5 gols.
Em casa e frisamos que mandou os seus jogos no Romeirão em Juazeiro e não em Barbalha, venceu o Atlético por 2 x 1, o Iguatu por 2 x 0, o Floresta por 3 x 2 e o Guarani de Juazeiro por 3 x 0, apresentando um desempenho de 100%.
Fora de casa empatou todos os seus jogos: Guarany de Sobral em 1 x 1; Horizonte em 0 x 0 e Ferroviário em 1 x 1 sendo, pois, o time a ser batido e que, provavelmente exigirá muito do Tricolor de Aço, que entrará em campo buscando a reabilitação.
Nesta primeira rodada da segunda fase, o Ceará que “comprou” o mando de campo do Floresta, transação que foi denominada pela imprensa que lhe é simpática de “acordo verbal entre os presidentes”, se deu bem em todos os sentidos, visto que goleou o time da Vila Manoel Sátiro por 4 x 0.
Os regulamentos não falam em ilegalidade nesse tipo de acordo, que sempre envolve dinheiro e que por essa razão beneficia os clubes detentores de maior poder econômico. Pode não ser ilegal, mas com certeza é imoral e antiético e depõe contra a decência no futebol.
Fosse o Fortaleza que tivesse adotado esse tipo de atitude, estaria sendo execrado por parte da imprensa, que rotularia esse ato como uma manobra para tirar proveito ilegal e indevido. Como foi o Ceará o silêncio é sepulcral.
Quero apenas alertar aos dirigentes tricolores para o fato de que conheço o nosso rival há 60 anos e este, ao longo da história tem sido adepto da filosofia de maquinar visando levar vantagem em tudo, ou da famosa “Lei de Gerson”, que nunca foi escrita e que é uma injustiça para com esse grande craque do futebol brasileiro.
Isso posto, não tenho dúvidas de que o time de Porangabuçu por todos os meios, éticos ou não, tramará para conquistar esse tricampeonato. Digo isso com a autoridade de quem defende a união dos dois clubes fora de campo que, no entanto, tem que ser construída sobre bases sólidas em que pontilhe a honestidade e o respeito mútuo.
A respeito desse penta inexistente, defendo a premissa de que, do mesmo modo que o Mário Degésio o outorgou ao Ceará, ou seja, de ofício, o Mauro Carmélio pode retirá-lo, em nome da verdade, da Justiça e da decência.
Admito, após muitas pesquisas que, considerando a Jurisprudência sobre essas questões, que tem unificado e concedido títulos, embora não oficiais, a diversos clubes, que o Ceará, pode até ser “aquinhoado” com um tetracampeonato, relativos às conquistas do Rio Branco, pela Liga Metropolitana, de 1914 a 1917, mas jamais com um penta.
Isso porque esse penta foi concedido sobre bases desonestas e abomináveis, posto que, em 1918 o campeão oficial da Liga Metropolitana, assim como o Rio Branco o fora nos anos anteriores, foi o Fortaleza. Está na História e ninguém pode mudar ou alterar o seu curso.
O Ceará inconformado, e basta ´pesquisar para comprovar, fez um torneio de compadres, junto com o Maranguape, seu aliado de todas as horas, à revelia da Liga Metropolitana e por meio desse ato desonesto e ilícito, foi “presenteado” com um penta que nunca conquistou.
Não sou contra o time de Porangabuçu conquistar títulos, sou contra a conquista desonesta, antiética e indecente como a do Penta, razão por que defendo a premissa de que a Federação, na busca da verdade e da justiça, deveria nomear uma comissão, formada por pessoas de reputação ilibada e de reconhecida neutralidade, para apurar este fato. Com a palavra o departamento Jurídico do Fortaleza.
Por hoje c’est fini.
Комментарии