CAUTELA NA AVALIAÇÃO DAS CONTRATAÇÕES.
- ADVÍNCULA NOBRE
- 8 de jan. de 2019
- 3 min de leitura

CAUTELA NA AVALIAÇÃO DAS CONTRATAÇÕES.
O novo atacante do Tricolor tem DNA de craque. É sobrinho do zagueiro Fernando, que fez sucesso no Flamengo e no Vasco. Teve inúmeras dificuldades para seguir a carreira pelo fato de ser franzino. Chegou ao Fluminense em decorrência das boas atuações num campeonato de favelas, em que defendeu a Vila Vintém.
Descoberto pelo empresário Tiago Guadagno, o seu destino seria o Flamengo, contudo diante da família e dos representantes do clube recusou a proposta, deixando a todos atônitos. O motivo veio à tona: havia sido recusado em uma peneira do Flamengo por ser muito magrinho.
Foi para o Fluminense que consoante o jogador “o formou como homem e como atleta”. Antes de ir para o clube das Laranjeiras passou uma semana treinando no Palmeiras, foi aprovado, mas a distância da família o fez desistir. Esse é o atleta que está chegando e a quem desejamos sucesso.
Não conheço muito o seu estilo, mas pelos cartões que levou defendendo o Fluminense chego à conclusão de que deve auxiliar muito na marcação, pois não acredito que seja indisciplinado e que leve cartão amarelo de graça.
O Mateus chegou ao Fluminense em 2012. Em 2012 e 2013 atuou pelo Sub-17. Em 2014 e 2015 atuou pelo Sub-20, sagrando-se campeão brasileiro da categoria em 2015. Em 2016 foi emprestado ao Galícia (BA) pelo qual fez 14 jogos, entre Série D e campeonato baiano.
Voltou ao Fluminense e em 2017 atuou em 20 jogos assinalando 1 gol. Em 2018 atuou em 36 partidas e passou em branco. Enquanto profissional fez 70 partidas e marcou apenas 1 gol, uma vez que não consta na passagem pelo Galícia registro de gols.
O Marcinho, e todos nós queríamos que continuasse no Tricolor, ao chegar no início do ano passado foi bastante criticado porque não marcava gols, acredito que todos lembrem desse fato. Os números do Marcinho são melhores, pois em 89 jogos assinalou 10 gols.
Sabemos, no entanto, que o Marcinho, assim com o Mateus Alessandro são jogadores que puxam o ataque, fazem as jogadas ofensivas mais agudas e servem os atacantes de área, de modo que a crítica antecipada, sem que o jogador tenha a oportunidade de mostrar os seus atributos me parece precipitada. De repente pode ser um novo Marcinho.
É necessário que a verdade apareça translúcida e transparente: O Fortaleza em momento algum anunciou a contratação do Jean Mota ou do Hernando. Os nomes surgiram como fruto dessa especulação, na maioria das vezes alimentada pela imprensa que, não raro, atrapalha negociações em andamento.
Na maioria dos casos os próprios “agentes”, nome mais apropriado do que “empresário” plantam na imprensa, e não sei se pagam por isso, a notícia de que vários clubes estão interessados em determinado jogador, com o fito de valorizá-lo, portanto dizer que o Fortaleza levou “rasteira” do Bahia é uma “falácia”.
Quem me conhece sabe, de antemão, que não sou se criticar contratações, sem que o jogador tenha algumas oportunidades para desenvolver e mostrar o seu futebol. Conhece também a minha tese de que um bom time deve ter, pelo menos, três referências.
Sem querer, evidentemente interferir no trabalho, da diretoria, que vem sendo feito de forma criteriosa, defendo a proposição de que, a rigor, o Tricolor ainda não tem essas referências, excetuando o Boeck, que já é da casa.
O goleiro Felipe Alves poderia ser uma referência, contudo, não obstante ter uma Copa Sul-Americana no currículo, conquistada no ano passado pelo Athlético (PR), não teve na sua carreira um clube em que tenha sido titular absoluto. Em que pese ser um bom goleiro, não tem ainda o status do Boeck.
O Paulo Roberto, que veio de um grande time, por quem conquistou o Brasileiro de 2017, não tem uma história de titularidade no time mosqueteiro, apenas 22 jogos em 2 anos.
Chegou ao clímax ou ao auge da carreira no Figueirense, por quem fez 85 partidas em 3 anos, de 2013 a 2015. É experiente e pode contribuir muito com o Fortaleza, quanto a ser referência só o tempo dirá.

Sem desmerecer os demais contratados, a exemplo do Madson, que não sabemos a quantas anda o seu futebol, no meu ponto de vista o Pedro Junior seria o jogador, com maior tendência para ser uma referência no time, atuando como centroavante.
Evidentemente que temos que esquecer o “estilo Gustavo”, vez que o Pedro tem muito mais habilidade e costuma penetrar na área com a bola dominada. Vou apostar nele as minhas fichas.
Continuo defendendo a premissa de que precisamos de um meia de ligação diferenciado e capaz de liderar esse time na Série A, além de um bom zagueiro. Acredito que a diretoria também comungue com essa linha de pensamento.
Por hoje c’est fini.
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