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CLÁSSICO-REI: 98 ANOS (OFICIALMENTE).

TOQUE DE LETRA

ADVÍNCULA NOBRE



TOQUE DE LETRA

ADVÍNCULA NOBRE

CLÁSSICO-REI: 98 ANOS (OFICIALMENTE).

ONTEM, historicamente, foi um dia que se configurou como muito importante para o Fortaleza, isto porque em 1967, há 51 anos, ao vencer o Ferroviário por 3 x 2, sagrou-se Campeão Cearense da nossa principal competição.


A vitória foi consignada com 2 gols de Croinha e um do Coelho. Nossa homenagem ao Croinha, o segundo maior artilheiro da história do Tricolor, perdendo apenas para o Geraldino Saravá.


Os seus gols, sem esquecer o do Coelho, o do título, vez que foi o de desempate, contribuíram para que o Fortaleza recuperasse a hegemonia do futebol cearense, em poder do América.


Em função deste acontecimento histórico, e permanecendo fiel à história do nosso futebol aproveitamos o ensejo para contestar essa afirmação de que o Clássico-Rei no dia de ontem completou 100 anos.


Discordamos. Oficialmente e filiada a CBD, denominação da CBF, à época, a FCF foi fundada tão somente no dia 23 de março de 1920, quando então tiveram início os campeonatos oficiais, de modo que o primeiro centenário dos confrontos entre os dois clubes, só ocorrerá em 2020.


Ademais contestamos o Penta do nosso rival, isto porque, em caráter oficial, ou seja, chancelado pela Liga Metropolitana, o Fortaleza foi o campeão de 1918, fato que faz parte da história, acontecimento que coloca ano ralo a pretensa conquista do nosso rival.


Inconformado com a conquista do Fortaleza, logo no início da sua trajetória, o Ceará promoveu, em parceria com os seus aliados, um torneio “paralelo”, disputado sem aquiescência da Liga, que viria depois de quase cem anos respaldar essa conquista inexistente, tanto sob o ponto de vista da História como da Moral.


Escudado nesse motivo e ainda numa frase de um escritor, presumidamente tricolor, que fazia alusão ao Penta, o Mário Degésio, então presidente da FCF, de ofício, seguindo disposição do TJD-F, outorgou ao nossos rival o título fajuto de pentacampeão cearense. É a velha história de “atirar com a pólvora dos outros”.


Lembramos apenas, por oportuno, que o Mário Degésio, que outorgou graciosamente 5 títulos ao Ceará, de mão beijada, foi o mesmo que se declarou numa entrevista de rádio e televisão “inimigo público número um do Fortaleza”, afirmação esta que confirma o seu partidarismo.


Ficamos até constrangidos em fazer esse tipo de comentário, por se tratar de uma pessoa que não mais se encontrar entre nós e porque nutrimos respeito pela sua família, mas como se trata de um fato histórico não há como não fazermos o registro.


Mesmo diante do seu ranço e autoritarismo, rogamos a Deus, pai de infinita bondade, que perdoe os seus pecados. Quanto a nós estamos tentando perdoá-lo, mas fica difícil. Nem o tempo abrandou a nossa decepção.


Em que pese defendermos com convicção a união fora de campo entre os dois clubes, que será por demais benéfica para o futebol cearense, mormente na administração do Castelão, essa é uma causa pétrea, inegociável e da qual não abrimos mão.


Defendemos a premissa de que não há como reescrever a História ao nosso feitio, similarmente ao que fez o Time de Porangabuçu ao criar uma competição, para ser campeão e para burlar a “verdade histórica” e ainda se dar bem no futuro.


Essas coisas só aconteciam na “Idade Média em que cada imperador tinha o seu escritor particular”. Por todas essas nuances vamos continuar lutando para que a verdade prevaleça e para provar a nossa tese, não por ouvir dizer, mas embasados em fatos históricos.


Com a graça de Deus e com o apoio do Departamento Jurídico do Fortaleza, dos demais dirigentes e da torcida conseguiremos provar a inexistência desse Penta. . Esse assunto não pode ser tabu para o Fortaleza. Temos que esmiuçá-lo.


A propósito, conforme prática que o Ceará adotou por algumas vezes no decorrer da primeira década da existência oficial do futebol cearense, o nosso rival, tendo a hegemonia perdida, retirou-se do campeonato de 1920, ou como se diz popularmente, “correu de campo”.


Essa decisão estapafúrdia, que tinha como escopo rebelar-se contra a Federação, aconteceu por diversos motivos. No maios inusitado, por discordância com os jornais da época, que apontavam o Guarany como o clube de maior torcida, com 49,6% de preferência; ele próprio, em segundo, com 28,6; o Fortaleza em terceiro com 12,9% e os demais clubes com 9,8%. Essa história poucos, ou nem todos contam.


À demain!




 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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