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HOMENAGEM AO GERALDINO SARAVÁ


Cassiano (Filho do Geraldino) - Advíncula Nobre - Geraldino Saravá


O Projeto Leão 100, que prima pelo resgate da nossa história é comandando pelo Dr. Rolim Machado e coordenado pelo Dr. Daniel Levi e outros importantes colaboradores e assessorado pelo Fábio Marques, Assessor de Imprensa do Fortaleza.


Ontem na Sala de Imprensa Dr. Carlos Rolim homenageou, por merecimento e por uma questão de justiça, um dos grandes artilheiros da história tricolor, o Geraldino Saravá que, a exemplo de outros ícones tricolores, deu uma inestimável parcela de contribuição para as conquistas do Tricolor nestes cem anos.


O jogador, que defendeu o Fortaleza nos anos 70, se configura como um dos maiores artilheiros do clube em todos os tempos, perdendo tão somente para o Croinha, o atleta que mais fez gols com o manto sagrado tricolor.


Um grande feito, em termos proporcionais, principalmente se atentarmos para o fato de que o Croinha atuou em um número maior de partidas.


Pesquisas, no entanto, estão sendo efetivadas pelo clube, visando determinar o gols marcados pelos seus grandes artilheiros e pelo que se deprende a tendência é a de que, após os dados serem computados e coligidos, o Geraldino aflore como o maior artilheiro do clube em toda a sua história.


“José Geraldo Olímpio de Souza, o Geraldino Saravá, um dos meus ícones, é natural de Ipaumirim, tem 68 anos e reside em Juazeiro do Norte. Em sua carreira, brilhou com as camisas de Fortaleza e Icasa, clubes nos quais pontifica como um dos seus ídolos mais expressivos, pela dedicação, fibra e amor com que os defendeu.


Notabiliza-se por ser o maior artilheiro da história do Castelão, com 98 gols, e do Estádio Romeirão, em Juazeiro, com 72 gols. Foi artilheiro do Campeonato Cearense de 1976, com 26 gols. Pelo Leão do Pici conquistou os títulos estaduais de 1973 e 1974 e a Copa Estado do Ceará de 1974.


Jogou ainda no nosso rival onde teve uma breve passagem, até porque não tinha raízes sólidas com o mesmo e ainda no Guarany de Sobral, Ferroviário, Tiradentes, Sampaio Corrêa e Campinense e por onde passou foi artilheiro.


Uma das perguntas dirigidas ao jogador durante a Coletiva, formulada pelo setorista Jorge Telmo, se reportou à origem do apelido “Saravá”, eternizado por Vilar Marques, que se encontrava ontem no Pici e pelo Júlio Sales, prontamente respondida.


O Geraldino explicou que veio do fato de que, quando entrava em campo, era possuído por uma visão que lhe dava sinais claros sobre a sua produtividade na partida. Quando olhava para as traves e estas se alargavam, significava que marcaria gols, tanto é que falava com convicção para os defensores e em especial para o Lulinha: “Segura aí que aqui na frente eu garanto”.


Quando as traves permaneciam no lugar, a leitura era de que não faria gols, situação que efetivamente se confirmava. Essa espécie de premonição, ao ser descoberta pela imprensa, foi considerada com sobrenatural ou de natureza espiritual, originando o apelido “Saravá”.


Indagado sobre o gol mais importante que marcou pelo Fortaleza afirmou ser aquele que até hoje se configura como inesquecível, assinalado no dia 23 de março de 1975, pela decisão de 1974, em que o Fortaleza ganhou do Ceará por 1 x 0. A importância da vitória deveu-se ao fato de que o Ceará jogava pelo empate e a vitória proporcionou ao Fortaleza o direito de ir para a partida decisiva, em que se sagraria campeão.


Perguntei-lhe se na sua ótica, no futebol atual, havia algum jogador que se assemelhasse às suas características de aliar velocidade, força física e capacidade de chutar. Respondeu que não, nem mesmo na seleção brasileira, tanto é que os seus atacantes passaram cerca de cinco jogos, e até uma Copa inteira sem fazer gols, o que é inconcebível.


Ao receber a placa em sua homenagem o Geraldino agradeceu muito emocionado, afirmando que deve tudo na vida ao Fortaleza, que lhe deu condições para que vivesse com tranquilidade e formasse os filhos e netos.


Ficou abismado com a grandeza das instalações do Pici, que considerou de time de Série A, afirmando que na sua época eram muito precárias. Para se ter uma ideia, o Geraldino, ao lado do seu filho Caetano, ficou hospedado no Hotel Otoni Diniz, que lhe ofereceu serviços de primeira qualidade, no mínimo três estrelas.


O Geraldino é uma pessoa extrovertida, de bem com a vida, que respondeu todas as perguntas sem pestanejar, com alegria, espontaneidade e bom humor e que emocionou a mim e o Araújo, ao me reconhecer e informar que acompanha diariamente o Fala Leão e as nossas lives.


Os nossos agradecimentos a esse eterno craque tricolor, goleador na acepção da palavra, cujo número de gols marcados pelo clube, dificilmente, será igualado no centenário que ora se inicia. Parabéns ao Tricolor e de modo especial ao Dr. Rolim Machado por esse resgate precioso da nossa história e por esse preito de gratidão que vem sendo feito aos que contribuíram para construí-la.


À demain!


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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