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O FORTALEZA DEIXOU DE SER APENAS COADJUVANTE PARA SER PROTAGONISTA.

O FORTALEZA DEIXOU DE SER APENAS COADJUVANTE PARA SER PROTAGONISTA.




Com relação à nossa conquista da Série B de 2018 não poderia me abster de me pronunciar e de me posicionar diante da desfaçatez de algumas pessoas, inclusive da imprensa, de procurar tirar o seu mérito.


Gostaria de afirmar, sem pestanejar e sem medo de errar que estamos nos reportando às pessoas que estão com uma certa “dor de cotovelo” ou que carecem de melhores informações.


Para minimizar a importância do nosso título e visando desmerece-lo argumentam que essa foi a Série B menos qualificada tecnicamente da História, o que absolutamente não é verdade.


O nosso rival participou de 17 edições da Série B, das quais o Fortaleza interveio em 12 e em nenhuma delas haviam os chamados medalhões ou pesos pesados do futebol brasileiro, que somente começaram a frequentar a divisão, de forma amiúde, a partir de 2003.


Nessa lista não está incluído o certame de 1992, em que o Grêmio participou ficando em 9º lugar, decididamente uma posição incompatível com o seu poderio econômico e técnico. Naquele ano o Paraná foi o campeão, o Fortaleza foi o 7º e o Ceará o 10º.


Nesses 17 certames, que vão de 1981 a 2002, último ano que não contou com a participação de tops de linhas do futebol brasileiro, vez que em 2003 o primeiro a chegar foi o Palmeiras, a melhor posição do Ceará foi um 8º lugar, em 1989 e 2001. A pior foi em 2000, 22º.


O Fortaleza, nesse período foi quem chegou mais perto do título, vez que em 2002 e 2004 conquistaria o vice-campeonato, sendo que em 2002 foi bastante prejudicado pela arbitragem no jogo decisivo em Criciúma.


Em todos esses anos em que os participantes eram do porte de Ceará e Fortaleza e a grande maioria inferior, especialmente nos anos em que a competição se encontrava bastante inflada, como em 1996, que contou com 96 clubes a conquista do título era possível.


Ocorre que o nosso futebol ou estava decadente ou avaliava que participar já era um grande feito ou, por outra, lhe faltava ambição. Enquanto isso times pequenos foram sendo campeões nas barbas do Ceará e do Fortaleza, a exemplo de Gama, Usina São João, Uberlândia, Vila Nova (MG), Tuna Luso, Juventus (SP) e Campo Grande (RJ).


Nos anos citados as equipes tecnicamente mais qualificadas se equivaliam aos nossos clubes, como Goiás, Guarani, Sport, Santa Cruz, Náutico, Coritiba, Bahia, Londrina, Juventude, Vila Nova, Figueirense, Ponte Preta, Paysandu, Sampaio, ABC, CRB, Criciúma, Atlético Goianiense, Atlético Paranaense e América Mineiro.


As grandes equipes sempre acostumadas às grandes conquistas, não se fizeram de rogadas e foram campeãs, corroborando com o nosso ponto de vista de que se a Série B não fosse importante elas não brigariam pelo título.


Sagraram-se campeões: Palmeiras, Botafogo, Vasco, Corinthians, Atlético Mineiro e Grêmio. De porte médio e de mesmo nível dos nossos dois clubes: Atlético Paranaense, América Mineiro, Paraná, Sport, Guarani, Criciúma, Juventude e Atlético (GO).


Numa análise mais imparcial e racional diria que aquele foi um período negro do nosso futebol, ou de estagnação, pois não há como admitir que clubes do porte e da grandeza do nosso rival e do Fortaleza, não sejam capazes de, em 17 anos, de conquistar um único título da Série B.

A partir de 2003, com o evento dos pontos corridos e a chegada de grandes clubes a Série B passou a ser por demais valorizada, rivalizando em alguns casos com a Série A, tanto pela participação de clubes com títulos nacionais, como pela adesão do público.


Ademais os times de menor porte técnico passaram a figurar nas Séries C e D. A exceção na Série C ficou por conta da participação de clubes tradicionais mergulhados em crises técnicas: Fluminense, Santa Cruz, Fortaleza, Avaí, Criciúma, Bahia e vitória. O Santa Cruz, inclusive chegou à Série D.


Neste ano, contrariando os que procuram desvalorizar a competição, afirmando que foi a mais fraco tecnicamente de todos as edições, tivemos a participação de 14 campeões brasileiros nas 4 divisões. Somente o Fortaleza, que detinha cinco vice-campeonatos, Ponte Preta, Brasil de Pelotas, São Bento, Figueirense e CRB não tinham títulos.


Coritiba e Guarani foram campeões da Série A. Da Série B: Goiás, Coritiba, Paysandu, Guarani, Atlético Goianiense, Criciúma, Juventude, Londrina, Sampaio Corrêa. Série C: Atlético Goianiense, Criciúma, Sampaio Corrêa, Vila Nova, CSA, Boa Esporte, Oeste e Avaí. Série D: Sampaio Corrêa.


Não entendo as razões que embasam a corrente de pensamento que procura desmerecer a importância da Série B deste ano. Será que busca a audiência por meios trôpegos ou tortuosos? Um certame com tantos clubes campeões e tradicionais, jamais poderia ser fraco tecnicamente.


Valeu a nossa conquista e agora vamos nos preparar, de forma bem planejada, para alçarmos voos mais altos. O Fortaleza, definitivamente, deixou de ser apenas um coadjuvante para ser protagonista.


Por hoje c’est fini.




 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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