A ESPERANÇA SERÁ O OXIGÊNIO DA NAÇÃO TRICOLOR
- ADVÍNCULA NOBRE
- 7 de nov. de 2018
- 3 min de leitura

A ESPERANÇA SERÁ O OXIGÊNIO DA NAÇÃO TRICOLOR
Ainda não foi ontem que soltamos da garganta, preso há várias décadas, o grito de Campeão do Brasil. Essa saga começou em 1960 quando disputamos com o Palmeiras o título da Taça Brasil que, posteriormente seria equiparada, com muita justiça, ao Brasileirão.
Este torneio, disputado de 1959 a 1968, foi criada pelo então presidente da CBD – Confederação Brasileira de Desportos, atualmente CBF, João Havelange e reunia os campeões estaduais, tendo como intuito indicar os representantes brasileiros para a Taça Libertadores da América.
Foi regionalizada e disputada no sistema mata-mata, nos moldes da Copa do Brasil, segundo o seu criador, em função das grandes distâncias existentes no nosso país e das dificuldades de transportes da época.
O campeão do Zonal Norte e Nordeste disputava o título com o campeão do Sul/Sudeste, desse modo o Tricolor, campeão do Zonal Norte e Nordeste em 1960 e 1968, conquistou dois vice-campeonatos, 1960 e 1968.
Na história recente o Tricolor viria a ser vice-campeão pela Série B em 2002 e 2004 e pela Série C em 2017, de forma que ontem, eu que acompanhei toda essa história, esperava em Deus soltar o grito entalado na garganta e extravasar todas as alegrias contidas e represadas em meu coração e em todo o meu ser durante todos esses anos. Não foi possível e o sonho continua.
Não o conseguimos porque tivemos um adversário, contra o qual o Fortaleza não tem levado vantagem, existindo uma espécie de estigma nos confrontos com o mesmo e que precisamos extirpar como quem arranca com raiz e tudo um tumor maligno.
Não podemos tirar o mérito do CSA, contudo, o Fortaleza não repetiu ofensivamente as suas boas atuações dos últimos embates e defensivamente, mormente no segundo tempo, cometeu algumas falhas que nos permitiam antever que o empate poderia surgir a qualquer momento, sendo retardado em função das boas defesas do Boeck.
Pelos 36 minutos, uma cobrança de corner encontrou a nossa defesa, mais uma vez desatenta, tanto é que a bola cruzou toda a extensão da meta sobrando na esquerda do ataque adversário para o atacante livre tocar de peito e consignar o empate que nos tirou essa conquista ansiada com tanto ardor.
Fiquei com a mesma impressão do Boeck de que o atacante do CSA se encontrava impedido, contudo, o lance foi muito rápido e ninguém mais reclamou. O certo é que esse gol frustrou as nossas pretensões e concorreu para que o nosso sonho se esvaísse momentaneamente.
Não é choro de perdedor, uma vez que o empate para nós teve sabor de derrota, porém, mais uma vez fomos garfados pela arbitragem que, no segundo gol tricolor, que seria o do título, enxergou uma falta Mandrake e, não satisfeito, deixou de marcar uma penalidade máxima incontestável cometida sobre o Gustavo.
Nessa reta final a nossa diretoria deve ficar atenta porque ainda podemos ser garfados mais vezes pelos senhores do apito, ou pelos “homens de preto” como dizia o Mário Viana, os quais, possivelmente, atendem a interesses que não são os nossos. Há que protestar, pois é melhor prevenir do que remediar.
Nem tudo está perdido. Temos que fazer 3 pontos em 9 a serem disputados e teremos uma partida dentro de casa, contra o Juventude, que será, indubitavelmente, a mais importante dos 100 anos de história do Tricolor. Ficou difícil, mas o comando das ações ainda é nosso.
O título pode surgir contra o Avaí, pode sim, mas temos que fazer um planejamento para essas três partidas em que a nossa meta deve ser, no mínimo, de conquista de 4 pontos. O desempenho do Fortaleza na competição é de 61,9% que multiplicado por 9 pontos em disputa redundaria em 5 pontos.
Mantendo esse desempenho seremos campeões, não sendo demais lembrar que poderemos conquistar o cetro máximo com mais 3 pontos. Basta nos concentrarmos no objetivo com determinação, esforço e denodo e conquistaremos esse título inédito, em função do qual todos nós passaremos a respirar daqui para a frente. A esperança será o nosso oxigênio.
Por hoje c’est fini.
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