QUEM SONHA PARA O ALTO PARA O ALTO SE DESTINA
- ADVÍNCULA NOBRE
- 31 de out. de 2018
- 3 min de leitura

Os que acompanham as minhas mal traçadas linhas sabem que eu vinha defendendo a premissa de que a partida contra a Ponte Preta seria umas das mais difíceis do Fortaleza nessa reta final e não por acaso.
A minha tese se embasava no fato de que a Ponte Preta, um dos poucos times invictos nos confrontos com o Fortaleza, além de vir em ascensão, até então, detinha a primeira melhor campanha fora de casa, ao lado do Avaí, ambos com 25 pontos.
Ocorre que o time catarinense somava 25 pontos em 52 conquistados, apresentando um percentual de aproveitamento, enquanto visitante, de 48%. Em contrapartida a Ponte conquistara os mesmos 25 pontos em 46, ostentando um percentual de desempenho de 52% que a colocava, em termos percentuais, como detentora da melhor campanha.
Tinha ainda o handicap de não ter perdido fora de casa para nenhuma equipe do G-4, a exceção do Avaí, contra quem se digladiará apenas na última rodada.
No G-4 empatou com o Fortaleza em 1 x 1; com o Goiás em 2 x 2 e venceu o CSA por 2 x 1. Fora do grupo de classificação perdeu para o Atlético Goianiense por 2 x 0 e empatou com o Vila Nova em 0 x 0, que são as duas equipes com chances de adentrar no G-4 nesta rodada. Dessa forma em 18 pontos possíveis conquistou 6, apresentando um percentual de aproveitamento de 33,33%.
Alguém pode se contrapor ao nosso raciocínio para redarguir que 33,33% é um percentual muito pequeno, o que não deixa de ser verdade, contudo, gostaria de lembrar que esses confrontos, em condições adversas, não aconteceram com equipes que estavam no meio da tabela ou no fundão, mas com times que lutam pela ascensão.
Não bastasse vinha de 3 vitórias consecutivas, uma das quais fora de casa contra o CSA, então segundo colocado, de modo que o time campineiro, fora de casa, vem apresentando uma excelente performance, uma vez que, terminada a 33ª etapa se manteve em segundo lugar com 26 pontos, perdendo para o Avaí, ora com 28.
Tudo isso eram obstáculos a serem transpostos pelo Fortaleza que, em que pese ter dominado o jogo, deixou a desejar no tocante às finalizações. Faltou um pouco mais de capricho, mormente no arremate do Romarinho, em que o Marcinho fez tudo correto e de forma desprendida tocou para que ele, com o gol à disposição consignasse o gol da virada.
O Romarinho, entretanto, fez o mais difícil, que era perder o gol, igualzinho ao que acontecera com o próprio Marcinho, contra o Paysandu, a diferença é que naquele embate o Fortaleza saiu vitorioso e o erro não impactou tanto.
Por outro lado, e repito que não sou o dono da verdade, o meio de campo poderia ter sido mais incisivo e proativo no tocante à exploração do Marcinho, numa excelente noite. Faltou alguém para enxergar isso dentro de campo, ou aquele jogador que agisse como auxiliar-técnico dentro das quatro linhas.
Via de regra todo time tem esse meio-campista experiente e é exatamente por essa razão que comento esse fato, uma vez que, esse discernimento e maturidade só vem com o tempo e o Dodô ainda é muito novo e, como dizem os cariocas, ainda terá uma longa caminhada para ficar mais “cascudo”.
Todos nós ficamos um pouco decepcionados com esse empate, inclusive, tenho certeza, os jogadores, entretanto, em mantendo o percentual de 61,6% o Tricolor conquistará 9 pontos e dificilmente será alcançado. Esse deve ser o planejamento e o escopo da comissão técnica e do time.
E como chegar a tanto? Significa dizer que não há mais margem para derrotas dentro de casa, donde se conclui que terá que vencer o CSA e o Juventude e fora dos seus domínios terá que triunfar em 1 dos 3 confrontos: Atlético, Avaí ou Coritiba. Difícil, mas não impossível. Ou por outra empatar os três.
Essa nossa projeção não leva em conta os confrontos diretos que ainda ocorrerão entre os oponentes tricolores, todavia, um planejamento deve ser feito visando atingir ao teto e não ao piso, pois, conforme gosto de afirmar “quem sonha para o alto no para o alto se destina”.
Por hoje c’est fini.
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