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O CASTELÃO FICOU PEQUENO PARA A NAÇÃO TRICOLOR!


Nem nos meus sonhos mais otimistas e até intimistas, que são aqueles que não temos a coragem de confessar, eu poderia imaginar que chegasse um dia em que pudesse fazer essa afirmação, e o mais importante, sem ser ridicularizado: “O Castelão, de repente, ficou pequeno para a Nação TRICOLOR”.


O Fortaleza colocou nas arquibancadas, oficialmente, 57.223 torcedores, contudo, na avaliação de sócios, torcedores e membros da imprensa, havia muito mais e por que? Por acaso o clube passou os pés pelas mãos e vendeu mais do que o permitido?


Seguramente não, até porque a diretoria tricolor é das mais responsáveis e não colocaria de sã consciência o seu torcedor em dificuldades, ou o submeteria a constrangimentos, até porque seria desumano.


Ocorre que a média de sócios que compareciam às partidas era em torno de 8.000 e neste jogo quase dobrou, comparecendo um número próximo dos 15.000, que pôs por terra todo o planejamento para este jogo.


Alguém pode dizer que essa avalanche poderia ter sido prevista. Poderia sim, mas ocorre que em jogos com igual apelo, ou até maior, não havia ainda acontecido esse caos, especialmente no Setor Premium, do qual eu, por exemplo, fui vítima.


Fiquei esperando um conselheiro que se submeteu recentemente a uma intervenção cirúrgica e que não poderia ir com a esposa para o meio da multidão, objetivando acomodá-lo no camarote e quando me desincumbi da tarefa faltavam somente 15 minutos, não tendo mais lugar no Premium e tampouco as pessoas, a princípio, atentaram para o fato de que tenho direitos prioritários.


O que fazer, crucificar o Fortaleza? Avalio que não, porque o clube necessita de arrecadação e de recursos para quitar os seus compromissos, inclusive salariais, uma vez que as despesas são muitas e infinitamente elevadas.


A solução que será buscada e que se me apresenta como a mais sensata, passa pelo check-in, particularmente para o Setor Premium, onde as vagas são mais limitadas. Posteriormente, se houver necessidade de confirmação de reserva para outros setores, que o serviço seja estendido aos mesmos.


O essencial é que os problemas sejam solucionados tempestivamente, dentro das alternativas existentes. O importante é que, mesmo diante dessas dificuldades não aconteceram problemas outros de maior gravidade e que o Fortaleza, com o apoio dessa multidão de adeptos, conquistou uma vitória heroica e memorável.


O Tricolor não foi brilhante, é verdade, até porque voltaram a ocorrer muitos erros de passe, particularmente no meio campo, e o ataque, um tanto quanto isolado, não conseguia se impor à defesa do adversário, que esteve sempre muito atenta, marcando com muita eficiência.


O Fortaleza, no entanto, para usarmos palavras muito em voga no futebol, foi o clube de mais intensidade, que buscou mais volúpia o gol e que criou melhores condições para tal e, quando atacado teve no Boeck um goleiro seguro que, praticou cerca de três importantes defesas.


O Rogério fez umas substituições que, de certa forma nos surpreenderam, por serem heterodoxas, como a do Jussani pelo Wilson, um zagueiro por um atacante, recuando o Felipe para a zaga que, por sinal, se houve bem.


Já tinha substituído o Marlon, que no meu entendimento jogou muito e, principalmente para o time, fazendo entrar o Romarinho, de características completamente diferentes e que teve que sair, em razão de uma contusão séria, entrando no seu lugar o Leonam.


Em função dessas alterações o Wilson ficou posicionado pela direita e o Leonam pela esquerda, proporcionando um pouco mais de estabilidade, na direita para o Tinga e na esquerda para o Bruno Melo, além de auxiliar o meio de campo. Graças a Deus deu certo.


Uma festa indescritível nas arquibancadas e aproveitamos para parabenizar a torcida e, sobretudo, o Paulinho do Mosaico, competentíssimo, desses que proporcionam para o mundo um espetáculo emocionante e de grande beleza plástica.


Fazia tempo que eu não via o Fortaleza vencer uma partida diante de um público de cerca de 60.000, ou beirando à essa casa e, tampouco, uma demonstração tão contagiante de amor a um clube, por parte de uma torcida que, indubitavelmente se configura como uma das mais apaixonadas e fiéis do nosso país. Haja coração!


Por hoje c’est fini.


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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