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PARA ALCIDES SANTOS EU TIRO O MEU CHAPÉU.


ALCIDES SANTOS - SEXTO DA ESQUERDA PARA A DIREITA - FOTO DIVULGAÇÃO


Ontem falamos do Centenário do Fortaleza, uma festa emocionante em que foram prestadas homenagens aos ex-presidentes, que contribuíram efetivamente para a história recente do Fortaleza.


Poderia citar os nomes de todos os presentes e que fazem parte da história viva do Tricolor de Aço, mas posso pecar por omissão, incorrendo no risco de ferir suscetibilidades. Encerro a assunto afirmando que foi uma homenagem justa e merecida.


Antes do desfecho final, que culminou com a queima de fogos, às 19h18m podemos nos deleitar com uma pequena participação musical do Fagner, que com certeza foi surpresa, um verdadeiro presente para os que apreciam a boa música e que são fãs, incondicionais do grande cantor tricolor, dentre os quais eu me incluo.


O mestre de cerimônia foi o Júlio Sales e eu poderia até dizer que em parceria com o presidente Marcelo Paz, que fez questão de chamar para o palco, os presidentes de todos os órgãos tricolores: Demétrius Coelho, Conselho Deliberativo; Júlio César Hipólito, Conselho Fiscal e Advíncula Nobre, Conselho de Ética, agradecendo a todos, pelos esforços conjuntos em prol do engrandecimento tricolor.


Fiel à política de resgatar a memória tricolor, particularmente com relação à atletas que construíram um quinhão dessa história, a diretoria agraciou com placas de reconhecimento dois grandes ex-atletas tricolores.


O zagueiro Celso Gavião que, afora os títulos conquistados pelo Fortaleza foi campeão mundial pelo Porto e o goleiro Cícero Capacete, os quais inscreveram definitivamente os seus nomes no rol dos grandes ídolos tricolores e passam a fazer parte do panteão sagrado do Tricolor de Aço.


Não poderíamos deixar de nos reportar nesses 100 anos, aos grandes tricolores que lançaram os alicerces sólidos desse grande clube, que chega ao centenário no ápice do vigor físico e que enche de esperanças a sua torcida. Só foi possível chegar até aqui porque alguém deu o passo inicial.


Esse passo foi dado pelo Alcides Santos ao lado de outros grandes tricolores que naquele belo 18 de outubro de 1918 criaram esse clube que viria para se inserir definitivamente na história do futebol brasileiro e cearense ufanando a todos nós que temos a ventura de ser seus seguidores.


Esses heróis tricolores, alguns dos quais nem sempre mencionados foram Alcides Santos (o primeiro presidente do clube), Oscar Loureiro, João Gentil, Pedro Riquet, Walter Olsen, Walter Barroso, Clóvis Moura, Jayme Albuquerque e Clóvis Gaspar, dentre outros, todos membros da aristocracia cearense do início do século passado.


Em função de ter sido fundado por pessoas abastadas o Fortaleza rapidamente passou a ser conhecido pela cognominação de “Clube da Elite”, que de certa forma ainda perdura até os nossos dias, embora o clube hoje seja um dos mais populares do Estado e do Nordeste.


Estou entre aqueles que advogam que o Alcides Santos não conta com o devido reconhecimento por tudo que fez pelo futebol cearense e não apenas pelo Fortaleza, realizações que o colocam como o maior benfeitor do nosso futebol em todos os tempos, de modo que posso afirmar sem medo de erros que ninguém foi maior do que Alcides Santos no futebol cearense.


A história confirma que Alcides Santos comprou e doou ao Fortaleza o Campo do Alagadiço (próximo de onde hoje é a Igreja de São Gerardo, na cidade de Fortaleza), além de construir o Campo do Prado (onde se situa a Escola Técnica Federal – atualmente IFCE) e doá-lo à ADC (Associação Desportiva Cearense, fundada em 23/03/1920, sob sua liderança).


Ainda não consegui chegar a um denominador com referência a essas duas praças de esportes, visto que não sabemos por que cargas d’águas o Fortaleza perdeu o Campo do Alagadiço, assim como a Federação ficou sem o Campo do Prado.


Essa é apenas uma amostragem de que não podemos desvincular o nosso fundador, Alcides Santos da história do futebol cearense, pois além de ser o criador da Liga Metropolitana, também fundou a própria ADC, hoje FCF, cuja sede ajudou a construir.


Fundou outras agremiações, como o primeiro Fortaleza, em 1912, que teria vida efêmera e o Stella, em 1915, que teria uma breve passagem pelo futebol cearense, ao tempo da Liga Metropolitana.


ALCIDES SANTOS EM 1968 - 50 ANOS DO FORTALEZA - FOTO O POVO


Alcides Santos merece ser homenageado com um nome de rua com o de uma praça, desafio que faço aos vereadores tricolores que deveriam ter tomado essa iniciativa. Sou daqueles que fazem apologia a esse grande homem, desportista e esportista, que foi nadador do Flamengo (RJ).



Alcides Santos está intrinsicamente ligado aos primeiros 20 anos da história do Fortaleza, como se fora um filho que viu nascer, engatinhar, dar os primeiros passos, passar pela puerilidade e chegar à puberdade e já falando grosso, posto que nas duas primeiras décadas o Tricolor conquistou 11 títulos.


Para Alcides Santos je retire mon chapeau.





 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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