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ESTAMOS NO LIMITE


O Fortaleza perdeu para o Sampaio Corrêa por 1 x 0 e mais uma vez teve um pênalti desperdiçado pelo Bruno Melo e numa partida em que a vitória do Fortaleza era uma necessidade premente nesta luta pela ascensão, especialmente por ter estacionado nos 47 pontos.


O que me causa espécie é que o 47, que no momento emperra a nossa caminhada, é um número cabalístico para todos nós e de modo mui particular para mim, que nasci no ano de 1947, ano em que o Fortaleza foi bicampeão invicto e em que aplicou grandes goleadas: 8 x 2 no Flamengo (CE), 6 x 1 no Peñarol, 5 x 2 no Ceará e 5 x 0 e 4 x 1 no Ferroviário.


Volto a questão do pênalti para lembrar o nosso grande centromédio Célio, Vice-campeão Brasileiro em 1960 e que nos deixou neste ano, que sempre foi o cobrador oficial de pênalti, não somente no Fortaleza, mas no Gentilândia, o clube que o revelou e que jamais desperdiçou nenhum.


No Torneio Início, me parece que o de 1960 o Fortaleza foi campeão em disputa de penalidades com o Ceará e naquela época apenas um jogador cobrava, pelo Fortaleza o Célio e pelo Ceará o Zezinho, cobrador oficial do nosso rival. O Célio acertou 17 cobranças e o Zezinho 16, demonstração mais do que cabal de que ambos eram exímios cobradores.


Já dizia o Neném Prancha, filósofo das praias cariocas, que o "pênalti é uma coisa tão importante que quem deveria bater é o presidente do clube”. O de ontem era importantíssimo, pois, além de colocar o Fortaleza à frente do marcador, poderia ser o caminho aberto para a vitória, infundindo confiança ao time e ao elenco, que me parece estar um tanto quanto abalado, em razão dessa queda de produção.


Não quero aqui colocar o nosso jogador à execração pública, mas gostaria de lembrar que nesse campeonato o Bruno tem 6 gols, 4 dos quais de pênalti em 6 cobrados. Perdeu 2 em 6, apresentando um percentual de 33,33% de desperdício, de certa forma elevado para um cobrador oficial. Terá que treinar mais.


Não vou criticar, porque seria uma incoerência para quem prega que esse é o momento de apoiarmos o time, em quaisquer circunstâncias, mas acredito que esteja na hora de fazermos uma avaliação da situação, ratificando o meu ponto de vista de que as contusões constantes, mormente de jogadores do setor de contenção preocupa muitíssimo.


O Fortaleza tem 11 jogos pela frente ou 33 pontos a disputar e para chegar à Série A, sem transtornos, precisa somar 65, faltando 18, que correspondem a 6 vitórias, necessárias para atingir à essa marca.


Em casa terá exatamente 6 jogos: Vila Nova, São Bento, Paysandu, Ponte Preta, CSA e Juventude e terá que vencer a todos, pois se desperdiçar algum ponto terá que buscar a compensação fora. Vemos assim, realisticamente, que por enquanto ainda estamos no limite.


Fora de casa enfrentará Brasil de Pelotas, Oeste, Atlético Goianiense, Avaí e Coritiba, os três últimos brigando pela ascensão e se quiser ser campeão, possibilidade que já esteve mais próxima e começa a ficar um pouco mais difícil, terá que vencer também fora dos seus domínios.


Tudo é possível, mas para isso terá que voltar a ser aquele time que enfrentava de cabeça erguida a qualquer equipe, independentemente de ser ou não o mandante. Recobrar esse nível de confiança me parece a principal missão da comissão técnica, pois a impressão que tenho, posso estar errado, é a de que o time se abalou com essas derrotas. Oxalá! Eu esteja equivocado.


Por hoje c’est. fini.





 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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