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UMA DERROTA FORA DO CONTEXTO


UMA DERROTA FORA DO CONTEXTO

O Fortaleza, por diversos fatores, que vamos enumerar, foi derrotado ontem pelo CRB e perdeu a chance de se garantir antecipadamente na Série B de 2019, que é a sua primeira meta, ou o primeiro degrau da escada a ser transposto ou sobrepujado, até porque é quase humanamente impossível chegarmos ao segundo degrau sem vencer o primeiro. Podemos até alcança-lo, mas a tarefa é das mais exaustivas.

Em primeiro lugar porque o time, similarmente ao que havia acontecido no jogo contra o Boa Esporte, não jogou bem, principalmente no que tange à saída de bola em velocidade e à construção e concatenação das jogadas ofensivas.

Indiscutivelmente os desfalques do time foram determinantes para que acontecessem todos esses problemas. Para começar o Pablo há muito tempo não vem rendendo o suficiente, não sendo nem de longe o jogador que no ano passado foi importante na campanha da ascensão e chegamos à essa conclusão não apenas por esse jogo, mas por todas as suas intervenções no ano em curso.

O Roger Carvalho falhou em duas oportunidades, inclusive no primeiro gol, vez que estava mais perto da bola do que o Neto Baiano, sem falar que falhou em outra bola, que estava sob o seu domínio e em que o Neto Baiano se antecipou e chutou na trave. A sua atuação bisonha fez a torcida lamentar a ausência do Jussani que, pode até ser lento, mas tem domínio de bola e raça.

O Felipe, não obstante ser criticado por alguns, não em função do seu futebol, mas daquelas declarações que ainda não foram digeridas, com os quais não me alinho, deixou patente a sua importância pela movimentação que dar ao meio campo, e jogando com seriedade, indubitavelmente, é um dos titulares absolutos desse time. Desse modo a conclusão é que as três ausências influíram no rendimento do time.

A despeito desses problemas, passados os momentos iniciais, o Fortaleza equilibrou as ações e até merecia melhor sorte, mas vieram os erros, tanto individuais quanto coletivos, que selaram a nossa derrota.

No primeiro gol o Boeck fez uma reposição errada, e vinha tendo problemas nesse quesito, lançando a bola para o meio da intermediária e ensejando que o meio-campista do CRB, quase sem querer, pois cabeceou no susto, servisse o Neto Baiano que, na entrada da área, e se aproveitando do fato do Boeck está adiantado, chutou por cobertura para abrir o marcador.

Ressalte-se que, em que pese ter sido uma falha infantil, de alguém com a experiência do Boeck, que já havia feito uma outra reposição errada, o gol poderia ter sido evitado se, em primeiro lugar o mesmo, ao invés de ficar estático no meio da área, tivesse voltado para o centro do gol.

E ainda se os dois zagueiros tivessem tido atitude e, ao invés de ficarem esperando um pelo outro, tivessem interferido no lance, especialmente o Roger, que estava mais próximo da bola do que o atacante. A falha do Boeck e a indecisão dos zagueiros nos custaram muito caro.

No segundo gol a minha crítica é para o sistema defensivo, pois aos 48 minutos não é mais para ter jogo, pois “a bola tem que ir para o mato, pois o jogo é de campeonato”. No lance haviam 7 jogadores do Fortaleza, contra 2 do CRB e um mais atrasado, os quais permitiram que os dois jogadores fizessem uma linha de passe e o Willian, o melhor jogador do time ficasse na cara do gol.

O gol foi consignado em impedimento e a diretoria tem que agir, pois já é a terceira partida em que o Fortaleza é prejudicado seriamente, mas esquecendo esse fato, pois se não houvesse o impedimento ele teria sido crucial e conclusivo, o que se viu foi mais uma falha coletiva do sistema defensivo, mormente do Pablo e do Roger Carvalho.

O Fortaleza, a exceção do Gustavo e do Ligger, um gigante na defesa, não teve nenhum outro jogador que se destacasse, especialmente no meio de campo, onde o Marlon é apenas esforçado e o Dodô está mal das pernas. O Rogério bem que tentou consertar fazendo entrar o Wilson, mas este não correspondeu.

Não sei se vou ser chamado de comentarista de obra acabada, contudo já são dois jogos que observo as carências do meio de campo, de modo que já posso defender a tese de que a diretoria, num último esforço e visando a ascensão, deveria pensar seriamente em trazer um meia de ligação de qualidade, até para que o padrão do time não caia nesses momentos. No meu ponto de vista valeria a pena.

No contexto geral o Fortaleza é líder e pelas circunstâncias manteve os mesmo seis pontos para o segundo colocado, caindo a diferença para o quinto para oito, contudo, não pode dar sopa para o azar, pois nem sempre os resultados lhe serão favoráveis e prevenir é melhor do que remediar.

Por hoje c’est fini.


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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