VITÓRIA JUSTA DO FORTALEZA
- ADVÍNCULA NOBRE
- 20 de ago. de 2018
- 3 min de leitura
VITÓRIA JUSTA DO FORTALEZA

O Fortaleza, efetivamente não fez uma partida primorosa, contudo, produziu o suficiente para ser o dono das ações contra o Boa Esporte, que se fechou todo na defesa e jogou por uma bola, ou por um lance, que acabou surgindo no início do segundo tempo, aliás praticamente no segundo chute do time mineiro em direção ao gol.
O gol do Boa Esporte se originou de uma falha do sistema de marcação, visto que o Marlon perdeu a disputa de bola, o Tinga levou um drible de corpo e o Jussani tirou o corpo da linha da bola, quando deveria tê-la interceptado.
O Boeck não alcançou a bola dando ensejo para que alguns achassem que também falhou. Analisando melhor o lance avalio que o nosso goleiro não esperava esse desfecho, de forma que pulou um pouco atrasado, entretanto, não podemos tirar o mérito do atacante do Boa, que acertou um belo chute, quase indefensável.
O problema do Fortaleza nesse jogo é que o meio de campo deixou um pouco a desejar, especialmente no primeiro tempo, em que o Dodô e o Marlon não renderam o esperado. O Marlon sempre muito esforçado, mas pecou muito no passe final e o Dodô, em algumas partidas, vem tendo um rendimento abaixo do que costumeiramente pode produzir.
A boa performance do Fortaleza, inquestionavelmente passa por um bom desempenho do Dodô, que é uma espécie de termômetro, de modo que pelo que produziu no primeiro tempo poderia ter sido substituído se tivesse um jogador à altura para tal. No segundo tempo cresceu um pouco mais de produção e com ele o time.
No meu ponto de vista, entre o Marlon e o Dodô o Ceni optou por deixar o Dodô porque este poderia, numa jogada de lampejo, mudar a história do jogo, o que efetivamente ocorreu no primeiro gol, quando cruzou na medida para o Gustavo, de cabeça, empatar a partida.
Ressalte-se que no primeiro tempo o Bruno Melo perdeu uma oportunidade claríssima para abrir o marcador, cabeceando livre, porém nos braços do goleiro. Aliás o Bruno atuou de forma muito acanhada, quase não indo à linha de fundo, ao contrário do Tinga, que se desmarcava e oferecia opção de jogo para os meio-campistas.
Temos que descontar o fato de que o Boa Esporte veio apenas para se defender, tanto é que começou a fazer cera, ou a praticar o anti-jogo, desde o primeiro minuto da partida, o que já era esperado, pois todo jogo doravante será sempre muito difícil para o Fortaleza que se transformou no adversário a ser batido.
Ainda me reportando ao primeiro tempo gostaria de acentuar que o time também cometia um erro estratégico, quando dos cruzamentos de bolas para a área sem que tivesse um atacante hábil no cabeceio, problema resolvido mediante a entrada do Gustavo.
No segundo tempo o Fortaleza pressionou e poderia ter feito mais gols, contudo o placar ficou apenas nos 2 x 1 e o segundo gol originou-se de uma penalidade, muito bem marcada pelo árbitro que, em cima do lance viu o Gustavo ser agarrado ostensivamente e derrubado pelo defensor. Penalidade incontestável, que alguns árbitros fingem não ver e não marcam.
É evidente que todos nós ficaríamos mais satisfeitos se o time tivesse feito uma partida impecável, mas é infinitamente melhor jogar mal e vencer do que jogar bonito e empatar ou perder, não sendo demais lembrar que se o placar tivesse sido mais dilatado teria sido justo, posto que o Tricolor foi mais agudo e sempre procurou o gol. Valeram os três pontos.
Por hoje c’est fini.
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