O FORTALEZA CRIOU POUCO, MAS SE ENTREGOU MUITO.
- ADVÍNCULA NOBRE
- 23 de jul. de 2018
- 2 min de leitura
O FORTALEZA CRIOU POUCO, MAS SE ENTREGOU MUITO.

Em que pese alguns comentaristas acharem que o jogo entre CSA e Fortaleza foi um purgante, peço vênia par discordar, possivelmente viram outra partida. Vi um embate bem movimentado e de muita marcação, tanto é que o time alagoano, jogando em casa, criou somente cerca de quatro oportunidades reais de gol, três de dar calafrios.
Em duas delas o Niltinho, o camisa 11, sempre muito habilidoso, lépido e perigoso, não azougou ou não calibrou a pontaria, chutando as duas por cima do travessão. Ressalte-se que em ambas o Boeck estava em cima do lance, crescendo para cima do atacante, para usarmos um clichê de alguns comentaristas.
Em outras duas chances o Boeck foi o “salvador da pátria” e pelas suas defesas, sempre providenciais e importantes, arrisco-me a afirmar que nas duas últimas décadas o nosso arqueiro se irmana e se equipara ao Bosco, como os nossos dois melhores goleiros. O Fabiano, pelas defesas do Tetra, em 2010, completaria o trio.
Na primeira defesa o Walter foi mais rápido do que a nossa defesa, que é lenta e que por essa razão necessita ser policiada, acompanhada e protegida constantemente por um dos nossos volantes, penetrou sozinho ensejando que o Boeck saísse e salvasse, de forma arrojada, a cidadela tricolor.
Na segunda oportunidade o Ligger, como sempre acontece, e estando sem a devida cobertura, resolveu driblar, sem levar em conta que estava acossado por dois atacantes, perdendo a bola, de forma que o time somente não sofreu o gol em decorrência de mais um intervenção milagrosa do Boeck, na minha ótica o melhor jogador do Fortaleza em campo.
Ressalte-se que não é a primeira, a segunda, ou a terceira vez que o Ligger faz isso, só que estamos sempre esperando que seja a última para que tenhamos as nossas coronárias preservadas. No meu ponto de vista a Comissão Técnica deveria mostrar-lhe todos os vídeos relativos às suas falhas, para que assim pudesse se corrigir.
O Rogério gostou do time, assim como nós, embora a equipe não tenha produzido a contento, posto que, a rigor, criou apenas três oportunidades em toda a partida, sendo louvável a sua entrega e o espírito de luta. Três oportunidades, no entanto, é muito pouco para uma equipe que pretenda a ascensão.
O Rogério falou certo ao afirmar que não dar para remontar um ataque, como num passe de mágica, que perdeu todos os seus componentes, especialmente quando os substitutos não estão à altura dos substituídos, e sempre tenho defendido essa tese.
Tenho a esperança, entretanto, que contra o Avaí, um jogo importantíssimo para o Tricolor, o nosso ataque possa funcionar, vez que o Rogério já pode contar com dois extremas velozes, o Marcinho e o Getterson. O Marcinho, indiscutivelmente é um bom jogador, mais precisa se ligar mais à partida.
Quanto ao Wilson, acho que desta vez irá fazer gol e quem me dar essa esperança são as estatísticas. No Fortaleza, 11 jogos e 1 gol; no Linense, 11 jogos e 1 gol, no Ventforet Kofu do Japão, 22 jogos e 2 gols, ou seja, média de 1 gol a cada 11 partidas. Não é possível que nesta ele não marque. Vou torcer.
Por hoje c’est fini.
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