SOMOS O LÍDER, MAS ALGUNS ESTÃO AGINDO COMO SE FÔSSEMOS O LANTERNA
- ADVÍNCULA NOBRE
- 9 de jul. de 2018
- 3 min de leitura

SOMOS O LÍDER, MAS MUITOS ESTÃO AGINDO COMO SE FÔSSEMOS O LANTERNA.
O Fortaleza perdeu para a Ponte Preta, numa noite em que as coisas não andaram bem e já me deparo com críticas contundentes. Uns criticam a diretoria, sustentando que a mesma está perdendo o rumo e outros o Rogério Ceni, especialmente pelo fato de não ter escalado o Jean Patrick e o Adalberto.
No cômputo geral os tricolores avaliam que o lateral direito deveria ter sido o Felipe, uma vez que o Pablo caiu muito de produção e, por outro lado, defendem a premissa de que o Adalberto, até como prêmio por ter tido uma boa atuação contra o Paysandu, num modelo 3-5-2, não poderia ter ficado de fora.
Não vou me associar às críticas por entender que nenhum treinador vai se arriscar e fazer experiências num jogo importante, deixando de escalar jogadores que estejam em plenas condições físicas e técnicas, embora fazendo a ressalva de que o Adalberto não pode ser reserva, razão por que acredito que o Rogério deve estar pensando seriamente nesse assunto, principalmente depois das falhas.
Quanto à crítica que está sendo bastante pródiga de que o treinador não gosta desse ou daquele jogador, a exemplo do Adalberto e do Uchoa, peço vênia para discordar até porque recentemente o Rogério Ceni, em entrevista, declarou que fica com o coração partido pelo fato do citado zagueiro está na reserva. Quem assistiu a entrevista por certo há de lembrar, dessa demonstração de apreço para com o jogador.
Com relação à derrota é notório que todos nós estamos tristes, isto porque o Fortaleza perdeu um pouco da margem de segurança de 7 pontos que tinha até então para o segundo colocado. Preocupa-me ainda pelo fato de que o segundo lugar é exatamente do CSA, que tem sido uma pedra no nosso sapato.
Não podemos, no entanto, achar que em função dessa derrota tudo está perdido e que, por isso, a ascensão está comprometida. Infelizmente, embora não queiramos, por diversas razões, vamos ter outros tropeços, até porque não existe time imbatível, por maior que seja no contexto futebolístico mundial.
Por outro lado, se examinarmos os últimos dez anos de Série B, verificaremos que, em média, os campeões emplacaram cerca de 20 vitorias, 10 empates e 8 derrotas. O Fortaleza, com 9 vitórias, precisará de mais 12 podendo ceder 8 empates, vez que tem apenas 2 e sofrer ainda mais 5 derrotas.
O Tricolor que tem 29 pontos precisará para ser campeão de mais 44, que correspondem a 12 vitórias e 8 empates em 24 jogos ou 72 pontos em disputa. No momento, em 14 rodadas, tem um percentual de aproveitamento de 69% e para conseguir o seu intento terá que manter um aproveitamento de no mínimo 61%, ou seja, pode até cair um pouquinho, mas não tanto.
Não estou trabalhando por baixo, ou seja, apenas com os números necessários para subir, por acreditar que devemos fazer o planejamento no patamar máximo, posto que, mesmo que não sendo atingindo, não vindo o título, que é o primeiro dos objetivos, ficaremos com o segundo, a ascensão.
No meu ponto de vista e considerando que o Marcinho não é titular, pois seriam 5, o time sofreu um abalo ao perder 40% da suas peças e, obrigatoriamente, terá que se repaginar, trazendo novos jogadores para que a equipe não sofra solução de continuidade, ou buscando outras alternativas táticas. Acredito que as duas coisas serão feitas.
O Fortaleza é líder, tem 4 pontos à frente do segundo colocado e 7 do quinto, aliás 7 também do sétimo, não sendo, portanto, a hora de cairmos na esparrela de avaliar que tudo está perdido, pois em assim agindo estaremos fazendo o jogo dos arautos das más notícias e das aves agourentas.
Temos mais é que deixar dessa guerra de nervos e apoiar ao time e o Rogério Ceni, pois somente se sentido apoiados superarão esses momentos difíceis de oscilação. Somos líder, mas alguns de nós agem como se fôssemos o lanterna.
Por hoje c’est fini.
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