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FORTALEZA: UM MEIA A MAIS NÃO FAZ MAL

FORTALEZA: UM MEIA A MAIS NÃO FAZ MAL


O Fortaleza anunciou a contratação de mais um meia, para nós nordestinos, o Neném Bonilha. Surgiram alguns questionamentos em razão do clube contar no seu elenco com muitos jogadores para a posição. Na opinião dos que assim pensam a prioridade seria de atacantes.


Na verdade o Tricolor tem para o meio-campo o Dodô; o Marlon, no momento deslocado para o ataque; o João Henrique, que não conseguiu se firmar como titular e o Wallace, que veio do Floresta e que espera uma oportunidade, estando sendo trabalhado para tal.


Contraponho-me à essa linha de pensamento valendo-me de uma estrofe da música Mucuripe, do nosso poeta Belchior: “Paletó de linho branco, que até o mês passado lá no campo era flor”.


Até o mês passado estávamos muito bem, com o elenco resumido, é verdade, mas tudo caminhando nos conformes e sem maiores contratempos, quando de repente, não mais que de repente, tudo pareceu desmoronar.


O Gustavo fraturou o antebraço e ficará sessenta dias longe dos gramados, numa contusão péssima para o jogador, que pode ver os seus concorrentes ganharem distância no rol ou no pelotão da artilharia e par ao Fortaleza que perdeu por esse período o seu matador.


Não bastasse ainda o Edinho, que vinha se constituindo num dos melhores jogadores do time, foi negociado com o Atlético Mineiro que, em razão dos padrões financeiros do Sul/Sudeste não teve a menor dificuldade para depositar o valor da multa rescisória, da qual o Fortaleza detinha 50%, no valor de R$. 2.400.000,00.


O substituto natural, o Marcinho também se contundiu, de modo que o time levou um baque num setor que era um dos mais fortes, o ataque, até porque antes já havia perdido o Osvaldo, cuja lacuna vinha sendo preenchida pelo meia Marlon.


O certo é que nesse jogo fatídico, contra o Oeste, e em meio a tantos problemas, mais uma vez fomos derrotados em casa, pelo time paulista, dando ensejo que surgissem muitas desconfianças com relação ao futuro do Tricolor na competição, mormente por parte dos menos otimistas.


O Tricolor, de certa forma desacreditado, especialmente por parte da imprensa, que chegou a afirmar que “as gorduras acumuladas seriam derretidas rapidamente”, partiu para enfrentar o Paysandu e, diante de tanto desfalques, só nos restava confiar e rezar.


Com muita bravura o time surpreendeu a todos, particularmente aos que torciam pela sua derrocada, e são um número considerável, e briosamente venceu o Paysandu, no seu reduto, por 1 x 0, num jogo em que foi melhor no primeiro tempo e que, no segundo, teve a competência necessária para suportar a pressão do adversário.


Numa rodada em que os seus concorrentes mais próximos não conseguiram avançar, o Leão do Pici fez a sua parte, distando agora 7 pontos do segundo colocado, contrariando a predição das aves de rapina, que queriam saborear as suas entranhas.


Uma grande vitória, contudo não podemos dormir sobre os seus louros, isto porque no mês passado tudo era flor, e neste a caminhada fica cada vez mais difícil, razão por que a diretoria, com muita clarividência, está fazendo as contratações que se fazem necessários, pois para esta longa caminhada será necessário um elenco maior e mais qualificado.


Em querendo a ascensão temos que nos acercar de todos os cuidados, adotando as medidas preventivas que se fizerem mister, pois nesta última semana vimos o Ceni não pode contar repentinamente com cerca de cinco jogadores, então que venham as contratações. Garanto-lhes que um meia a mais não faz mal.


Por hoje c’est fini.


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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