PERDER FAZ PARTE DO JOGO, MAS PARA O OESTE O GOSTO FOI AMARGO.

DERROTA COM GOSTO DE SAL AMARGO

O Rogério está numa situação das mais difíceis isto porque o Fortaleza no momento se assemelha ao São Paulo, quando da sua gestão à frente do elenco do aludido clube, vez que vem sofrendo uma espécie de desmanche tornando, evidentemente, a equipe mais vulnerável e determinando que sejam buscadas novas soluções, especialmente no plano tático.

Não podemos afirmar peremptoriamente que a situação é igual uma vez que no time do Morumbi o desmanche foi feito no início da sua chegada, como se fosse coisa feita, enquanto no Fortaleza a saída de jogadores vem ocorrendo por motivos diferentes.

No Fortaleza o Osvaldo tinha um pré-contrato com o time da Tailândia, com saída previamente anunciada e o Edinho está sendo contratado por ter se sobressaído sob o seu comando, isto porque tanto o Rogério quanto o time vêm se destacando sendo o assédio inevitável.

Estivesse o Fortaleza numa situação difícil e o Rogério não viesse fazendo um trabalho digno de destaque e os jogadores, por sua vez, não estivessem rendendo a contento e se avultando, ninguém estaria sendo cobiçado.

Alguém pode me dizer se algum jogador do Boa e até mesmo o treinador estão sendo molestados e pretendidos por algum clube? Claro que não porque o Boa se encontra na lanterna da competição e numa situação dessas até os melhores jogadores se transformam em reféns do fracasso.

Com relação ao jogo a tabela nos ajudou, mas o Fortaleza não fez a sua parte e parece até um estigma, visto que em três jogos contra o Oeste, empatou um fora de casa e perdeu dois, no nosso próprio reduto.

Está certo que o time brigou muito e no meu entendimento se ressentiu enormemente das ausências do Edinho e do Derley. O nosso “mignon”, de futebol eficiente e delicado perdemos em definitivo, haja vista que o Atlético Mineiro se dispôs a pagar a multa rescisória que, infelizmente era relativamente baixa, em se considerando o tamanho do seu futebol.

Quanto ao Derley, o Rogério se inclinando por uma saída mais rápida, optou pelo Felipe e no meu modesto ponto de vista deixou a zaga menos protegida. No primeiro gol o atacante cabeceou livre, uma vez que o Jean Patrick o marcava à distância repetindo-se um dos erros crassos do campeonato, em que a equipe sofreu vários gols de cabeça.

O erro foi dos mais elementares, vez que três defensores concentraram a marcação e um único atacante ficando os demais livres e marcado, conforme dissemos, pelo Jean, que se posicionou atrás do jogador e os outros erros se repetiram.

O segundo foi um repeteco do primeiro, a diferença é que o lance ocorreu no chão, mas similarmente ao primeiro o atacante recebeu a bola, livre, lépido e solto, sem que tivesse a marcação de um volante, que nesse caso deveria ser uma espécie de terceiro zagueiro.

O certo é que o Rogério terá muito trabalho pela frente para acertar o time. Em primeiro lugar não deve prescindir de uma melhor proteção da zaga. O Felipe pode ter boa saída, mas o Derley é imprescindível. No meu entendimento o Felipe disputa a vaga com o Jean Patrick e não com o Derley.

No ataque a equipe perdeu os seus tentáculos, Osvaldo e Edinho, de modo que o Rogério tem que manter o Marlon na esquerda que, se não for a melhor solução é a única à disposição e que deu certo.

Na direita não tem outro caminho que não seja o de guindar o Marcinho à condição de titular, posto que o jogador sempre pelo setor. Por vezes atua deslocado pela esquerda, numa função, porém, que não é a sua.

Essas são as únicas mexidas possíveis no momento, até porque não há tempo para testes, vez que o Fortaleza enfrenta times na parte de cima da tabela, caso do Paysandu.

Preocupa-me o ataque, pois o Wilson tem características diferentes das dos Gustavo, mas não existe outra opção, a não ser o Edson Cariús, mas este é do Ferroviário. Historicamente o Fortaleza sempre se deu bem quando trouxe jogadores do Ferroviário..

Por hoje c’est fini.