TORCEDOR TRICOLOR: SONHAR É POSSÍVEL
- ADVÍNCULA NOBRE
- 20 de jun. de 2018
- 2 min de leitura

Em que nível está o nosso sonho enquanto torcedor? Com certeza está num patamar mais elevado, isto porque, no início da Série B, a nossa ideia e objetivo eram de lutarmos renhidamente para permanecermos e conseguirmos fincar o pé nesta divisão, pensamento natural e lógico para um clube que vinha de oito anos de Série C.
A nossa apreensão, como relação à permanência, tinha razão de ser, haja vista que o time não tinha engrenado no campeonato, perdido para o rival que nos suplantou nos dois jogos decisivos pelo mesmo placar, 2 x 1, de forma que saímos daquela competição meio crestados e um tanto quanto desnorteados.
O campeonato não deu liga, mas serviu de laboratório, digamos assim, para o Rogério Ceni que, como mais algumas peças e não tão badaladas, a exemplo de Dodô e Jean Patrick, conseguiu ajustar a equipe, levando-nos a brigar na parte de cima da tabela.
Do time base que terminou o campeonato a defesa continua a mesma, ressalvando-se que no aludido certame, de vez em quando, de acordo com a disposição tática de cada jogo, poderiam entrar o Adalberto e o Roger Carvalho que, mesmo deixando o Rogério com o coração partido, estão na reserva, isto porque o Jussani e o Ligger cresceram demasiadamente de produção.
A grandes mudanças ocorreram no meio de campo e no ataque, tendo em vista que algumas peças perderam a titularidade, outras saíram e chegaram novos componentes que deram mais qualidade e confiança ao elenco.
Perderam a titularidade ou deixaram de ser utilizados mais frequentemente: Adalberto, Roger Carvalho, Anderson Uchoa, Felipe, Pablo, Igor Henrique e João Henrique, num processo que podemos reputar como revolucionário.
Saíram Alípio, Alan Mineiro, Leo Natel e Osvaldo, titular absoluto, ao lado do Gustavo, unanimidades no time. Com relação ao Osvaldo a expectativa era de que a equipe sentisse por demais a sua saída, entretanto as novas contratações, a exemplo do Marlon, aliviaram mais os efeitos dessa enorme perda.
Vieram Edinho, Jean Patrick, Dodô e Marlon, afora Marcinho e Minho, que ainda não conseguiram demarcar o seu território, peças que se encaixaram como uma luva no time.
Contamos também com o reforço do Derley, contratado que fora no início do ano, mas que teve que ficar esperando condição de jogo, em razão de uma punição de seis meses. Valeu a espera porque o jogador no momento, pela raça e entrega, é um dos que mais identificados com a torcida.
Desse modo, com um time base formado por Boeck, Tinga, Ligger e Bruno Melo; Derley, Jean Patrick e Dodô; Edinho, Gustavo e Marlon e disputados cerca de 30% do campeonato, o Fortaleza vem fazendo uma excelente campanha, que já embala os sonhos mais elevados da torcida, que considera que podemos brigar mais em cima da tabela.
A diretoria e nós, enquanto analistas, achamos que ainda é muito cedo para arroubos, contudo, “sonhar é preciso e um sonho amais não faz mal”, nos dizem os refrãos de belas músicas do nosso cancioneiro, de forma que, com alguns ajustes e mantendo a pegada, enquanto torcedores e até como comentador, temos pleno direito de alimentar as nossas quimeras. Sonhar é preciso...e possível.
Por hoje c’est fini.
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