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O FUTEBOL PRECISA TRATAR BEM O SEU PRINCIPAL CLIENTE, O TORCEDOR



Um dos sonhos acalentados por todos nós, que amamos o futebol é ver as famílias voltando aos estádios. Pode ser uma quimera, um devaneio, mas sobretudo é um sentimento de esperança, até um tanto quanto ingênuo, isto porque no atual contexto tudo atenta contra o núcleo familiar tradicional, tão arraigadamente defendido por nós cristãos.


Apenas para divagar um pouco, acentuamos que um pré-candidato à presidência da República, está apregoando aos quatro ventos que, em sendo eleito, irá acabar com a falsa moral dos católicos. Então eu pergunto: Ser contra o aborto, por se configurar como um assassínio de um ser que não pode se defender é falsa moral? Ser a favor da família é falsa moral?


E é essa família que queremos ver nos estádios. Queremos ver as crianças correndo nas arquibancadas, brincando umas com as outras, com a alegria de quem, mesmo se encontrando pela primeira vez, brinca muito à vontade, como se a amizade recém construída fosse de longas datas.


Essa amizade repentina, porém das mais solidas, exercita essa capacidade da pequenada de fazer amigos, faculdade que nós adultos desaprendemos a cultivar. Não raro esses laços de amizade se estendem para os pais, que de repente descobrem que têm muito em comum e que passam a partir desse convívio a frequentar os mesmos setores do estádio.


A família, que alguém já disse que é “a célula mater da sociedade”, em voltando aos estádios levará a alegria, a esperança e a paz, tanto é que Rui Barbosa, ao se reportar à sua importância afirmava que “a pátria é a família amplificada”. Desse modo concluímos que, se queremos paz, tanto na sociedade, quanto nos estádios, devemos valorizar e priorizar a família.


Infelizmente recebemos queixas e em jogos anteriores já havíamos presenciado e vivenciado o problema correndo, inclusive riscos, que os portões em dias de jogos importantes não estão sendo liberados em tempo hábil, conforme ocorreu antes da partida contra o Goiás.


Pessoas que foram vítimas desse problema, ou dessa falta de sensibilidade, para não falarmos em descaso, nos relataram com riqueza esses acontecimentos nefastos. Dentre elas o Dr. Fernando Luiz Barros, Juiz de Direito e a esposa, Dra. Maria Teresa Barros, que correram o risco de serem pisoteados pela multidão e ficaram temerosos em decorrência da truculência de um determinado soldado que, ao que consta saiu espancando os torcedores.


Por pouco não aconteceu uma tragédia, isto porque os torcedores foram maltratados. Idosos, mulheres e crianças passaram mal e por pouco não foram atropelados e calcados pela multidão, correndo risco de vida. São denúncias que precisam ser apuradas, que incluem o uso de gás lacrimogênio, de forma indiscriminada e de balas de borracha.


Não estamos aqui querendo caçar as bruxas, mas para exigir providências que, preventivamente, evitem um problema maior. No meu ponto de vista, em jogos do campeonato cearense, envolvendo Fortaleza e Ceará contra times pequenos, os portões podem ser abertos três horas antes, mas em partidas das Séries A e B, essa abertura deve ser feita com quatro horas de antecedência.


Fico em dúvidas se vão aceitar a minha opinião, mas na próxima reunião de planejamento, em que sejam discutidas as medidas as serem adotadas para o próximo jogo do Tricolor, vou me fazer presente, enquanto presidente do Conselho de Ética, exatamente para defender um tratamento melhor para o torcedor tricolor.


Não podemos aceitar essa falta de apreço para com a Nação Tricolor, mormente para com as famílias que, visando mais comodidade e segurança, buscam entrar no estádio mais cedo, ao contrário dos que ficam bebericando e adentram de última hora.



Evitemos que o Futebol passe a ser o único segmento da atividade econômica em que o cliente, representado pelos torcedores, sócios e não sócios, seja maltratado. Os demais segmentos correm atrás do cliente e buscam fidelizá-lo, enquanto o futebol faz tudo para expulsá-lo.


Todos conhecem o meu apreço pela briosa Polícia Militar, por quem torço para que seja valorizada e tenha a sua importância reconhecida, mas essa situação tem que ser revista e repensada. Em isso acontecendo as famílias dos desportistas cearenses agradecerão penhoradamente.


Por hoje c’est fini.



 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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