GUSTAVO - O HOMEM DOS GOLS OPORTUNOS, PROVIDENCIAIS E SALVADORES
- ADVÍNCULA NOBRE
- 6 de abr. de 2018
- 4 min de leitura

O Fortaleza foi derrotado por 2 x 1 pelo Ceará, na partida de ida, perdendo de certa forma a vantagem, tendo em vista que na partida volta o adversário jogará pelo empate, menos mal uma vez que o Tricolor continua no páreo e se sagrará campeão por uma vitória simples, isso graças ao golzinho salvador do Gustavo.
Nesse ponto temos que reconhecer e exultar, isto porque o nosso centroavante, mercê de um elevado senso de oportunismo, tem salvado a nossa pátria em partidas decisivas. Foi assim contra o Ferroviário e contra o Floresta, apenas para lembrar dos confrontos importantes.
Nesses confrontos o Fortaleza vencia a ambos por 2 x 0, mas caiu de produção ensejando aos adversários encetarem uma reação perigosa, até porque ambos estavam mais perto do empate do que o Fortaleza de fazer o terceiro gol. De forma quase inesperada, como se fora uma bólide, o Gustavo apareceu quase do nada e fez o terceiro gol nessas partidas, levando tranquilidade ao time tricolor.
Ontem o nosso centroavante não fugiu à regra, isto porque, vítima de um sistema que o deixa muito sacrificado e vimos alertando para isso, além de receber uma marcação forte por parte do adversário, pouco ou quase nada pode produzir.
De repete, no entanto, numa cabeçada do Tinga, que nos faz lembrar o lance do gol do Cassiano, num lance quase fortuito, vez que o time do Fortaleza praticamente não agrediu o rival, o Gustavo apareceu por trás do zagueiro para cutucar de carrinho e fazer o gol que pode ter sido o primeiro passo para o título.
Quanto ao jogo e avaliando que não vi outra partida, mas sim aquela que todos viram, no meu ponto de vista o Fortaleza escapou de sofrer uma derrota e por um placar mais dilatado, isto porque, a rigor, foi dominado pelo rival durante toda a partida.
No meu parco entendimento “pelamos um porco” ou “pularmos uma fogueira”, tendo em vista que o adversário, atuando de forma tranquila e praticamente sem tomar conhecimento do time tricolor, especialmente no primeiro tempo, não teve competência para transformar esse predomínio em gols, que sacramentariam a conquista do título.
Esse domínio deveu-se ao fato de que o Fortaleza respeitou muito o adversário, a começar pela escalação de três zagueiros e três volantes, sem praticamente nenhum homem de criação, incumbência que ficou a cargo do Osvaldo que, além de não ser meia de ligação, sozinho nada pode fazer, até porque uma andorinha só não faz verão.
Por outro lado, no 3-5-2, puro de origem, além da existência de uma meia que, conforme vimos o Fortaleza não tinha, os alas teriam que esquecer um pouco as funções defensivas e passarem a apoiar com mais intensidade, o que também não ocorreu.
Os dois zagueiros e excluo o Roger Carvalho dessas falhas, Jussani e Ligger são muito lentos, perdendo todas as disputas em velocidade para os atacantes do Ceará. Para completar o Ligger é muito fraco em termos de antecipação, sendo a sua melhor jogada a carga sobre o atacante que, geralmente, redunda em falta.
Não apenas por esse jogo, mas após observar cerca de 20 partidas, chego à conclusão que o Fortaleza só conta com dois bons zagueiros, o Roger e o Adalberto, este último sendo um gigante, posto que o Jussani e o Ligger t~em demonstrado muita insegurança, não infundindo confiança no seio da torcida.
Geralmente no bojo das más atuações vem a má sorte, de moto que no primeiro gol, fruto de uma desatenção coletiva, a bola bateu nas costas do Ligger, sobrando na direita para o atacante do Ceará que, evitando a saída, cruzou para o Artur, completamente livre, cabecear para marcar, com a colaboração também do Matheus Inácio que, além de desatento, perdeu o tempo da bola.
Temos que ressaltar que a desatenção tem sido uma constante e a marca registrada da defesa tricolor, que sofreu um gol parecido contra o Floresta em que o Tinga, completamente desatento deixou que o jogador do Floresta, acreditasse na jogada, evitando a saída e cruzando na medida para o atacante marcar e diminuir o placar para 2 x 1, colocando o seu time novamente no jogo.
Ontem, além da desatenção do próprio Bruno Melo, que levou a bola nas costas, e que poderia ter acompanhado o atacante até à linha de fundo para evitar o cruzamento, o Jussani, completamente fora de órbita, limitou–se a olhar o Artur a cabecear sozinho.
No segundo gol o cinturão defensivo teve um novo apagão ensejando que o Artur comum leve toque vazasse pela segunda vez a nossa defesa. Falhas que têm que ser consertadas.
O Ceará dominou completamente o meio de campo e o jogo, de modo que a tarefa do Ceni passa por buscar o equilíbrio neste setor e, na verdade, em todos os compartimentos time e partir para cima do oponente, que já entra em campo como campeão. Respeitar muito ao adversário pode significar a perda do título. Agora é tudo ou nada, “ou calça de veludo ou nádegas de fora”.
Pensamento do Dia –
Por hoje c’est fini.
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