QUEM NUNCA COME MEL QUANDO COME SE LAMBUZA!
- ADVÍNCULA NOBRE
- 27 de mar. de 2018
- 3 min de leitura

O Floresta manda, mas nem tanto. Primeiro não pode mandar num jogo sem o laudo do Corpo de Bombeiros, ou quaisquer dos laudos e, ao que consta o citado laudo estará vencendo no dia 31 do corrente, ou seja, no sábado. Por outro lado o nosso adversário, que está “colocando as manguinhas de fora” não pode ao seu bel prazer levar o jogo para onde quiser.
Para transferir para outra sede, que não seja a da capital, ou da zona metropolitana, teria que ter feito esse pedido com antecedência de 10 dias e para consubstanciá-lo deveria haver um motivo de força maior, que o justificasse, tipo cataclismo, desastre da natureza, ou um problema da ordem pública, ou uma convulsão social.
O artigo 13 do RGC – Regulamento Geral das Competições, no seu artigo 13 é bem claro no que tange à mudança de sede: § Único – Não será autorizada a mudança de sede, salvo em caso de impedimento técnico ou jurídico.
No nosso entendimento a falta de um laudo e de capacidade de estádio para receber uma torcida numerosa quanto a do Fortaleza, numa fase tão importante, com a semifinal, além de ser um problema técnico, que pode redundar em danos físicos irreparáveis aos torcedores, também é jurídico, pois, além de contrariar as leis, poderá trazer consequências para o clube mandante, a exemplo da obrigação compulsória de indenização de possíveis perdas.
Logo mais às 14 horas acontecerá uma reunião do Núcleo de Desporto e Defesa do Torcedor (NUDTOR),com a presença dos clubes envolvidos, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, e Federação, numa tentativa de resolver o impasse, que não era nem para existir, pois deveria prevalecer em primeiro lugar e sempre a segurança e os interesses do torcedor.
O promotor Edvando Elias França tentará um acordo, dentro da possibilidade de lavratura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) a ser assinado, pelo Corpo de Bombeiros, estendendo a validade do laudo, por mais 30 dias, e tentando demover a Polícia da recomendação de transferência de sede.
Acho uma temeridade que essas pessoas sozinhas assumam a responsabilidade de prorrogar um laudo para liberar um estádio, que não pode ser utilizado em toda a sua capacidade, correndo o risco de acidentes e de distúrbios que podem ceifar vidas humanas. Seria uma responsabilidade muito grande sobre os ombros dessas autoridades.
No nosso ponto de vista o Fortaleza não pode aceitar o TAC, pois isso colocaria em risco o seu torcedor e, ademais, lei é lei e tem que ser cumprida, razão por que contestamos a declaração do dirigente do Floresta, senhor Cleber Lavor, que afirmou taxativamente que ele manda no jogo e a Polícia na segurança.
O cidadão está errado, pois de acordo com todos os preceitos legais o time mandante é o responsável pela segurança e pela integridade física do torcedor. Dizem que “quem nunca come mel, quando come se lambuza”. Caso do Floresta que, especialmente contra o Fortaleza, não sei por que interesses, vem se notabilizando por criar obstáculos.
Fico pensando se contra o Ceará o time da Vila Manoel Sátiro adotaria o mesmo comportamento, provavelmente não, pois o Uniclinic, que dificultou tudo para o Fortaleza, contra o Time de Porangabuçu, mais parecia um cordeiro. Time pequeno não cresce porque a mentalidade é tacanha.
Esse negócio de dizer que o estádio já recebeu Flamengo, Palmeiras e outros clubes, não justifica, isto porque a época era outra, na qual a citada praça de esportes tinha toda a sua capacidade liberada não trazendo, pois, riscos para o torcedor. Quem assim argumenta deve entender que as águas de um rio não passam duas vezes pelo mesmo lugar.
Na contra-argumentação apresento um fato recente que não foi criticado e nem levado em conta pelos analistas que defendem a realização o jogo em Horizonte a qualquer preço e diz respeito ao Presidente Vargas que, estando pronto, deixou de ser utilizado por quase um ano por falta de laudos e olha que a sua capacidade foi diminuída em apenas 2.000 lugares e não em 80%, qual o Domingão.
Pensamento do dia - É quase impossível encontrar racionalidade, inteligência e imparcialidade quando o assunto é futebol. (Frederico Spaniol).
Por hoje c’est fini.
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