EMPATE COM GOSTO DE JILÓ
- ADVÍNCULA NOBRE
- 5 de mar. de 2018
- 3 min de leitura

GUSTAVO COMEMORA O GOL CONTRA O CEARÁ
O Fortaleza cedeu um empate ao Ceará nos acréscimos da partida de ontem no Castelão. Uma lástima, especialmente porque, em um jogo de tamanha importância, diz a máxima popular que nos últimos minutos tem que ser “bola chutada para o mato, porque o jogo é de campeonato”.
O Fortaleza se esqueceu disso e instintivamente, já que o Rogério em momento algum autorizou o recuo, voltou para o seu campo defensivo e se limitou a rebater as bolas, diante da pressão e do abafa do Ceará.
Nesse gol e sem querer crucificar nenhum jogador, infelizmente, o Ligger, que vem jogando mal, vez que desde à partida contra o Ferroviário não consegue se antecipar numa única jogada, preferindo ir no corpo do adversário, tem muita culpa no cartório.
Preferiu mais uma vez ir no corpo do Artur, que é um jogador jovem e de força física, que como seria obvio, levou vantagem e quase sentado assinalou o gol de empate. São essas falhas que faz com que a torcida peça insistentemente o Adalberto, inquestionavelmente um jogador com qualidade técnica mais apurada.
Agradecemos ao Ligger por tudo que fez no ano da ascensão, mas no momento o Adalberto está mais inteiro, haja vista que tem mais força física, mais velocidade, antecipa-se bem às jogadas e também sabe apoiar. Apenas num quesito o Ligger é melhor, no cabeceio, fundamento em que o Adalberto tem que melhorar.
Quanto ao jogo reputamos como parelho e que, pelo que produziu no primeiro tempo, se tivesse que ter um vencedor, este seria o Fortaleza. O Fortaleza, assim como o rival, buscou a vitória, o Rogério Ceni escalou o time para a frente e não pode e nem deve ser criticado em função das substituições.
Se não vejamos: Tirou o Edinho, que já estava extenuado e colocou o Osvaldo, que participou muito bem do lance do gol e ainda criou mais uma oportunidade, milagrosamente salva pelo goleiro Everson. Aliás em termos de defesas difíceis os dois goleiros se sobressaíram aos demais sendo que, o goleiro do Ceará, no primeiro tempo teve que trabalhar um pouquinho mais.
No segundo tempo o Boeck mostrou as suas qualidades ao defender, pelo menos, três cobranças venenosas do Pio, além de mais duas defesas importantes. Por mais paradoxal que pareça o clássico foi bem movimentado, mas os destaques ficaram por conta dos goleiros.
Como o meu assunto é Fortaleza eu destacaria o Boeck, o Adalberto, o Bruno Melo, o Edinho e o Gustavo. Quanto ao Gustavo acabou essa história de dizer que “só fazia gols em time pequeno”. Fez no Ferroviário, por sinal dois, e no Ceará. A não ser que ambos sejam times pequenos. Logo...
Como de “médicos, técnicos e loucos nós todos temos um pouco” eu diria que o Rogério Ceni em momento algum se acovardou, tanto é que na quarta parte da partida, ou no quartano, e me parece que essa palavra se encaixa no contexto, continuou com um time ofensivo, que recuou por conta própria, situação que tem que ser administrada nas próximas partidas.
Com relação à arbitragem nada a reclamar. Havia dúvidas com referência ao gol do Gustavo, mas a televisão mostrou prodigamente que o Pio lhe dava condição de jogo, vez que o Gustavo se encontrava acerca de quase meio metro atrás da linha em que se encontrava o Pio, tendo pois dois jogadores, o Pio e Everson entre o Gustavo e a trave.
Fosse um árbitro local a possibilidade, em cerca de 99% era de ter anulado o gol. Por falar em árbitro local o sindicato reunido declarou que os seus filiados não mais apitarão jogos do Fortaleza. Notícia muito boa se fosse verdade, se não fosse jogo de cena.
Duvido muito, pois a obrigação e atribuição sobre as arbitragens é da Federação, que arcaria com as despesas e não aceitará essa espécie de insurreição e indisciplina. Eles têm que arbitrar os jogos, porém com lisura. A torcida do Fortaleza está inconformada com tantos “erros” contra o Tricolor. É bom não esquecer isso, afinal de contas “o futebol mexe com as paixões que vêm de dentro”.
Pensamento do Dia – Há pessoas que têm os defeitos das suas qualidades, mas outras têm as qualidades dos seus defeitos. (Joaquim Nabuco).
Por hoje c’est fini.
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