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DERROTA COM GOSTO DE SAL AMARGO



O Fortaleza e o Rogério Ceni amargaram a primeira derrota, num jogo que parecia fácil, mas que em decorrência de uma sucessão de erros e da abundância de efeitos complicadores, as falhas se multiplicaram, originando esse tropeço que, de certa forma e pela posição do Horizonte na tabela, pegou a todos de surpresa.


O fato é que o Fortaleza desde 2014 ou em três partidas, não consegue derrotar o Horizonte fora de casa. No ano passado o quadro ainda mais favorável, haja vista que o adversário ostentava a lanterna do certame, com apenas um ponto conquistado e, apesar dessa grande vantagem, o Tricolor amargou a derrota por 1 x 0. Em 2014 o placar foi de 2 x 2; em 2015 não houve jogo em Horizonte e em 2016 não teve confronto em decorrência do Horizonte ter disputado a Série B.


No jogo de ontem o Rogério Ceni tendo o time bem situado na tabela em segundo lugar com nove pontos e podendo assumir a ponta caso triunfasse, inclinou-se por escalar um time misto, objetivando fazer algumas observações e, para tanto, deu folga ás principais peças. Mudou a estrutura tática, passando a atuar sem um atacante de ofício, porém o time não lhe deu em campo a resposta esperada.


Manteve o Marcelo Boeck e alterou a defesa quase por completo, vez que o Diego Jussani permaneceu, mas na posição de quarto zagueiro, poupando o Ligger e fazendo entrar o Murilo. Nas laterais entraram o Felipe, que fez a sua estreia no certame, e o Leonan, que vinha entrando somente no segundo tempo.


Começando a análise pelo miolo da zaga afianço que não gostei, pois, além de falhas individuais e coletivas, o que se viu foi uma zaga muito lenta, em que o Jussani pela esquerda dava a impressão de se encontrar literalmente deslocado e em posição desconfortável, não rendendo o habitual, embora não tenha decepcionado.


O Murilo não me agradou. Muito lento, não casando com o Jussani, que também não tem velocidade. Ressalvo apenas que o estamos analisando a sua atuação em apenas uma partida e que já presenciei muitos jogadores atuarem mal inicialmente e depois se firmarem, casos recentes do Edimar e do próprio Ligger e no passado do Croinha.


Os gols sofridos aconteceram após duas falhas individuais e coletivas. No primeiro o João Henrique e o Leonan não marcaram o lateral com determinação, o qual escapou no meio dos dois e entrando livre pela direita cruzou para o centroavante penetrar nas barbas do Murilo, que não fez a menor pressão e que levantou apenas o pé apenas para constar.


No segundo houve falha e desatenção coletiva. O lateral-esquerdo horizontino cobrou e escanteio e ninguém da defesa cortou a trajetória da bola, especialmente o Murilo, que estava na sua linha, passando-me a impressão de ter se esquivado. O Boeck, meio assustado com a velocidade da bola, numa das poucas falhas que lhe podem ser debitadas, também falhou e assim foi consignado o gol olímpico.


Os laterais Felipe e Leonan deixaram patente, desfazendo qualquer dúvida que pudesse existir, que o Bruno Melo e o Tinga, indiscutivelmente são os titulares. O Felipe em nenhum momento no primeiro tempo foi à linha de fundo e me parecia indolente e o Leonan, de quem eu esperava mais, a despeito de ter apoiado um pouco mais, teve pouca inspiração, não cruzando praticamente nenhuma bola que redundasse em perigo.


O meio de campo, a exceção do Uchoa, não funcionou, visto que o Igor esteve completamente apagado e o João Henrique deslocado para o setor esquerdo não rendeu o suficiente. O Alan Mineiro entrou, colocou uma bola na trave, mas não teve uma atuação de destaque. O Edinho e o Wesley produziram muito pouco. O primeiro fez um belo gol, mas foi só isso, e o segundo não disse a que foi a campo.


O Gérman Pacheco que de acordo com a proposta do Rogério tinha a função de suprir a ausência do atacante de ofício, não foi centroavante e nem meia. O Gustavo entrou, mas pouco pode produzir, tendo em vista que o Tinga não teve tempo e nem oportunidade de fazer os cruzamentos necessários para o seu cabeceio e o meio de campo teve competência para acioná-lo.


O Tinga foi prejudicado pela falta de alguém com predisposição fazer as triangulações que lhe possibilitassem sair da forte marcação horizontina, atribuições que seriam do Felipe, deslocado para o meio e do João Henrique, que não buscou a aproximação.


O time não me agradou e na minha ótica deixou o Rogério ainda mais chio de dúvidas. Eu que costumo cobrar um melhor posicionamento do Pablo, confesso que senti a sua falta, assim como do Alípio, que se não é um jogador de explosão, taticamente tem sido perfeito. Estou ansioso para ver a produtividade no time contra o Tiradentes para aquilatar se, mercê dessa escalação, não houve uma quebra de ritmo.


Pensamento do Dia - É preciso correr riscos. Só entendemos direito o milagre da vida quando deixamos que o inesperado aconteça. (Paulo Coelho)


Por hoje c’est fini.


 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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