EM NOITE DE GUSTAGOL FORTALEZA GOLEIA O UNICLINIC - 4 X 0
- ADVÍNCULA NOBRE
- 18 de jan. de 2018
- 3 min de leitura

Eu havia vaticinado que, pelos investimentos aportados para a formação do elenco, composto com muita parcimônia e critério, ou de forma cirúrgica, como costumam dizer, o Fortaleza seria o favorito neste importante embate contra o Uniclinic, em que os dois clubes faziam as suas estreias pela primeira fase do Campeonato Cearense. Acertei em cheio, contudo, jamais poderia imaginar que o favoritismo ou a supremacia tricolor sobre o adversário fosse tanta.
O Fortaleza venceu por 4 x 0, um placar expressivo que, confesso, não esperava, especialmente se considerarmos que o Tricolor ainda é um time em formação, com peças que ainda podem estrear e com uma pré-temporada curta, em que fez apenas dois amistosos, nos quais se saiu bem, entretanto, nessas duas partidas não foi possível avaliar o quilate técnico da equipe, isto porque a disputa em jogos não oficiais costuma ser menos acirrada.
No embate contra o Juazeiro o Fortaleza venceu por 6 x 0 e no confronto contra o Gama, fora de casa, no Distrito Federal levou a melhor por 3 x 0. O Juazeiro foi um adversário que não ofereceu resistência, tanto é que voltaria a ser goleado, em partida não oficial ou amigável, pelo nosso rival, por 10 x 0.
Contra o Gama ficamos mais animados e otimistas, isto porque já estávamos nos defrontando com um time mais encorpado que, embora em formação, estreava na zaga nada mais e nada menos do que o Lúcio, que se notabilizou no Internacional e que foi pentacampeão mundial em 2002 e titular absoluto da zaga brasileira.
Desse modo fomos ao estádio ontem com uma grande expectativa e com sentimentos que externavam um misto de confiança, pelo resultado com o Gama, e de apreensão, até porque, consoante os especialistas, esses dois sparings não serviam de parâmetros mais abalizados para aquilatarmos as reais condições técnicas do Tricolor.
De início o Uniclinic começou mais insinuante e mais agressivo, dominando as ações nos primeiros minutos, mas sem muita consistência em termos ofensivos. Marcava bem, a partir de uma linha de dois e duas de quatro jogadorese saia em velocidade, principalmente pelo lado direito com o Ronda, mas no ataque apenas o Nicácio lutava muito, porém sem êxito, diante da boa zaga tricolor.
O Fortaleza que, nos primeiros minutos estava um tanto quanto confuso, sem conseguir colocar a bola no chão e, por vezes apelando para o chutão, aos poucos foi se encontrando na parida, principalmente porque a defesa com o Jussani e o Ligger se mostrava muito segura e o meio de campo, embora de forma um pouco tímida foi melhorando a produção.
Começaram a se destacar o Alípio, que embora muito frágil, pratica um bom futebol; o Igor Henrique, um volante que atua de cabeça erguida e tem um bom passe e o Anderson Uchoa, como sempre, um gigante na contenção e no ataque o Léo Natel e o Gustavo.
Nesse meio de campo apenas o Pablo destoava, como de resto aconteceu em quase toda a partida, em que somente se encontrou nos momentos finais, quando foi recuado para a contenção. No setor de criação não disse a que foi.
Dominado a partida o Fortaleza, num cruzamento primoroso do Léo Natel, deslocado para a esquerda, a bola encontrou o Gustavo que cabeceou de forma inapelável para abrir o marcador, num lance que patenteou a sua grande presença de área. O segundo gol foi um primor, posto que, em outro cruzamento do Léo Natel, desta feita pela direita, o Gustavo matou a bola no peito, tirando-a do zagueiro e fuzilando para fechar o placar do primeiro tempo.
No segundo tempo o jogo voltou sem o mesmo ritmo e brilho da primeira etapa. O Rogério fez algumas modificações, fazendo entrar o João Henrique, que mostrou mais uma vez que tem qualidade e colocando o Leonan, que passou a se revezar na meia com o Bruno Melo.
À medida em que a nova formação começou a se entrosar o Fortaleza voltou a dominar o jogo e fez mais dois gols, ambos com o Gustavo. No primeiro recebeu na pequena área, na posição de centroavante/centroavante, como dizem os analistas, e não teve dificuldades para marcar. No segundo recebeu um excelente lançamento do João Henrique, penetrou sozinho e, na saída do goleiro, com muita calma escolheu o canto e consignou o seu quarto gol.
Em outras edições falaremos mais dessa partida, em que se destacaram o Gustavo, o Alípio, o Igor Henrique, o Anderson Uchoa, o Bruno Melo e o Léo Natel, além do Boeck que, quando chamado a intervir fez duas defesas milagrosas e espetaculares.
A noite, no entanto, foi do Gustavo, que marcou quatro gols numa mesma partida e na sua estreia e nenhum de pênalti ou de falta, acontecimento que acredito seja inédito no futebol mundial. Vale pesquisar, contudo defendo a tese de que estamos de um fato extraordinário e ante um recorde digno do Guinness Book.
Pensamento do Dia – Vamos sempre praticar o bem e em olhar a quem (Bíblico).
Por hoje c’est fini.
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