MEU DEUS! QUE NOS PRÓXIMOS CEM ANOS NÃO PERCAMOS TANTO PARA O CEARÁ NO TAPETÃO.
- ADVÍNCULA NOBRE
- 26 de dez. de 2017
- 3 min de leitura

Estamos em clima natalino, mas não dar para engolir e aceitar de bom grado a matéria tendenciosa do Jornal O Povo, que se intitula: “Chegando para reforçar o maior do estado”. E quem é o maior do Estado? Segundo os institutos de pesquisas o Fortaleza é o maior, a começar pela maior torcida e pelo maior número de títulos ganhos licitamente.
Está faltando coragem a nós tricolores, para lutar para anular esse “penta fajuto” e, mesmo reconhecendo que a nossa Justiça, assim como as demais instituições do país, não inspira confiança defendemos, no entanto, a premissa de que essa mesma Justiça não pode ir contra os fatos históricos. E falamos de livros sérios e não daqueles escritos com o fito de locupletação, ou de servir a interesses que não são os da verdade histórica.
Quando falamos da verdade histórica temos que nos atermos a Frederico Maia, que escreveu o livro “A Verdadeira História do Futebol Cearense, da qual foi testemunha ocular, que compreende o período de 1904 a 1940 e que afirma que o Campeoanto oficial da ADC, de 1919, foi vencido pelo Fortaleza, de modo que se esses títulos forem considerados, o Ceará teria apenas um tetra.
A verdade cristalina é que o nossos rival, burlando a lei juntou os clubes amigos, cerca de três clubes, nos quais se inseria o Maranguape, de quem é aliado desde as primeiras horas, e à revelia da Liga Metropolitana, contra quem se insurgiu, criou um campeonato não oficial e graças a esse artificio ilícito, pois contrariava a ética e o regulamento acordado por todos, ganhou um título ilegalmente que resultou no penta fajuto.
Gestaria muito que aqueles que defenderam e outorgaram esse penta ao nosso rival, a bico de pena, baseado em livros escritos com o fim de “dar-lhe uma aura e um cunho de legalidade”, me contestassem. Duvido muito. Aproveito para conclamar o Departamento Jurídico do Fortaleza a lutar para restabelecer a verdade, maquiada a favor do nosso rival, situação que tem prejudicado muito ao Fortaleza.
Os que me conhecem sabem que não sou de fazer críticas infundadas e inconsequentes, contudo não dar para entender as razões que nos leva a perdemos no campo jurídico todas as disputas e demandas para o nosso rival. Isso só pode acontecer por duas razões: Ou somos incompetentes ou não temos coragem para bater de frente com uma justiça provavelmente tendenciosa e parcial.
Vamos às últimas derrotas e cito apenas as mais importantes: 1993: O Fortaleza foi o campeão legítimo, mas no “Tapetão” Ceará, Icasa e Tiradentes foram declarados campeões, no que considero uma derrota fragorosa nossa.
2002: O Ceará jogou com um atleta irregular, sem o visto de trabalho e mais uma vez sofremos uma derrota, pois o título, que deveria ser do Fortaleza, continua com o nosso rival e alguns tricolores se esquivam de falar no assunto, como se fosse algo intocável.
2008: A Federação Cearense declara o Ceará penta campeão, cujos fatos históricos comentamos no caput desse artigo, e o Fortaleza, não foi capaz de reverter o caso na Justiça Desportiva e na Comum. A Justiça Desportiva, o que me dar frouxo de risos, considerou que o Fortaleza não era parte interessada e como não?
Em face dessa decisão esdruxula o Fortaleza passou a ter menos títulos e ainda não é parte interessada? A disputa desses títulos aconteceu diretamente com o Fortaleza, que venceu o campeonato oficial de 1919 e ainda não é parte interessada?
Essa decisão mostra o corporativismo existente na Justiça que, aliás, no momento está sendo contestada pela Nação Brasileira, por pecar por vários fatores, inclusive tendo a honestidade de alguns dos seus membros proeminentes sendo posta em dúvidas e que, no caso do Fortaleza, mesmo a decisão de uma instância inferior não se sustentando à luz da lei, foi mantida.
Em 6 de fevereiro de 2015 o Ceará, que deveria ter perdido o título daquele ano, foi absolvido no caso Assisinho, que foi expulso no último jogo do ano anterior, em que atuava pelo Fortaleza e que foi utilizado no campeonato pelo Time de Porangabuçu, sem que tivesse cumprido a suspensão automática, cujo preceito emana da FIFA sendo, pois, universal.
Somente nesses relatos temos sete títulos usurpados e que o nosso Departamento Jurídico, independentemente de quem fora o Diretor da época, não foi capaz de anular. São esses títulos usurpados e irregulares que levaram o Jornal O Povo, a considerar o nosso rival como o maior clube do estado. Uma vergonha para um órgão de comunicação que deveria ter compromisso com a verdade.
No próximo século de vida do Tricolor, estou contritamente rogando a Deus que nos conceda a ventura de não permitir que o Fortaleza perca tanto no “Tapetão” para o Ceará, pois só assim os nossos sucessores não sofrerão amargamente essas derrotas acachapantes que estão engasgadas nas nossas gargantas e que dilaceram os nossos corações
Pensamento do Dia - “Devemos defender a verdade a todo custo, mesmo que voltemos a ser somente doze”. (São João Paulo II).
Por hoje c’est fini.
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