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A DURA REALIDADE SALARIAL DO FUTEBOL BRASILEIRO


TODO ATLETA SONHA COM UMA CIDADE DE OURO


A CBF começou o ano de 2017 com 662 clubes profissionais registrados, os quais durante o ano participaram, ou estão participando das competições locais, regionais e nacionais. “O Top 5 dos Estados” é formado por Rio de Janeiro com 87; São Paulo com 86; Rio Grande do Sul, com 39; Minas Gerais com 38 e Ceará com 37. Confesso que não sabia que tínhamos tantos clubes.



Seguem-se o Paraná com 36; Santa Catarina, 26; Goiás, 24: Tocantins, 24; Bahia, 22; Sergipe, 22; Pernambuco, 21; Brasília, 21; Paraíba, 20; Pará, 19; Espírito Santo, 18; Mato Grosso do Sul, 6; Alagoas, 15; Mato Grosso, 14; Acre, 14; Rio Grande do Norte, 13; Amazonas, 12; Piauí, 11; Maranhão, 10; Rondônia, 8; Amapá, 5 e Roraima, 4.


Os dados relativos aos clubes registrados já são desse ano, mas a CBF ainda não atualizou as estatísticas relativas ao número de jogadores em atividade no Brasil em 2017 e os respectivos níveis salariais. A própria CBF estima que esse número pode ter caído para em torno de 27.800 e com o qual passaremos a trabalhar em termos estatísticos.


O sonho de qualquer garoto hoje é ser jogador de futebol e até os pais os incentivam, contudo, um universo muito grande dos atletas do Brasil, além de ter emprego apenas por cerca de 4 meses, percebe menos de R$. 1.000,00 mensais.


Os jogadores mal remunerados, ou que percebem salários equivalentes à maioria dos trabalhadores brasileiros são em torno de 22.908, número que, com certeza frustra os sonhos da garotada, especialmente das classes menos favorecidas que almejam a ascensão sócia via futebol.


O pior é que a maioria abandona os estudos e tem que se conformar com esses salários minguados. Alguns voltam para o mercado de trabalho e outros têm o futuro comprometido, buscando refúgio nas drogas e no álcool.


Cerca de 3.804 atletas percebem entre R$. 1.000,00 e R$. 5.000,00. A partir daí o sonho do “Eldorado” vai diminuindo, posto que, apenas cerca de 375 jogadores no país percebem salários entre R$. 5.000 a R$. 10.000,00. Melhora um pouquinho na faixa salarial de R$. 10.000,00 a R$. 50.000,00, vez que cerca de 492 atletas estão nesse patamar.


De R$ 50 mil a R$ 100 mil estima-se que existem, no ano em curso, em torno de 112 percebendo valores nesse interstício. Cerca de 78 jogadores, e lembramos que estamos nos reportando a esse ano, percebem entre R$ 100.000,000 a R$ 200.000,00. Na faixa dos que ganham muito bem, isto é, de 200.000,00 a R$. 500.000,00 existem cerca de 34 jogadores.


Acima de R$. 500.000,00, um patamar salarial dos mais incompatíveis com a realidade econômica do nosso país, praticamente não há nenhum, posto que, o Alexandre Pato, que se inseria nesse nível, foi negociado para o Exterior.


Esses dados desfazem a lenda de que temos muitos milionários no futebol brasileiro e servem de alerta para aqueles que sonham com carreiras brilhantes para os seus filhos que, para obterem sucesso há que serem diferenciados e possuidores de predicados técnicos acima da média, para que possam superar a enorme legião de candidatos ao estrelato, no difícil e concorrido mundo do futebol.


Evidentemente que esses dados não são perfeitos e exatos como se fora cabeça de santo, posto que pode haver uma pequena variação para mais ou para menos, quanto ao número de jogadores privilegiados, ou bem aquinhoados em termos de salários, assim como em todas as faixas.


Essas estatísticas, que espelham a dura realidade financeira dos jogadores brasileiros, por outro lado, servem para explicar o porquê de todo jogador brasileiro sonhar com a Europa, com a Arábia e agora com a China.


Pensamento - Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova. (Mahatma Gandhi).


Por hoje c’est fini.




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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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