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FORTALEZA SE CLASSIFICA NO SUFOCO



O Fortaleza se classificou para a final da Fares Lopes num jogo de várias alternações de placar. No primeiro tempo tivemos uma partida morna em que os dois times poucos criaram. O Iguatu dentro da sua proposta de jogo, de atuar nos contra-ataques e em cima de erros prováveis e suscetíveis de ocorrer, ainda criou cerca de duas ou três oportunidades de gol.


O Fortaleza, a rigor, criou apenas uma oportunidade, de modo que o primeiro tempo foi tecnicamente dos mais pobres, isto porque o Iguatu, que de certa forma, se apresentava como uma incógnita e o Tricolor, nem de longe, repetia a sua boa atuação do jogo contra o Ceará, em que venceu de 2 x 1, mas poderia ter aplicado ao contender uma sonora goleada, se não fora a inaptidão do ataque em marcar gols, situação que vem sendo recorrente e repetitiva.



No segundo tempo o jogo se modificou um pouco mais, até porque o Fortaleza, objetivando sair da letargia em que se encontrava mergulhado, processou modificações que concorreram, de certa forma, para equilibrar o meio de campo. Saindo Jonathas e entrando Adenilson, ficando dessa forma com dois meias. Posteriormente o Andrey substituiu o Roney e o Jô, cuja saída acredito que tenha sido por cansaço, cedeu o lugar ao Vinícius Baiano.


Por quais motivos o Fortaleza pecou tanto, ao ponto de abrir o placar e de permitir que o Iguatu virasse, para só depois, no finzinho e no sufoco empatar com um gol salvador do Anderson Uchoa? Iniciemos pelo primeiro tempo em que a equipe, no meu ponto de vista, recuou muito, além de apresentar um modelo tático completamente equivocado, como se estivesse jogando com o regulamento na mão, conformando-se com o empate.


A defesa atuava com uma linha de cinco defensores, o que consideramos demasiado, para o enfrentamento com uma equipe do nível do Iguatu. Por essa razão perdeu numericamente o meio de campo para o adversário, que teve liberdade para construir mais jogadas ofensivas, mormente no segundo tempo, quando virou o placar, em que, por um bom período dominou as ações, diante de um Fortaleza que parecia estonteado e que parecia não acreditar no que estava acontecendo.


Inferiorizado numérica e qualitativamente no meio de campo, além de errar muitos passes, o Fortaleza tinha uma grande dificuldade para sair para o ataque, em razão da falta de velocidade e dos excessivos erros de passe. Por outro lado, em razão de atuar com dois atacantes mais abertos, o óbvio seria que o Lúcio Flávio atuasse mais fixo, prendendo a zaga adversária, por sinal muito forte e segura, mas no decorrer de toda a partida isso não aconteceu. O Lúcio Flávio nos deixou a impressão de ter pânico da área.


O lateral esquerdo Adriano cumpria bem o seu papel de marcar e de apoiar o ataque e foi dos seus pés que surgiu a única e perigosa estocada ofensiva do Tricolor, contudo, pelo lado direito o Jefferson fez uma péssima atuação, tanto técnica como tática, constituindo-se no jogador menos produtivo do Fortaleza, pelo fato de quase não ir à linha de fundo e de, ainda por cima, perder algumas bolas que levaram perigo iminente à retaguarda tricolor.


Reclamávamos, na nossa cobertura para o Brasil e para o mundo, do fato de que, da falta de um meia para articular as jogadas com o Ronny, que atuou o tempo todo muito sobrecarregado, tanto é que saiu por cansaço. Entrou o Adenilson, que deu mais equilíbrio ao setor e foi numa jogada trabalhada pela esquerda, com a participação do Adriano, que muito me impressionou, que saiu o seu gol.


O Fortaleza fez um a zero e passou a dormir sobre os louros da vitória, até que, numa falta duvidosa, uma vez que aconteceu o pé alto do defensor tricolor e, consoante a regra é tiro indireto, o árbitro marcou tiro direto. A defesa foi mal posicionada e o Canga cobrou no canto do Max que, ao meu ver falhou, posto que a bola era defensável.


O Iguatu cresceu de produção e marcou o segundo gol que se originou de uma falta inexistente, em mais uma falha da arbitragem que ainda deixaria de assinalar uma penalidade legítima em favor do Tricolor. A defesa mais uma vez patinou, uma vez que, mal colocada, levou mais um gol oriundo de bola parada.


Quandodo tudo se encaminhava para a classificação do time iguatuense, eis que o Anderson Uchoa, o mais improvável dos goleadores, fez o que o Lúcio não foi capaz, chutando de fora da área, para empatar o jogo e sacramentar a classificação tricolor. O Anderson foi o herói da classificação, cujo gol premiou a sua boa atuação.


Para que tenhamos uma ideia da atuação da equipe, apresenta-se como uma tarefa das mais difíceis escolher os seus destaques: O Adriano, que mostrou mais maturidade do que muitos veteranos e que tem um bom futuro pela frente; o Anderson Uchoa, incansável no setor de contenção e o Adalberto, mesmo se complicando em algumas jogadas e o Jô. O Gabriel Pereira não entra nesse rol, porque prende muito a bola ao ponto de complicar e de prejudicar importantes investidas ofensivas.


Entre os que menos se destacaram incluiria o Jefferson, líder do pelotão e todo o ataque, a exceção do Jô, que até sair se configurava como o melhor jogador tricolor. No Iguatu destacaria o setor defensivo e a boa atuação do Paulinho Macaíba. Teve ainda o Michel, que bateu como bem quis e o péssimo árbitro não adotou providências.


Valeu a classificação, mas enquanto analista e esquecendo um pouco o torcedor, diria que a mesma, de certa forma, foi um achado e que o Fortaleza, se pretender conquistar o cetro máximo, tem que jogar bem mais, até porque o Floresta é o time de melhor desempenho na Fares Lopes.


Pensamento do Dia - “A humildade consiste em alegrar-nos com tudo o que nos leva a reconhecer o nosso nada”. (Santo Inácio de Loyola).


Por hoje c’est fini.








 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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