NO LIMIAR DO SEU PRIMEIRO SÉCULO FORTALEZA APROVA CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
- ADVÍNCULA NOBRE
- 26 de out. de 2017
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Estivemos ontem na Reunião do Conselho Deliberativo, que reputei como uma das mais profícuas dos últimos tempos. Na pauta da Reunião Ordinária tivemos a exposição de fatos através de relatórios do Conselho Fiscal a Auditoria Independente, que foi contratada por um conselheiro do Tricolor, não tendo, pois, qualquer vínculo com a Diretoria Executiva e os dois relatórios apresentaram muito em comum, apontando, especialmente nos pontos em que o Fortaleza precisa progredir administrativamente, cujas sugestões estão sendo seguidas à risca, pela Diretoria Executiva.
A nossa ressalva, e não poderia ser diferente, até porque não temos vocação para ser advogados do diabo, é a de que não se pode atingir a perfeição inopinadamente, de modo que deve haver um período de aprendizado e de adaptação, nem que seja mínimo, para que tudo possa correr dentro da normalidade e para que o clube possa adequar a sua contabilidade às normas contábeis brasileiras normalmente aceitas, a esse respeito gostei do que vi.
Desta feita, tanto a Auditoria Independente, quanto o Conselho Fiscal recomendaram a aprovação do balancete do segundo trimestre, ou do interstício de abril a junho que, submetido à votação do plenário do Conselho foi aprovado por maioria absoluta, recebendo apenas um voto contrário e uma abstenção. O Prenúncio é o de que, no trimestre seguinte o citado balancete encontre o mínimo de restrição possível.
O fato positivo é que no trimestre ora aprovado o Fortaleza, mais precisamente o mês de junho, apresentou um superávit mínimo de cerca de cinquenta e sete mil, que representa uma grande evolução e sendo uma prova inconteste de que as sugestões do Conselho Fiscal e das Assessorias Independentes vêm surtindo o efeito desejado, além de deixar patente que a Diretoria Executiva em se amoldando, de forma muito denodada, às normas contábeis e fiscais vigentes.
Código de Ética, por definição “é um acordo que estabelece os direitos e deveres de uma empresa, instituição, categoria profissional, ONG e etc., a partir da sua missão, cultural e posicionamento social, e que deve ser seguido por todos”. “É um documento que dita e regula as normas que gerem o funcionamento de determinada empresa ou organização, e o comportamento dos seus funcionários e membros”.
Temos ainda outra definição, dentre as muitas existentes, que no meu ponto de vista se adequa mais às instituições sem fins lucrativos, nas quais se insere o Fortaleza: Código de Ética pode ser definido como um documento de texto com diversas diretrizes que orientam as pessoas quanto às suas posturas e atitudes ideais, moralmente aceitas ou toleradas pela sociedade como um todo, enquadrando os participantes a uma conduta politicamente correta e em linha com a boa imagem da entidade.
Dentro dessa linha de pensamento foi elaborado o Código de Ética do Fortaleza, que ontem, na segunda reunião da noite, à extraordinária, foi aprovado, em votação nominal, por unanimidade e que considero que foi elaborado a quatro mãos. A redação final foi feita pelo Conselho de Ética, que tenho a honra de presidir e que é composto ainda pelos conselheiros Araújo Coração de Leão, Otaviano Barbosa, Renato Bonfim, o conselheiro mais antigo do Fortaleza, com mais de meio século de Conselho e Dr. Lino Holanda, outro conselheiro insigne.
Somos o segundo Conselho eleito pelo escrutínio direto e substituímos o primeiro sufragado dentro das normas do novo estatuto e que foi presidido pelo Ariosvaldo Gomes de Almeida, a quem homenageamos e para elaboração da proposta final, recebemos uma minuta da proposta elaborada do presidente do Conselho Deliberativo anterior, mais precisamente das mãos do ex-presidente Flávio Novais, a quem expressamos o nosso reconhecimento.
A partir dessa minuta fizemos a adequação aos estatuto e ao código Civil, e destacamos todo o trabalho do Conselho e especialmente do Secretário Otaviano Barbosa e a submetemos de maneira informal à Comissão de Assuntos Estatutários, presidida pelo Dr. Rubens Lima, que deu sinal verde, a partir do que, protocolamos a proposta na Secretaria Geral do Fortaleza, ocupada pela senhora Fatima Batista, que a encaminhou para a Mesa do Conselho Deliberativo.
O presidente do Conselho Deliberativo, sabiamente, nomeou uma comissão especifica para analisar o projeto, a Comissão de Análise do Código de Ética, presidida pelo professor Fernando Araújo e composta ainda pelos seguintes membros: Hernany Gurgel, Edmar Ximenes e os advogados Alexandre Borges e Júlio César Ribeiro Maia, muito competente e a quem agradecemos publicamente o trabalho. A Comissão, após exame minucioso, cotejando o projeto com os estatutos e os aparatos jurídicos, sem tirar e nem por apresentou relatório favorável à aprovação.
Desse modo, o Código de Ética e Disciplina do Fortaleza, o primeiro e único nesses cem anos de existência do clube, foi aprovado ontem e passará a vigora a partir do seu registro e publicação site do clube e em muito contribuirá para a humanização das relações no Tricolor de Aço.
Apresentamos esse relatório, não para o nosso enaltecimento, mas como uma forma de agradecimento e reconhecimento do trabalho dos engajados no processo, que foi elaborado de forma criteriosa e que teve a contribuição essencial de conselheiros notáveis e competentes e comprometidos bem fincar as bases de um Fortaleza moderno e que prime pela valorização dos seus quadros.
Como uma pequena peça dessa engrenagem, aproveito a oportunidade para agradecer a todos e para falar da emoção sentida por todos os membros do Conselho de Ética, por estarmos contribuindo para legar esse código ultramoderno às gerações futuras.
PENSAMENTO DO DIA - Procure conhecer-se, por si próprio. Não permita que outros façam seu caminho por você. É sua estrada, e somente sua. Outros podem andar ao seu lado, mas ninguém pode andar por você”. (Art. 3° do Código de Ética do Índio Norte-Americano).
Por hoje c’est fini.
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