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AS CAUSAS DA DERROTA TRICOLOR


Após uma derrota em uma partida que podemos considerar e reputar como a mais importante do Fortaleza nos seus noventa e oito anos, isto porque outras decisões de igual quilate, que tenham sido vencidas ou perdidas, já fazem parte do passado não sendo mais possível mudar a sua história, o torcedor começa a avaliar a derrota sofrida contra o CSA, objetivando descobrir as possíveis causas.


A primeira delas salta aos olhos, posto que, mesmo o Fortaleza tendo mais toque de bola e tendo chegado por inúmeras vezes na entrada da área do CSA, faltou-lhe mais objetividade, visto que ninguém, durante esse domínio, foi capaz de penetrar na área do antagonista e, nenhum dos meias tricolores foram capazes de numa jogada bem arquitetada, deixar um dos atacantes na cara do gol.


Aconteceram alguns lances de penetração pelas extremas, mormente pela direita com o Jô e o Felipe, contudo, de certa forma raros e que esbarraram na sólida defesa do oponente ou nas mãos do goleiro Mota, um dos responsáveis pela vitória do CSA.


Por outro lado destacamos dois jogadores do CSA que foram os responsáveis diretos pela construção dessa vitória, o Daniel Costa, que pintou e bordou no meio de campo, ao ponto de não ter perdido uma única bola e que jogou como se estivesse em um treino e o Edinho, que no time alagoano reencontrou o se futebol, haja vista que não se deu bem no Guarani e no Paysandu e que ontem fez uma partida primorosa, tanto em termos táticos, como técnicos.


Ademais, contrasteando com essa excelente produtividade do meio campo do CSA, cujos jogadores fizeram uma boa partida, o meio de campo do Fortaleza quasde não funcionou. O Leandro Lima sumiu do jogo e nada criou, o Pablo não fez uma boa partida e o Ronny quando entrou tentou melhorar a produtividade, mas confinado na direita não produziu o suficiente para melhorar o setor.


Escapou no meio-campo tricolor o Anderson Uchoa, que praticamente sozinho se viu com a árdua missão de combater os bons jogadores do meio de campo do oponente sendo, no meu ponto de vista o grande sacrificado, isto porque o Pablo, que teria de auxiliá-lo nessa tarefa, ficou perdido na partida, sem função tática e sem um bom desempenho técnico.


Os críticos habituais do Everton viram, por certo que a sua ausência desmontou o meio campo, isto porque o jogador vinha fazendo muito bem essa função de auxiliar a defesa e de fazer a ligação pelo meio, com o ataque. A sua ausência deixou essa lacuna no meio campo que o Jô não foi capaz de suprir.


Vamos para o ataque que foi completamente nulo, em parte porque o Leandro Cearense não possui mobilidade alguma, deixando de ir nas bolas que passavam a meio metro de si e além disso o Hiago fez uma partida abaixo da crítica. Fiquei com a impressão de que seria um jogo, especialmente no segundo tempo, para o Vinícius Baiano em substituição ao Hiago. Sou, no entanto, mais um entre os milhões de torcedores treinadores.


Temos por fim, na visão do torcedor simples, as falhas individuais. No primeiro gol o Leandro Lima perdeu a bola e ficou parado, não voltando para dar combate, o que contribuiu para que o contra-ataque do CSA fosse articulado pela direita, em muita velocidade, pegando o nosso sistema defensivo de mangas curtas.


Para complicar o Edimar estava desatento, não guardando a posição e ensejando que o Michel Douglas, excelente atacante, partisse pelo costado da defesa, ficando praticamente livre. O Felipe ainda tentou fazer a cobertura, mas chegou atrasado e perdeu o tempo da bola que, certeiramente foi cabeceada pelo atacante de forma indefensável para o Boeck.


No segundo gol, em mais uma trama pela direita, que o Fortaleza não soube conter e estancar, pecando pela falta de cobertura, até porque não tinha um atacante para dar o primeiro combate, a bola cruzou toda a extensão da área, faltando um zagueiro para colocar o pé e o Pablo, diante da possibilidade de conclusão do Michel Douglas, que como eu disse reinou absoluto pela esquerda, no costado da zaga, de forma estabanada chutou para dentro do próprio gol.


O CSA que vinha trazendo perigo iminente para um Fortaleza completamente extenuado no seu setor de marcação, certamente agradeceu essa ajuda decisiva e providencial, que pode ter lhe rendido o título da competição. Ficamos na torcida para que o Fortaleza possa reverter o quadro, contudo, pelo que vimos somos forçados a concluir que o Zago terá que tirar alguns coelhos da cartola, isto porque, com esse ataque terá muitas dificuldades para construir um resultado que leve o Tricolor ao título. As dificuldades são muitas, mas nada está perdido.


Pensamento do dia – Nada é impossível para quem em força de vontade e fé em Deus.


Por hoje c’est fini.







 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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