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O QUE VOU DIZER PARA OS MEUS FILHINHOS?


LINDA FeSTA!

Homenageando o velho locutor Sílvio Luiz, da estirpe e do quilate do saudoso Luciano do Valle e agora na Rede TV, eu perguntaria: E agora o que eu vou dizer em casa para os meus filhinhos? Diria em primeiro lugar que na coluna anterior ao analisar o CSA eu havia afirmado que se tratava de uma equipe bem montada, que tinha a segunda melhor defesa da competição, um ataque dos mais produtivos e que fora de casa ostentava uma campanha de mandante, com 51,5% de aproveitamento.


Afirmava, outrossim, que a minha esperança residia no fato de que, nas últimas cinco partidas a produtividade das duas equipes se encontrava estritamente equilibrada, visto que, nesses cinco jogos, ambas conquistaram três vitórias, um empate e sofreram apenas uma derrota, somando dez pontos, que lhes garantiram um percentual de desempenho de 66,6%, que asseguravam o equilíbrio na disputa.


O que se viu, no entanto, foi diferente, pois não podemos afirmar que o Fortaleza foi um time apático e sem expressão, por não ser a verdade, uma vez que tivemos uma equipe lutadora, que buscou o jogo, dominou as ações em boa parte do embate, mas que pecou por falta de objetividade na hora de concluir, isto porque, infelizmente o nosso ataque, desde o empate com o ASA, parece ter saído de cena, abicando do papel de protagonista, que por direito lhe seria reservado.


O CSA, por sua vez confirmou a sua boa fase de melhor equipe da Série C do ano em curso, disparada com 44 pontos conquistados e com um percentual de aproveitamento de 63,7%, indiscutivelmente de time campeão e que construiu a vitória sobre o Fortaleza em razão das performances acima do normal dos jogadores Daniel Costa e Edinho. O primeiro reinou absoluto no meio de campo, levando vantagem sobre os seus marcadores e atuando como se estivera num jogo-treino, ninguém conseguia lhe tirar a bola.


O Edinho, pequeninho, habilidoso e atrevido, acabou com o Fortaleza pela direita, sempre como muita velocidade e levando muito perigo para a defesa tricolor. Se me for permitido um reparo tático eu diria que a comissão técnica pecou por não resolver o problema por aquele lado do campo, tendo em vista que o Edinho deitou e rolou pelo setor e os dois gols do CSA foram construídos por aquele lado do campo. Deveriam ter providenciado uma cobertura melhor.


O Daniel Costa teve papel fundamental no primeiro gol, em que saiu driblando pelo meio e lançando de primeira para o volante Dawhan, que se deslocava pela direita e que cruzou na medida para o artilheiro Michel Douglas cabecear inapelavelmente. Ressalte-se que houve um erro de posicionamento da defesa, vez que o Edimar não guardava a posição e o Felipe, que subiu com o jogador do CSA, como se fora zagueiro, perdeu o tempo da bola.


No segundo gol, o Fortaleza já extenuado, não teve pernas para acompanhar o lance desenvolvido pelo CSA, pela direita, e no cruzamento o Pablo, que não fez uma boa partida, atirou contra o próprio patrimônio. O Fortaleza, depois de alguns gols perdidos, descontou com o Gabriel Pereira, mas não teve mais forças para tentar o empate, até porque não tinha mais pernas.


Alguns fatores determinaram a nossa derrota, após 483 dias em que o Fortaleza não perdia em casa pela Série C, a última derrota havia ocorrido no dia 18 de junho de 2016, quando foi derrotado pelo ABC, por 1 x 0. O Fortaleza que vinha quebrando tabus, teve este tabu quebrado e num momento dos mais importantes da sua história.


Primeiro temos que reconhecer que o CSA, e os números nos mostraram isso, é um time bem acertado, de bom toque de bola e dos mais entrosados em termos coletivos, fato que se contrapõem ao Fortaleza, que conquistou o acesso na base da garra e de muita força de vontade, com uma equipe que a imprensa e parte da torcida reputa como limitada.


Em segundo lugar, na tarde-noite de ontem o Fortaleza perdeu a batalha do meio de campo e quando tentou corrigir não obteve êxito, isto porque o Ronny, que deveria ter atuado mais centralizado, confinado na direita, não produziu. O Leandro Lima foi figura apagada, assim com o Pablo, sobressaindo-se apenas o Anderson Uchoa, como sempre, muito produtivo.


A falta de produtividade do ataque, que já vem de longo tempo, posto que, afora o Leandro Cearense, que marcou um gol contra o Sampaio, os demais atacantes estão há 50 dias sem marcar. O último gol marcado por um atacante aconteceu no dia 5 de agosto, contra o ASA, assinalado pelo Lúcio Flávio, também foi decisiva para que o Fortaleza não conseguisse vencer o jogo de ontem. Nesse ponto o treinador nada poderia fazer, isto porque, ao tirar o Leandro Cearense, que nada acrescentou, colocou o Paulo Sérgio que, mais uma vez não correspondeu.


Durante a semana vamos debater mais sobre o assunto, mas respondendo à pergunta do início, vou me reportar ao que disseram os torcedores com os quais troquei ideias: O Fortaleza chegou ao limite máximo do que poderia produzir e até aonde muitos não esperavam que chegasse sendo, portanto, quase impossível vencer uma equipe bem formatada e que vem apresentando um bom futebol. Temos que reconhecer que o CSA mereceu a vitória. Esta é a verdade absoluta.


PENSAMENTO DO DIA - Lute com garra e determinação pelos seus ideais, tudo na vida tem um preço e o que se consegue com esforço é mais valorizado.


Por hoje c’est fini.









 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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