O FORTALEZA CHEGANDO HUMILDEMENTE AONDE POUCOS ACREDITAVAM QUE PUDESSE CHEGAR
- ADVÍNCULA NOBRE
- 9 de out. de 2017
- 4 min de leitura

O Fortaleza, numa partida de várias alternativas empatou nos acréscimos com o Sampaio Corrêa, em 2 x 2 e se classificou para disputar as finais contra o CSA, que numa partida ainda mais dramática, eliminou o São Bento de Sorocaba (SP) nas cobranças de tiros diretos da marca do pênalti, denominação oficial dos pênaltis, por 4 x 2.
O time tricolor, com certeza, absorveu bem o pedido do seu treinador, Antônio Carlos Zago, que havia dito que a equipe teria que começar a reaprender a pontuar e a fazer gols fora de casa. Como boa aluna, não se fez de rogada e fez as duas coisas, marcou gols e pontuou. Que Deus a conserve nessa trajetória crescente, nessa gradação.
Diante da pressão do adversário o Fortaleza não se intimidou e logo no início do primeiro tempo, numa cobrança e falta a bola foi rebatida pelo goleiro e sobrou para o Bruno que, com estilo, de voleio, mandou a pelota para o fundo das redes, aumentando a vantagem tricolor, que ainda teria mais duas chances para ampliar o marcador, ambas desperdiçadas pelos seus atacantes, que conforme dissemos, estão se especializando em perder gols tidos como feitos.
Durante todo o primeiro tempo o jogo continuou equilibrado e apenas em duas oportunidades o Sampaio ameaçou o gol do Fortaleza: Em num chute violento do Uilliam, cria do Tricolor, ensejando ao Boeck fazer uma grande defesa. Numa segunda chance o Ligger atrasou mal e o Boeck, saiu como se fora líbero e salvou o Fortaleza. Grande goleiro.
No segundo tempo o jogo continuava equilibrado, até que o Héber Roberto Lopes, que não é a primeira vez nos prejudica, enxergou pênalti numa bola, chutada violentamente, em que o Ligger se encontrava com os braços para trás e presos ao corpo, não se configurando qualquer tentativa de aumentar o espaço de defesa. Infelizmente eu venho afirmando que o Fortaleza vem de há muito sendo vítima de erros torpes das arbitragens, quer local, quer seja nacional.
Alguém pode afirmar que o árbitro também assinalou uma penalidade máxima a favor do Fortaleza, o que é verdade, mas no caso o Jô foi aterrado por trás e é bom que se ressalte, por oportuno, que o Héber deixou de assinalar outra, sobre o mesmo jogador e nas mesmas circunstâncias. Considero um milagre ter assinalado a segunda, provavelmente peso na consciência.
Jogo empatado continuou o equilíbrio até que em um corner o Liger praticamente não saiu do chão e o Sampaio virou de cabeça, numa bola em que o Boeck ainda teve o reflexo para defende-la parcialmente, mas a mesma, antes de ser tocada pelo Isac, já havia transposto a linha demarcatória..
O Sampaio continuou pressionando atrás do gol que eliminaria o Fortaleza e nesse ínterim o Tricolor ainda perdeu mais duas oportunidades para sacramentar a classificação, numa delas com o Lúcio Flávio, especialista em perder gols, que entrou sozinho e fez o mais difícil, chutar para fora, na saída do goleiro.
Nesse intervalo o árbitro deixou de marcar uma penalidade a favor do Fortaleza, conforme acentuei e marcou a segunda, muito bem cobrada pelo Bruno Melo, que foi o nome do Fortaleza e do jogo e que, mesmo sendo duramente criticado no início do ano pela torcida, vem dando a volta por cima.
Os que me acompanham sabem que por diversas vezes, nesse espaço e no Programa Fala Leão, pedi paciência com relação as atuações ao Bruno Melo, que necessitava de tempo para se adaptar e se firmar e para com o Felipe, duramente castigado em decorrência de uma declaração infeliz.
Num momento em que não soube medir as palavras o Felipe declarou que sonhava em ir pra um clube de destaque do futebol brasileiro ou mesmo internacional. E eu pergunto: Qual o jogador que não gostaria de se transferir para um centro futebolístico mais adiantado, para a seleção ou para o Barcelona?
Voltando o nosso tema, o Fortaleza se classificou em cima do Sampaio e de certa forma se vingou daquele empate de 2013, quando o time maranhense, no apagar das luzes, conseguiu o gol de empate em 2 x 2 e nos tirou da segunda fase da Série C. Aproveito para lembrar o dito popular que nos diz que “quem tem com que me pague nada me deve”.
O Tricolor está na final, que terá o mesmo grau de dificuldade das partidas anteriores, mas o time vem evoluindo tecnicamente, tanto é que já voltou a pontuar fora de casa e contra uma equipe, o Sampaio Corrêa, de melhor campanha na fase eliminatória. Em continuando com essa força de vontade e com o apoio desta torcida maravilhosa, certamente, chegará aonde poucos acreditavam que pudesse chegar.
Não obstante a qualidade técnica do CSA estamos confiantes. A verdade é que o adversário, consoante os especialistas, é o favorito, contudo, neste ano o Tricolor, com muita garra e muita alma, vem contrariando todos os prognósticos. Vamos continuar, dentro do nosso lema, calçando as sandálias da humildade.
PENSAMENTO DO DIA – Deus ajuda a quem peleia (Ditado gaúcho).
Por hoje c’est fini.
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