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É HORA DO BONAMIGO ACERTAR O MEIO DE CAMPO



A defesa do Fortaleza, com 10 gols sofridos, ou 0,71 gols por partida, se encontra inserida entre as três melhores da competição, ao lado do sistema defensivo do Ypiranga (RS). Perde para a sistema defensivo do CSA, o melhor do certame, com apenas 8 gols sofridos e para o Botafogo (SP), cuja defesa foi vazada em 9 oportunidades.


O ataque do Tricolor, que assinalou 18 gols, ou 1,28 gols por partida se constitui no melhor da Série C. Vem sendo seguido de perto por CSA, Sampaio Corrêa, Ypiranga e Joinville, todos com 17 tentos marcados. Esse índice de 1,28, que é relativamente bom, ainda pode melhorar, posto que o ideal é que gire em torno de 1,5 gols, assim como a defesa ainda pode baixar esse índice de 0,71 para algo em torno de 0,50. 1,50 e 0,50 são índices de campeões.


Ora, se a defesa e o ataque estão relativamente bem, perguntamos: Onde está o problema do Fortaleza, que venha contribuindo para que o time padeça por inconstância nas suas atuações? Venho dizendo há algum tempo que o problema reside no meio de campo, aliado a outros sobre os quais também discorrerei.


O meio de campo vem sendo formado excessivamente por volantes, antes Wanderson Uchoa, agora, Wellington Reis, Pablo, Adenilson, o Everton que presumidamente seria o meia, não vem conseguindo fazer o time jogar. O setor peca ainda pela falta de velocidade, extensiva aos laterais, e pelos excessivos erros de passe. Contra o Cuiabá giraram em torno de cinquenta.


Ademais o Everton, que teria a incumbência de fazer o time jogar não vem assumindo esse papel e essa deficiência, para falarmos em tempos mais modernos, me leva a sentir saudades do Mazinho Lima. O Everton se limita a ficar isolado e confinado numa faixa de campo específica, pela esquerda. No jogo contra o Cuiabá se soltou mais, contudo lhe faltou a velocidade de raciocínio e a capacidade de fazer lançamentos precisos.


Tudo isso concorre para que o ataque fique isolado, sem falar que no momento em que um dos dois atacantes abrem pelas laterais, ninguém do meio de campo se apresenta no espaço vazio, para apoiar o ataque e finalizar, como elemento surpresa. No último jogo, embora o tempo em que esteve em campo seja insuficiente para analisa-lo comais isenção, o Rony, tentou pôr em prática esse fundamento, essencial, sendo premiado com um gol.


Ora, trabalhei a minha vida inteira em dois grandes bancos deste país e aprendi que, periodicamente temos que analisar os resultados e fazer a correção de rumos, quando estes não estiverem de acordo com o planejamento. Vemos isso também no curso de Administração de Empresas, que cursei por seis períodos, que não pude concluir, em razão de uma transferência de cidade e eu precisava trabalhar para amparar a família, era o emprego ou o curso.


Então a pergunta que está engasgada é esta: Será que o Bonamigo, que é do ramo, não está fazendo esta leitura? E se estiver fazendo, por que razão não faz as alterações que se fazem necessárias? O futebol é como um jogo de xadrez em que devemos movimentar as peças com maestria e por vezes até sacrificamos algumas.


Avalio que todos nós nos arvoramos de possuir conhecimentos que nos permitam e nos credenciem a agir como se fôramos treinadores, contudo, nesse caso, em que é voz corrente que o meio de campo do Fortaleza há que ser melhorado, só nos resta esperar que o Bonamigo resolva de vez esses problemas e até troque as peças que se fizerem necessárias.


É bem verdade que o time vem na terceira colocação, não sendo ainda a hora de trocarmos as trombetas do Apocalipse, contudo o mesmo não tem mais gorduras para queimar, com relação ao quarto colocado, tanto é que se perder e o Salgueiro vencer, perde a terceira posição para o citado time, pois ambos ficarão com 23 pontos, mas o oponente será beneficiado pelo número de vitórias, 7 contra 6.


Não somos apologistas do caos, ao ponto de defendermos que a diretoria tem que mandar o treinador embora, entretanto, defendemos a premissa de que o Bonamigo, tem que acertar o time sob pena não restar outra alternativa, que não seja a da demissão. O seu cargo já está sendo questionado, então é a hora de adotar as medidas que a situação pede. Não pode ficar parado e olhando a banda passar, para evitar que corra o risco de passar junto.


Por hoje c’est fini.







 
 
 

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POR TRÁS DO BLOG
Advíncula Nobre

Advíncula Nobre, colaborava com o site Razão Tricolor e quando esse encerrou, passei a colaborar com os Leões da Caponga, que também encerrou as atividades, quando então ainda residindo em Guarabira (PB), resolvi criar o site para publicar a Coluna do Nobre, que eu já publicava no Leões da Caponga. Isso aconteceu há cerca de 11 (onze) anos. Sou formado em História pela Universidade Estadual da Paraíba, turma de 1989 e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Torço pelo Fortaleza Esporte Clube desde Outubro de 1960 e comecei a frequentar o Estádio Presidente Vargas, na condição de menino pobre na "hora do pobre". O estádio abria 15 minutos antes do término da partida para que os menos favorecidos tivessem acesso. Foi assim que comecei a torcer pelo Fortaleza. Morei em Guarabira (PB) por 27 anos e sempre vinha assistir a jogos do meu time. Guarabira (PB) dista 85 Km de João Pessoa capital Paraíbana e 650 km de nossa cidade Fortaleza (CE). Também morei em Patos (PB), Pau dos Ferros (RN), Nova Cruz (RN) União (PI) e Teresina (PI). Também cursei Administração de Empresas e Direito, em virtude de transferências, não terminei essas duas faculdades. Era o meu emprego e o pão de cada dia ou as faculdades.

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